AGRADECER-CONFIAR-CONVERTER-SE
São Paulo nos fala destes
três movimentos, próprios da pessoa que descobriu um Deus que confia em nós,
mesmo que muitas vezes nossa resposta seja frágil, cheia de imperfeições ou
carregada de infidelidades. Quando permitimos que a graça de Deus inunde nossa
vida, ela produz frutos inesperados, ajuda-nos a ver a realidade de outro modo,
a reconsiderar nossa escala de valores e a transformar nossa vida. Façamos um
momento de oração para agradecer a Deus a confiança que ele deposita em nós e
para descobrir por onde ele deseja que conduzamos nossa vida.
TOMAR DISTÂNCIA-REFLETIR-VOLTAR
Estas são as três
experiências às quais o filho mais novo nos convida. Ele questiona nossos
distanciamentos de Deus (quando aconteceram, por quê sucederam?), as atitudes e
decisões que nos levam a abandoná-lo e conduzir nossa vida prescindindo dele. O
filho mais novo nos convida a perguntarmo-nos se dedicamos tempo suficiente a
recapacitar, a refletir, a parar e a pensar para onde estamos caminhando, o que
estamos buscando, o que está acontecendo conosco. Ele nos convida a descobrir o
que temos que fazer para voltar a Deus e encontrar nele o lar onde nossa vida
adquire o verdadeiro e insuperável sentido.
BUSCAR-ENCONTRAR-ALEGRAR-SE
Estas são três
características da imagem de Deus que aparecem nestas parábolas. Deus nos busca
sempre, antes mesmo que o busquemos: com insistência, intensidade e empenho.
Deus não quer que nos percamos, que andemos por caminhos que degradam nossa
dignidade. Ele nunca dá nada ou ninguém por perdido, nem considera que não há
remédio. Ele sai ao nosso encontro, nos espera com paciência, nos acolhe sempre
de novo, não nos reprova nem reprime: ele simplesmente se alegra com nosso
retorno e, com alegria transbordante, nos prepara uma festa.
ACOLHER-RESPEITAR-PERDOAR
Esta é a lógica de Deus,
pois ele é misericórdia. É isso que nenhum dos dois irmãos consegue descobrir.
O menor pensa que seria castigado por seu comportamento, e o maior espera uma
recompensa por seus trabalhos. Ambos estão equivocados, porque Deus é acolhida,
respeito, perdão e amor gratuito. Isso nos leva a uma dupla reflexão. Em
primeiro lugar: Que imagem tenho de Deus? Em que Deus eu creio? Que
consequências tem isso para o desenvolvimento da minha fé e para minhas
relações? E, em segundo lugar: Que lugar o perdão ocupa em nossas relações? A
convivência produz arranhões, cria tensões, faz que as diferenças se convertam
às vezes em rivalidades, suspeitas e desencontros? Que lugar o perdão ocupa em
nossas relações? O que pensamos de expressões como “não perdoo, nem esqueço”,
ou “perdoo, mas não esqueço”? Recordamos quando, como e a quem pedimos perdão
alguma vez, ou quando temos recebido perdão? Como me senti dm ambos os casos?
PRECE
Tu sais a me buscar quando me afasto; te sentes
tranquilo quando me perco; me esperas paciente quanto volto; me preparas uma
festa quando retorno. Tu me abraças com ternura, oferecendo-me consolo; não
fazes perguntas, nem me condenas pelo que fiz. Tu cuidas de mim generosamente,
com delicadeza e desvelo; tu demonstras confiança para que eu possa começar de
novo, e não deixas que eu pense que já não há mais remédio. Tu curas minhas
feridas, me dás força e alento, faz que descubra o quanto te devo. Tu despertas
o melhor de mim mesmo e me convidas a entrega-lo para que todos se beneficiem
disso. Ofereces tua luz para guiar meus caminhos, para seguir as trilhas que me
levam ao teu encontro. Amém!
Pe. Fernando López Fernández msf
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