Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 872
Dia 11/09/2022 | XXIV
Semana do tempo Comum | Domingo
Evangelho segundo
Lucas (15,1-32)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo e cantando “Fala, Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 15,1-32
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
·
Diante da crítica porque acolhida “gente sem dignidade” e se
confraternizava com eles, Jesus conta três parábolas
·
Se Jesus quisesse enfatizar o caminho de “conversão” do filho
mais novo, bastaria uma história com ele e o pai como personagens...
·
Jesus chama a atenção para a necessidade de conversão do irmão
mais velho, pois ele se considera justo, melhor, exemplar, cheio de direitos,
incapaz de aceitar o outro como irmão
·
Diante de pessoas que se isolam ou são descartadas e, por
isso, vivem uma “vida de porco” ninguém pode se mostrar indiferente
·
A fidelidade ao Pai e à sua vontade, a retidão diante dele,
passa pelo reconhecimento e acolhida aos irmãos “diferentes”
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Leia atentamente essa parábola, considerando os versículos
iniciais e a atitude do pai e do irmão mais velho
·
Qual é hoje a reação dos cristãos diante do chamado da Igreja
e do Papa a uma fraternidade sem fronteiras?
·
Como você se sente diante dessa parábola? Você concorda e
aceita tranquilamente a atitude do pai?
·
Com qual dos três personagens você se sente identificado? Com
qual deles precisa se identificar para seguir Jesus de verdade?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Coloque-se diante do
Pai, em sua verdade de filho mais velho ou mais novo, e fale com ele sobre isso
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como viver
em nossas relações a provocação de uma relação de acolhida e reconhecimento que
desconhece qualquer fronteira?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a
canção O viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 15,1-32
Avançando em nossa caminhada litúrgica, a Igreja nos brinda hoje
com uma das mais belas e conhecidas páginas dos evangelhos: a conhecida
parábola do filho pródigo, que seria mais justo designar como parábola do pai
misericordioso. Explico: partindo das tensões descritas nos versos 1-3, fica
claro que o personagem central não é o filho mais novo, e sim o pai e o filho
mais velho.
Enquanto os publicanos e demais categorias de gente considerada
“pecadora” se aproxima e confraterniza com Jesus, os fariseus o acusam de
misturar-se e aliar-se com gente suspeita. Aqueles que criticam e acusam se
sente melhores, superiores, com mais méritos que aqueles que Jesus acolhe. E as
parábolas têm exatamente o objetivo de ilustrar como Deus costuma tratar seus
filhos e filhas.
Observemos que o pai tem dois filhos: o filho mais novo acaba
caindo na miséria mais extrema, vivendo como estrangeiro e forçado a se
alimentar da ração dada aos porcos (imagem dos publicanos e demais pecadores);
o filho mais velho, cumpridor minucioso das leis e costumes, tem tudo e mais do
que necessita (figura dos fariseus). O primeiro tem a sensação de não ser filho
de Deus; o segundo, se considera cheio de direitos e não aceita a misericórdia.
O pai, que é figura e imagem do Deus do Reino, em nome de quem
Jesus vem e age, trata ambos como filhos necessitados de acolhida e amparo,
mesmo que não mereçam este tratamento. O pai não se interessa pela contrição do
filho em situação de miséria e nem deixa que ele a termine. Deus é Pai, e não
juiz ou delegado de polícia! Ele não trata ninguém como empregado, pois
todos/as são seus filhos/as, e jamais deixam de sê-lo. Neste mundo, que é sua
casa, ele não quer que uns fiquem com tudo e outros fiquem sem nada.
É claro que esta parábola, como também as duas outras, é um
chamado contundente e urgente à assumir a atitude de Deus, que se alegra com
seus filhos e filhas. Mas este pedido é dirigido ao filho mais velho, pois ele não
reconhece o amor do pai, não dialoga com o irmão, não o reconhece, nega a
fraternidade que torna todos/as iguais, e defende a primazia do merecimento,
que nos separa.
(Itacir
Brassiani msf)
Vocação: graça e missão
“O chamado de Jesus para segui-lo é um chamado
pessoal. Um convite que consiste em deixar-nos conquistar por ele, enamorar-nos
de Jesus, identificar-nos com seu projeto de amor a ponto de podermos ter os
mesmos sentimentos dele em relação ao Pai e ao Reino. Para isso Jesus chama,
congrega e escolhe homens e mulheres, pessoas simples do povo que desejam
permanecer com ele e aprender dele seu jeito de ser e de amar” (Texto-Base
do 3º Ano Vocacional [2022-2023], §
122).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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