Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 887
Dia 26/09/2022 | XXVI
Semana do tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Lucas (9,46-50)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo ou cantando “Palavra de
salvação somente o céu tem pra dar” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=V12GZpBGNwM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 9,46-50
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
·
Jesus está dedicado a um intenso e difícil
processo de formação dos seus discípulos/as, que tem dificuldades de entender e
aderir ao seu caminho de despojamento e compaixão
·
Enquanto Jesus fala de despojamento, os discípulos
aspiram e competem pelos primeiros lugares e, ao mesmo tempo, se entendem os
únicos e legítimos enviados de Jesus
·
Jesus trata criticamente desse interesse,
respondendo com um gesto e com algumas afirmações importantes: apresenta uma
criança (sujeito social desprezado) e a estabelece como suas representantes
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Como você se sente e que desejos movem você na
atuação como liderança da comunidade eclesial?
· Como você vê, trata e fala dos cristãos que
pertencem a outras igrejas e pregam e agem em nome de Jesus e seu Evangelho?
· Qual o sentido atual das afirmações “aquele que
entre vocês é o menor, este é o maior” e “quem não está contra vocês, está a
favor”?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze com o Salmo 131: “Senhor, o meu coração não se elevou nem os meus olhos se levantaram; não
me exercito em grandes matérias, nem em coisas muito elevadas para mim. Tenho
portado e sossegado como uma criança desmamada de sua mãe; a minha alma está
como uma criança desmamada...”
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Que iniciativas
poderíamos tomar para “preparar espaços para Jesus”, mas sem afastá-lo do
caminho que o leva à Cruz?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Ouça e reze com a “Canção dos
imperfeitos” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=W5U1WXzRv70)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 9,46-50
Os discípulos enfrentam uma terrível
dificuldade de entender e aceitar o caminho de despojamento e compaixão pelo
qual Jesus vai realizando sua missão, e que serve de critério para a missão
deles. Enquanto Jesus sublinha essa “opção não opcional” e se empenha em
corrigir as posturas equivocadas dos discípulos, eles gastam preciosas energias
discutindo quem deles é o maior.
Isso está estampado no rosto deles, e
Jesus não precisa que ninguém o informe sobre isso. Para Jesus, o bom, o melhor
entre os humanos é o que se faz igual a todos. Para ele, todas as pessoas têm
dignidade e são acolhidas por Deus, inclusive prostitutas e outras pessoas
tratadas publicamente como pecadoras. Sendo assim, não haveria motivo para
competições e ciúmes destruidores.
Jesus oferece esta importante lição a
seus discípulos/as recorrendo a duas linguagens: um gesto e uma afirmação
fundamental. Primeiro, chama uma criança (sujeito social insignificante e
desprezado) para junto de si (lugar cobiçado por aqueles que se consideravam
mais importantes). Depois, declara que ele mesmo é igual a esta criança
desprezada, e afirma que aquele/a que faz algo de bom a ela, o faz a Jesus,
pois o menor é que deve vir primeiro lugar. Para Jesus, grandes são os
pequenos, e aqueles/as que os acolhem.
Até aqui, Jesus está tratando das
relações internas da comunidade, pedindo que se tratem como Jesus como Jesus se
relaciona com cada um/a deles. Mas, em seguida, passa à relação entre aqueles
que o seguem e fazem parte do grupo definido de discípulos/as e outras pessoas
que o seguem de modo diferente, mas prolongam a compaixão que ele praticou e
pediu.
Como vimos em vários outros textos
que já refletimos, os discípulos, com João à frente, querem proibir que pessoas
que não estão com eles façam o bem em nome de Jesus. Pensam que somente eles
podem agir em nome de Jesus. Mas Jesus não pensa assim, e diz um “Não!” claro e
contundente à tentação do elitismo e da competição. Quem não está contra os/as
discípulos/as missionários/as de Jesus, está a favor do reino de Deus.
(Itacir Brassiani
msf)
Vocação: graça e missão
“O Papa Francisco conclama os cristãos a
escutar o clamor por justiça no mundo atual, o que é uma exigência que concerne
a todos, independentemente se têm alguma fé religiosa ou não. Isso implica
entrar num autêntico diálogo que procure sanar efetivamente as raízes profundas
e não a aparência dos males do nosso mundo. Um exemplo disso é o chamamento a
construirmos um pacto para devolver a alma à economia” (Texto-Base
do 3º Ano Vocacional [2022-2023], §
164).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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