sexta-feira, 16 de setembro de 2022

ANO C | TEMPO COMUM | 25º DOMINGO

ORAÇÃO AMPLIADA

Paulo nos convida a ampliar nosso olhar e ter presente, em nossas orações, todas as classes de pessoas, pois nosso Deus é o Deus de todos e porque Jesus Cristo veio para salvar a todos Temos a tendência de rezar apenas por nós, nossos interesses, nosso círculo mais próximo. Isso nos parece mais natural e espontâneo. Não esqueçamos de introduzir em nossa oração a prece universal, como fazemos em cada celebração eucarística. Rezar a Deus por todas as pessoas nos levará também a trabalhar, acompanhar e lutar pelo que rezamos: paz, justiça, solidariedade, bem-estar, saúde, esperança, comunhão, fraternidade. Apresentamos a Deus as urgências da humanidade e, ao rezá-las, nos comprometemos com aquilo que pedimos. Façamos hoje um momento de oração mais prolongado, inserindo nela as angústias e tristezas, as alegrias e esperanças de toda a humanidade.

UMA PARPABOLA COM SEU CONTEXTO

Será que o personagem da parábola é um administrador mentiroso, ladrão e corrupto? Na época de Jesus, os administradores podiam cobrar comissões pelas operações que faziam com os bens dos seus senhores. O administrador do nosso texto é louvado por sua lucidez e esperteza. Ao dar-se conta da situação na qual se encontra, é capaz de renunciar à sua comissão para conquistar o favor dos devedores do seu patrão. O que Jesus elogia é a esperteza de quem tem lucidez e clarividência para ver a situação, imaginação e decisão para enfrentá-la e rapidez para executá-la sem demora. Estas são as atitudes que são-nos propostas para agirmos bem em todos os contextos da nossa vida.

BONS ADMINISTRADORES

A parábola nos convida a colocarmo-nos a questão sobre como administramos os bens que Deus nos concedeu. São-nos oferecidas algumas atitudes que nos servem de espelho: honradez e honestidade, fidelidade aos compromissos desde as pequenas coisas do cotidiano, responsabilidade e seriedade, valorização e agradecimento por sermos privilegiados. Pensemos nos bens materiais e espirituais que temos. Que uso fazemos deles? Guardamo-los exclusivamente para nós mesmos ou os compartilhamos com os outros?

NOVO ESTILO DE VIDA

Pensamos possuir coisas e damo-nos conta de que, muitas vezes, as coisas nos possuem. Quanto mais acumulamos, mais preocupações temos, mais insegurança experimentamos, mais sufocos sentimos por dentro, mas colaboramos com a criação de desigualdades. Que papel o dinheiro ocupa na nossa vida? Como e onde o utilizamos? O que fazemos para evitar gastos supérfluos e desnecessários? Temos consciência de criamos (ou se nos impõem) necessidades das quais logo adiante nos custa libertar-nos? Que valor damos à austeridade, à simplicidade no modo de viver, à partilha, ao desenvolvimento sustentável?

PRECE

Senhor, ajuda-me a valorizar o que é pequeno com o qual, pouco a pouco, vai sendo construído o que é autêntico e vão se colocando as bases do que é realmente importante e verdadeiro. Ajuda-me a ser fiel nos caminhos que percorro, às responsabilidades que assumo, aos compromissos pelos quais sou responsável. Não deixes que os bens que possuam me possuam, que os coloque a serviço daqueles/as que têm menos, e sirvam para um desenvolvimento mais justo e fraterno. Dá-me lucidez para manter-me desperto e poder dar-me conta, a cada momento, por onde devo orientar-me para chegar a teu encontro. Não deixes que me vençam a comodidade e os medos, e que possa enfrentar com decisão os desafios. Sei que estás a meu lado, dando-me apoio e alento. Amém!

Pe. Fernando López Fernández msf

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