segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 672

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 672

22/02/2022 | Terça-feira | Festa da Cátedra de S. Pedro

Evangelho segundo Marcos (16,13-19) 

(1)  Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Reze, ouvindo ou cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu caminho, Senhor, tua Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Mateus 16,13-19

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Depois de uma boa aceitação da sua pregação e dos seus gestos, Jesus começa a enfrentar oposição, e até os discípulos resistem

·        Neste contexto de crise dos próprios seguidores, Jesus os confronta com as imagens e expectativas deles em relação a Jesus

·        Pedro responde em nome de todos, e é essa resposta que festejamos no dia dedicado à cátedra de São Pedro Apóstolo

·        Por isso, Jesus completará a resposta de Pedro com a indicação da cruz como seu caminho e caminho dos seus seguidores/as

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3)  Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·        Leia atentamente, palavra por palavra, a pergunta de Jesus, a resposta de Pedro e a réplica de Jesus

·        Como podemos responder hoje à pergunta de Jesus, usando palavras que expressem o lugar que ele ocupa em nossa vida?

·        O que significa dizer que Jesus é o Messias num contexto em que o se nome é usado para defender o ódio, o preconceito e a opressão?

·        Se Jesus veio abrir portas em vez de construir muros, como justificar com a fé as intolerâncias e discriminações?

·        Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Reze espontaneamente dizendo a Jesus, com suas próprias palavras, o que ele é e que lugar ele ocupa na sua vida

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5)  Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Como evitar o uso e o abuso da fé em Jesus e o Evangelho para justificar tudo, inclusive a violência e os privilégios de alguns?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite a invocação: “Jesus, mestre na Escola do Evangelho, ensina-nos a superar os vícios de homens velhos!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça e cante canção de São Francisco (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

Pistas sobre Mateus 16,13-19

“Quem dizem vocês que eu sou?” Para os primeiros cristãos era muito importante lembrar sempre de novo essa pergunta de Jesus para não esquecer quem eles estavam seguindo, com cujo projeto eles estavam colaborando e por quem estavam arriscando a vida. Esta pergunta é dirigida a nós, neste tempo de quaresma e de conversão a Jesus e seu Evangelho.

Somos tentados a responder a essa pergunta com fórmulas cunhadas pelo cristianismo ao longo dos séculos: Jesus é o Filho de Deus feito homem, o Salvador do mundo, o Redentor da humanidade. Mas não basta dizer estas palavras para ser discípulo/a de Jesus, pois são mais fórmulas aprendidas na infância, aceitas mecanicamente, repetidas às vezes com superficialidade e afirmadas verbalmente, do que experiências vividas e refletidas. A sequência da cena deixa isso mais do que claro.

Confessamos a Cristo por costume, por piedade ou por disciplina, mas podemos estar vivendo sem captar a originalidade de sua vida, sem escutar a novidade de seu apelo, sem deixar-nos atrair por seu amor apaixonado, sem contagiar-nos por sua liberdade e sem esforçar-nos em seguir seu caminho.

Nós o adoramos como “Deus”, mas Ele não é o centro de nossa vida. Nós o confessamos como “Senhor’, mas vivemos de costas para seu projeto. Nós o chamamos de “Mestre”, mas não assimilamos sua lição maior. Vivemos como membros de uma religião, mas não somos discípulos de Jesus. A clareza das fórmulas doutrinais pode dar-nos segurança e dispensar-nos de um encontro vivo com Jesus.

Há cristãos que vivem uma religiosidade instintiva, mas não sabem o que é alimentar-se de Jesus e deixar-se orientar por ele. Todos precisamos colocar-nos diante de Jesus, deixar-nos olhar por Ele e escutar sua pergunta: “Quem sou eu realmente para você?” Respondemos a esta pergunta muito mais com a vida do que com palavras claras, sublimes e difíceis, que mais impressionam que comunicam. E respondemos com uma atitude de adesão àquele que é nossa paz, que fez unidade daquilo que era dividido.

 (José Antônio Pagola)

Reflexão do Papa Francisco

“Diante das famílias e no meio delas, deve ressoar sempre de novo o primeiro anúncio, que é o mais belo, mais importante, mais atraente e, ao mesmo tempo, mais necessário e deve ocupar o centro da atividade evangelizadora. É o anúncio principal, aquele que sempre se tem de voltar a ouvir de diferentes maneiras e aquele que sempre se tem de voltar a anunciar, duma forma ou doutra. Porque nada há de mais sólido, mais profundo, mais seguro, mais consistente e mais sábio que esse anúncio e toda a formação cristã é, primariamente, o aprofundamento do querigma”. (Amoris Laetitia, nº 58)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: