ORAÇÃO AMPLIADA
Paulo nos convida a
ampliar nosso olhar e ter presente, em nossas orações, todas as classes de
pessoas, pois nosso Deus é o Deus de todos e porque Jesus Cristo veio para
salvar a todos Temos a tendência de rezar apenas por nós, nossos interesses,
nosso círculo mais próximo. Isso nos parece mais natural e espontâneo. Não
esqueçamos de introduzir em nossa oração a prece universal, como fazemos em
cada celebração eucarística. Rezar a Deus por todas as pessoas nos levará
também a trabalhar, acompanhar e lutar pelo que rezamos: paz, justiça,
solidariedade, bem-estar, saúde, esperança, comunhão, fraternidade.
Apresentamos a Deus as urgências da humanidade e, ao rezá-las, nos
comprometemos com aquilo que pedimos. Façamos
hoje um momento de oração mais prolongado, inserindo nela as angústias e
tristezas, as alegrias e esperanças de toda a humanidade.
UMA PARPABOLA COM SEU CONTEXTO
Será que o personagem da
parábola é um administrador mentiroso, ladrão e corrupto? Na época de Jesus, os
administradores podiam cobrar comissões pelas operações que faziam com os bens
dos seus senhores. O administrador do nosso texto é louvado por sua lucidez e
esperteza. Ao dar-se conta da situação na qual se encontra, é capaz de
renunciar à sua comissão para conquistar o favor dos devedores do seu patrão. O
que Jesus elogia é a esperteza de quem tem lucidez e clarividência para ver a
situação, imaginação e decisão para enfrentá-la e rapidez para executá-la sem
demora. Estas são as atitudes que são-nos propostas para agirmos bem em todos os
contextos da nossa vida.
BONS ADMINISTRADORES
A parábola nos convida a
colocarmo-nos a questão sobre como administramos os bens que Deus nos concedeu.
São-nos oferecidas algumas atitudes que nos servem de espelho: honradez e
honestidade, fidelidade aos compromissos desde as pequenas coisas do cotidiano,
responsabilidade e seriedade, valorização e agradecimento por sermos
privilegiados. Pensemos nos bens
materiais e espirituais que temos. Que uso fazemos deles? Guardamo-los
exclusivamente para nós mesmos ou os compartilhamos com os outros?
NOVO ESTILO DE VIDA
Pensamos possuir coisas e
damo-nos conta de que, muitas vezes, as coisas nos possuem. Quanto mais
acumulamos, mais preocupações temos, mais insegurança experimentamos, mais
sufocos sentimos por dentro, mas colaboramos com a criação de desigualdades. Que papel o dinheiro ocupa na nossa vida?
Como e onde o utilizamos? O que fazemos para evitar gastos supérfluos e
desnecessários? Temos consciência de criamos (ou se nos impõem) necessidades
das quais logo adiante nos custa libertar-nos? Que valor damos à austeridade, à
simplicidade no modo de viver, à partilha, ao desenvolvimento sustentável?
PRECE
Senhor, ajuda-me a valorizar o que é pequeno com o
qual, pouco a pouco, vai sendo construído o que é autêntico e vão se colocando
as bases do que é realmente importante e verdadeiro. Ajuda-me a ser fiel nos
caminhos que percorro, às responsabilidades que assumo, aos compromissos pelos
quais sou responsável. Não deixes que os bens que possuam me possuam, que os
coloque a serviço daqueles/as que têm menos, e sirvam para um desenvolvimento
mais justo e fraterno. Dá-me lucidez para manter-me desperto e poder dar-me
conta, a cada momento, por onde devo orientar-me para chegar a teu encontro.
Não deixes que me vençam a comodidade e os medos, e que possa enfrentar com
decisão os desafios. Sei que estás a meu lado, dando-me apoio e alento. Amém!
Pe. Fernando López Fernández msf
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