Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 874
Dia 13/09/2022 | XXIV
Semana do tempo Comum | Terça-feira
Evangelho segundo
Lucas (7,11-17)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo e cantando “Fala, Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 7,11-17
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Ontem vimos que um
pagão faz uma profissão de fé na força da Palavra de Jesus, Palavra suficiente
para curar seu empregado
· A
confiança e a fé desse homem pagão impressionaram Jesus, que o elogia e coloca
acima das pessoas mais religiosas de Israel
· No
episódio de hoje, aparece a figura uma viúva pobre e desamparada, que pede pelo
seu filho e arrimo que havia morrido
· Jesus
desconhece tabus, leis e costumes, toca no caixão de uma pessoa morta e
interrompe o cortejo da tragédia
· A
mulher, socorrida e protegida com a devolução da vida ao filho, é sinal de que um
tempo novo e bom começa a brilhar
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Leia atentamente este texto denso e belo, prestando atenção
aos personagens e aos dois cortejos: o cortejo da morte, que sai da cidade; o
cortejo da vida, que entra na cidade com Jesus
·
Os traços da imagem de Jesus que apresentamos em nossas
pregações correspondem à que aparece neste episódio?
·
Que atenção damos as pessoas e grupos que batem à nossa porta
e às portas das Igrejas pedindo socorro para seus desesperos?
·
O que costumamos apresentar e pedir a Jesus em nossas
celebrações, orações e pregações?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Coloque-se diante de
Jesus, ao lado da viúva e das pessoas desamparadas, e deixe brotar uma oração
profunda e verdadeira
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como evitar
que nossos grupos, pastorais e Igrejas se façam cegas e surdas diante das
situações-limite vividas por tanta gente?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a
canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 7,11-17
Nesta cena, de um lado, temos o
cortejo de morte, dos sem esperança, que sai da cidade; uma grande multidão
acompanha a mãe viúva que leva seu filho único para ser sepultado. Do outro
lado, o cortejo da vida que entra na cidade: Jesus é acompanhado de seus
discípulos e também de uma grande multidão.
Aparece uma mulher mãe e viúva. Sua
situação social como mulher viúva era muito difícil. Falecido o marido, ela
ficava sob a proteção dos filhos e, não tendo estes, encontrava-se à mercê da
própria sorte. O evangelho nos diz que o jovem falecido era filho único desta viúva
(Lc 7,12). Portanto, agora dependia da boa vontade dos seus vizinhos ou
familiares. Esta mulher estava sozinha no mundo.
Jesus olha, contempla a situação de
sofrimento e presta atenção na mãe viúva desamparada que acaba de perder seu
único filho. Vê a angústia daquelas pessoas com quem se cruza ocasionalmente. O
Senhor da Vida não é insensível e indiferente à dor humana, não passa ao lado,
não se afasta.
Aqui, ninguém pede a ajuda de Jesus.
Seu olhar é cheio de ternura, sente-se tocado pela situação, toma a iniciativa
diante das lágrimas de tristeza da mãe de Naim, movido pela compaixão. Em
Jesus, o Deus libertador do êxodo está entranhado na história do seu povo:
"Eu vi a aflição de meu povo... Ouvi os seus clamores... Conheço os seus
sofrimentos... Desci para libertar..." (Ex 3,7-8).
Jesus se compadece da viúva e de
tantas pessoas cansadas, aflitas, enfermas e marginalizadas. Ele sente, sofre,
assume a dor da mãe de Naim. E a compaixão entra em ação. Jesus se dirige à
mulher que chorava e lhe diz apenas duas palavras de conforto: “Não chores!”
Isso revela que havia uma esperança para aquela mulher e sua situação. Não vai
mais existir motivo para essas lágrimas e essa dor.
A compaixão leva Jesus a falar e a
agir. O Senhor da Vida se aproxima e, decidido, toca o esquife e “os que o
levavam pararam” (Lc 7,14). Jesus se envolve com os dramas humanos e não tem
receio de tocar algo impuro. Para Jesus, a vida está acima do legalismo.
(Katia Rejane Sassi)
Vocação: graça e missão
“O chamado a permanecer com ele destaca um dos
traços essenciais da vocação e experiência de discipulado: proximidade, estar
junto. Essa dimensão de proximidade é a raiz primeira e fundamental da nossa
fé. A fé em Jesus é essa experiência de proximidade e intimidade com ele. Este
é também o segredo de toda vocação. Ela dá aos seus discípulos/as a força
interior e o conteúdo missionário do anúncio do Reino” (Texto-Base
do 3º Ano Vocacional [2022-2023], §
129).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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