segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 874

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 874

Dia 13/09/2022 | XXIV Semana do tempo Comum | Terça-feira

Evangelho segundo Lucas (7,11-17)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se ouvindo e cantando “Fala, Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 7,11-17

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    Ontem vimos que um pagão faz uma profissão de fé na força da Palavra de Jesus, Palavra suficiente para curar seu empregado

·    A confiança e a fé desse homem pagão impressionaram Jesus, que o elogia e coloca acima das pessoas mais religiosas de Israel

·    No episódio de hoje, aparece a figura uma viúva pobre e desamparada, que pede pelo seu filho e arrimo que havia morrido

·    Jesus desconhece tabus, leis e costumes, toca no caixão de uma pessoa morta e interrompe o cortejo da tragédia

·    A mulher, socorrida e protegida com a devolução da vida ao filho, é sinal de que um tempo novo e bom começa a brilhar

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Leia atentamente este texto denso e belo, prestando atenção aos personagens e aos dois cortejos: o cortejo da morte, que sai da cidade; o cortejo da vida, que entra na cidade com Jesus

·    Os traços da imagem de Jesus que apresentamos em nossas pregações correspondem à que aparece neste episódio?

·    Que atenção damos as pessoas e grupos que batem à nossa porta e às portas das Igrejas pedindo socorro para seus desesperos?

·    O que costumamos apresentar e pedir a Jesus em nossas celebrações, orações e pregações?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Coloque-se diante de Jesus, ao lado da viúva e das pessoas desamparadas, e deixe brotar uma oração profunda e verdadeira

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Como evitar que nossos grupos, pastorais e Igrejas se façam cegas e surdas diante das situações-limite vividas por tanta gente?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Medite e reze com a canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 7,11-17

Nesta cena, de um lado, temos o cortejo de morte, dos sem esperança, que sai da cidade; uma grande multidão acompanha a mãe viúva que leva seu filho único para ser sepultado. Do outro lado, o cortejo da vida que entra na cidade: Jesus é acompanhado de seus discípulos e também de uma grande multidão.

Aparece uma mulher mãe e viúva. Sua situação social como mulher viúva era muito difícil. Falecido o marido, ela ficava sob a proteção dos filhos e, não tendo estes, encontrava-se à mercê da própria sorte. O evangelho nos diz que o jovem falecido era filho único desta viúva (Lc 7,12). Portanto, agora dependia da boa vontade dos seus vizinhos ou familiares. Esta mulher estava sozinha no mundo.

Jesus olha, contempla a situação de sofrimento e presta atenção na mãe viúva desamparada que acaba de perder seu único filho. Vê a angústia daquelas pessoas com quem se cruza ocasionalmente. O Senhor da Vida não é insensível e indiferente à dor humana, não passa ao lado, não se afasta.

Aqui, ninguém pede a ajuda de Jesus. Seu olhar é cheio de ternura, sente-se tocado pela situação, toma a iniciativa diante das lágrimas de tristeza da mãe de Naim, movido pela compaixão. Em Jesus, o Deus libertador do êxodo está entranhado na história do seu povo: "Eu vi a aflição de meu povo... Ouvi os seus clamores... Conheço os seus sofrimentos... Desci para libertar..." (Ex 3,7-8).

Jesus se compadece da viúva e de tantas pessoas cansadas, aflitas, enfermas e marginalizadas. Ele sente, sofre, assume a dor da mãe de Naim. E a compaixão entra em ação. Jesus se dirige à mulher que chorava e lhe diz apenas duas palavras de conforto: “Não chores!” Isso revela que havia uma esperança para aquela mulher e sua situação. Não vai mais existir motivo para essas lágrimas e essa dor.

A compaixão leva Jesus a falar e a agir. O Senhor da Vida se aproxima e, decidido, toca o esquife e “os que o levavam pararam” (Lc 7,14). Jesus se envolve com os dramas humanos e não tem receio de tocar algo impuro. Para Jesus, a vida está acima do legalismo.

(Katia Rejane Sassi)

Vocação: graça e missão

O chamado a permanecer com ele destaca um dos traços essenciais da vocação e experiência de discipulado: proximidade, estar junto. Essa dimensão de proximidade é a raiz primeira e fundamental da nossa fé. A fé em Jesus é essa experiência de proximidade e intimidade com ele. Este é também o segredo de toda vocação. Ela dá aos seus discípulos/as a força interior e o conteúdo missionário do anúncio do Reino(Texto-Base do 3º Ano Vocacional [2022-2023], § 129).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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