Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 676
Dia 26/02/2022 | Sétima Semana Comum | Sábado
Evangelho segundo Marcos (10,13-16)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Reze, ouvindo ou
cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu caminho, Senhor, tua
Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Marcos
10,13-16
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Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Diante da resposta de Pedro e da sua tentativa
de desviar Jesus do caminho do amor despojado de poder, Jesus fala em doar a
vida
·
No texto de ontem, Jesus havia desmontado a
interpretação machista que os judeus faziam do “direito” ao divórcio
·
No texto de hoje, Jesus traz à baila a
dignidade das crianças, que são as primeiras vítimas quando um relacionamento
fracassa
·
Mas tanto a questão do divórcio como a das
crianças se inscrevem num horizonte mais amplo: a questão dos primeiros e dos
últimos
·
Tanto a família como a comunidade cristã
precisam colocar os ‘últimos’ em primeiro lugar, pois assim é no Reino de Deus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Releia o texto e contemple a cena, procurando
dar atenção a cada gesto e a cada palavra, tanto as de Jesus como dos
discípulos
·
Como sua família e sua comunidade costumam
tratar as pessoas e grupos sociais mais vulneráveis e fragilizados?
·
Por que tantos cristãos “de bem” ainda têm
tanta dificuldade quando se trata de defender a dignidade dos marginalizados?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Jesus, ajuda-me a reconhecer minha própria
pequenez, para que possa, com outros pequenos, descobrir o quanto nos queres
bem!
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Que iniciativas concretas poderíamos tomar
para priorizar o bem dos pequenos e das vítimas em nossas utopias, projetos e
açõs?
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
mestre na Escola do Evangelho, ensina-nos a superar os vícios de homens velhos!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Ouça e cante
canção de São Francisco (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre Marcos 10,13-16
No texto que refletimos ontem, Jesus criticava a
interpretação machista e patriarcal do vínculo matrimonial e, num horizonte
mais amplo, a leitura ideológica e interesseira das escrituras. Seguindo no
mesmo contexto semântico, no texto de hoje Jesus passa das relações entre
marido e mulher à relação com as crianças.
Quando uma relação matrimonial fracassa, torna-se
pesada e tensa e desemboca numa separação, geralmente as primeiras vítimas são
os filhos e filhas. Mas, no evangelho de Marcos, as crianças, além de
personagens reais, são figuras simbólicas, e representam todas as pessoas e
grupos vulneráveis, tratadas como menores.
O texto deixa entrever que as comunidades cristãs
enfrentavam dificuldades para reorganizar as relações de poder nas comunidades
e no interior das famílias. Enquanto Jesus sublinha as atitudes de acolhida e
inclusão, seus discípulos/as, como vimos nos últimos dias, cedem à tentação da
superioridade, da rejeição e da exclusividade.
Este pequeno texto conclui a longa seção literária
na qual o evangelista trata da correta relação entre os primeiros e os últimos.
Jesus inverte esta relação, e coloca as crianças (que eram tratadas como
últimas ou deixadas na periferia) no centro. Este caso das crianças é, na
verdade, uma parábola da lógica do Reino de Deus.
Naquele tempo, e até poucos séculos atrás, as
crianças não tinham lugar num ambiente social no qual predominavam os adultos.
Mas até hoje, muitos “pequeninos” – como os negros, os indígenas, os pobres, os
migrantes, os toxicodependentes, os idosos, os analfabetos, etc. – não são bem
vistos em alguns círculos sociais.
A prática e o ensino de Jesus são claros: na
família cristã, iluminada pelo Evangelho, assim como nas comunidades eclesiais,
as crianças têm seu lugar e são bem colhidas. Mas não apenas elas, que hoje
tendem a ser socialmente tratadas como “majestade” e a sempre impor suas
infantis vontades. Todas as pessoas e grupos sociais fragilizados e vulneráveis
devem ser acolhidos e tratados como cidadãos plenos, portadores de dignidade e
sujeitos de direito.
(Itacir Brassiani msf)
Reflexão do
Papa Francisco
“Embora não cesse
jamais de propor a perfeição e convidar a uma resposta mais plena a Deus, a
Igreja deve acompanhar, com atenção e solicitude, os seus filhos mais frágeis,
marcados pelo amor ferido e extraviado, dando-lhes de novo confiança e
esperança, como a luz do farol dum porto ou duma tocha acesa no meio do povo
para iluminar aqueles que perderam a rota ou estão no meio da tempestade. Não
esqueçamos que, muitas vezes, o trabalho da Igreja é semelhante ao de um hospital
de campanha”. (Amoris Laetitia, nº 291)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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