Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 879
Dia 18/09/2022 | XXV
Semana do tempo Comum | Domingo
Evangelho segundo
Lucas (16,1-13)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo e cantando “Palavra de salvação” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=V12GZpBGNwM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 16,1-13
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Diante das críticas fariseus por acolher pecadores,
Jesus havia contado a parábola do pai que esbanja na festa de acolhida do filho
· O filho mais velho protestou porque o pai estaria
gastando indevidamente o capital que logo mais seria seu
· Por isso, Jesus conta outra parábola, dirigida aos
discípulos, para ilustrar a verdadeira finalidade do dinheiro
· Note-se que o administrador esperto não beneficia
quem já tem, mas quem está perigosamente endividado
· O único jeito de “lavar” o dinheiro sujo de egoísmo
e exploração é usá-lo para criar fraternidade, para criar amigos
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Retome, com todas nuances, a parábola que Jesus conta
para ensinar seus discípulos o verdadeiro valor do dinheiro
· Esta parábola lhe causa desconforto? Será que Jesus
(ou o patrão) elogia a desonestidade ou a lucidez evangélica do administrador?
· Veja como o dinheiro é usado por uma pessoa
vulnerável para ajudar outras pessoas em dificuldades, e isso gera fraternidade
· Por que será que Jesus não identifica os “dois
senhores” que se opõem como Deus e o Diabo, mas como Deus e o dinheiro?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Agradeça ao Pai por ter enviado Jesus para cancelar
nossas dívidas com ele e estabelecer conosco uma aliança de amizade
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como
poderíamos traduzir o sentido desta parábola tirando as consequências para a
administração dos nossos bens?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a
canção “A partilha começa na mesa (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=iIfCZ8_mWDc)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 16,1-13
A parábola coloca em evidência um
administrador acusado de esbanjar os bens do patrão e, por isso, ameaçado de
demissão. Ciente de que não está preparado para assumir outro trabalho, e
recusando-se a pedir esmolas, o administrador age com esperteza e rapidez:
altera, em favor dos devedores, o montante de algumas contas, prejudicando mais
ainda seu patrão!
O que surpreende é que a esperteza
desonesta do administrador é elogiada pelo patrão (e pelo próprio Jesus). Há
quem explique o levantando a hipótese de que o desconto dado pelo administrador
corresponderia aos juros iníquos cobrados pelo credor ou à comissão à qual o
administrador teria direito.
Mas será que Jesus não está propondo
outra mensagem, semelhante àquela do pai que gasta sem critérios para acolher e
restabelecer a dignidade do filho que havia caído ao degrau mais baixo do
inferno social? A questão fundamental não seria como usar de forma
evangelicamente correta os bens, as honras e o prestígio? Jesus também deixa
claro que somos apenas administradores de bens que não nos pertencem e que,
frente ao bem maior do Reino de Deus, o dinheiro é coisa de pouco valor e
radicalmente injusta.
O administrador aparentemente
desonesto é elogiado porque evita ser amigo do dinheiro (como o eram os
fariseus) e se mostra amigo das pessoas devedoras insolventes. Ele ensina que o
dinheiro e demais bens que passam pelas nossas mãos não nos pertencem e
precisam ser usados corretamente: para construir solidariedade, para beneficiar
a pessoa humana, começando pelas mais carentes.
Aquilo que parece esbanjamento e
desonestidade é, na verdade, sabedoria evangélica. Precisamos desenvolver nossa
vida econômica com critérios evangélicos. E o critério fundamental é este: ou
os bens estão a serviço de uma convivência social sadia e solidária, ou não
servem para nada! Desviar para os bens econômicos o amor e o afeto que devemos
às pessoas é uma loucura que compromete nossa felicidade pessoal e destrói os
laços sociais. Só o uso solidário pode lavar o egoísmo que suja nosso dinheiro.
(Itacir Brassiani msf)
Vocação: graça e missão
“Não pode ser autêntica uma resposta
vocacional que não se coloque nessa abertura missionária. Não há possibilidade
de permanecer com ele sem sair para pregar. A transformação missionária da
Igreja, no sentido de ser uma Igreja em saída, com a ousadia de ‘primeirear’,
não é apenas uma opção pastoral, mas o desdobramento da graça da vocação. A
alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade de discípulos/as, é uma
alegria missionária” (Texto-Base
do 3º Ano Vocacional [2022-2023], §
136-137).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)
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