Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 673
Dia 23/02/2022 | Sétima Semana Comum | Quarta-feira
Evangelho segundo Marcos (9,38-40)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Reze, ouvindo ou
cantando: Tua Palavra é luz no meu caminho; luz no meu caminho, Senhor, tua
Palavra é! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=-AsfnLP_blo)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Marcos
9,38-40
·
Leia o texto em voz alta (se achar necessário
e for possível)
·
Há pouco, os discípulos haviam se mostrado
incapazes de curar um surdo-mudo, o que revelava uma fé insuficiente
·
Paradoxalmente, ao constatarem que algumas
pessoas que não pertenciam ao grupo faziam curas, ficaram irritados
·
Jesus os chama a alargar suas viseiras e
crescer na capacidade de reconhecer o bem feito sem o carimbo cristão
·
Por fim, Jesus sublinha que tanto o bem pode
vir de fora da comunidade como o mal e a traição podem vir de dentro dela
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
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Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Releia o texto e contemple a cena, procurando
dar atenção a cada gesto e a cada palavra, tanto as de Jesus como as de João
·
Será que João, o discípulo no qual vemos puro
amor e delicadeza, não estaria mostrando a rigidez doutrinal que nos ronda a
todos?
·
Será que os problemas de nossas comunidades
(eclesiais ou religiosas) vem somente de fora, ou principalmente de dentro?
·
Como costumamos agir em relação aos membros da
comunidade que caem no erro ou causam escândalos?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Jesus, tu és a luz dos olhos meus! Jesus,
brilhe esta luz nos passos meus seguindo os teus!
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Permita que esta cena e estas palavras mudem a
concepção triunfalista e pouco séria da ressurreição que ainda prevalece
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
mestre na Escola do Evangelho, ensina-nos a superar os vícios de homens velhos!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Ouça e cante
canção de São Francisco (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OPzXNjH38Ac)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre Marcos 9,38-40
É paradoxal que os mesmos discípulos
que resistiam a seguir Jesus pelas vias da compaixão e não haviam conseguido
expulsar um espírito mau que amordaçava um jovem (cf. Mc 9,14-29) queiram
proibir que outros o façam. Parece que eles queriam manter o monopólio do exorcismo
como status e não
como serviço à vida.
A resposta de Jesus chama à abertura
e à colaboração ecumênica: Quem tem um coração grande, um olhar abrangente e
uma fé confiante não imagina ter concorrentes por todo lado. Só uma mente
imatura e institucionalizada pode se mostrar incapaz de reconhecer o bem que
outros fazem e alimentar o desejo de que todos peçam sua aprovação para
qualquer iniciativa benemérita.
Por que esta incapacidade de muitos
de nós em respeitar, valorizar e cooperar com as demais Igrejas cristãs? Será
que aquilo que temos em comum não é mais importante que as picuinhas que nos
diferenciam? Se eles estão a favor de Jesus Cristo, poderiam estar contra nós?
A mesma reflexão se aplica à nossa
relação com os movimentos sociais e culturais. Passou o tempo de ver em tudo o
gérmen da discórdia e do confronto. Projetos que nascem fora das sacristias e
das bênçãos eclesiásticas trazem a secreta marca do Espírito de Deus e realizam
um bem enorme à humanidade. E até mesmo o copo de água que servimos sem
pretensões não passa sem reconhecimento aos olhos de Deus.
Sejamos sinceros e verdadeiros: o bem
e a justiça podem vir de fora da Igreja, e a traição e o escândalo podem vir de
dentro dela. Muitos dos problemas que nossa Igreja enfrenta hoje são gerados e
alimentados no seu próprio ventre. A ruptura com o Evangelho e muitas práticas
que o negam surgem e são toleradas em nossas comunidades eclesiais.
Jesus enfrenta corajosamente este
problema vivido pelas comunidades cristãs. Sob a pressão da perseguição, havia
quem abandonasse o Evangelho, e isso era uma pedra de tropeço para muitos
‘pequeninos’. O corpo eclesial tinha membros que escandalizavam. E a proposta
de Jesus é radical: vigilância e firmeza. É melhor ser uma comunidade pequena e
coerente que grande e cheia de contradições. Ela não pode limitar ou perder sua
missão de ser sal, de fazer a diferença. As traições e incoerências precisam
ser evitadas, cortadas e queimadas.
(Itacir Brassiani msf)
Reflexão do
Papa Francisco
“Durante muito tempo pensámos que, com
a simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais, já apoiávamos
suficientemente as famílias, consolidávamos o vínculo dos esposos e enchíamos
de sentido as suas vidas compartilhadas. Temos dificuldade em apresentar o
matrimônio mais como um caminho dinâmico de crescimento e realização do que
como um fardo a carregar a vida inteira. Também nos custa deixar espaço à
consciência dos fiéis, que muitas vezes respondem o melhor que podem ao
Evangelho no meio dos seus limites. Somos chamados a formar as consciências,
não a pretender substituí-las”. (Amoris
Laetitia, nº 37)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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