Dia 12/09/2022 | XXIV
Semana do tempo Comum | Segunda-feira
Evangelho segundo
Lucas (7,1-10)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo e cantando “Fala, Senhor!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 7,1-10
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· Alternando
anúncios ao povo com reflexões dirigidas especialmente aos discípulos, Jesus
volta à cidade onde fixara residência
· Alguns
anciãos, que exerciam autoridade, se dirigem a Jesus pedindo em favor do servo
de um oficial do exército invasor
· Diante
da atenção de Jesus, que se dirigia à sua casa, o oficial pagão foi a Jesus
dizer que ele não precisaria ir à sua casa
· E
faz uma profissão de fé na força da Palavra de Jesus: uma Palavra sua seria
suficiente para curar seu empregado
· A
confiança e a fé desse homem pagão impressionaram Jesus, que o elogia e coloca
acima das pessoas mais religiosas de Israel
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Releia
o texto, contemplando atentamente a cena, os personagens, os pedidos, as
respostas, os ensinamentos
· Os
anciãos insistiram com Jesus afirmando que o oficial, mesmo sendo pagão,
“merecia” a cura do empregado, pois ajudava os judeus: você acha que Deus nos
trata conforme merecemos?
· Deus
considera nossos méritos ou nossa abertura e confiança nele e na sua Palavra?
Ele aprecia mais os sacrifícios que a misericórdia?
· Somos
capazes de reconhecer os sinais de amor na vida de pessoas que não acreditam em
Jesus ou se confessam ateias?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Reze
com as palavras do oficial romano: “Senhor, eu não sou digno que entres na
minha casa, mas diz uma Palavra e eu serei salvo!”
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como viver
em nossas relações a provocação de uma relação de acolhida e reconhecimento que
desconhece qualquer fronteira?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção O
viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
Breves notas sobre Lucas 7,1-10
O relato de hoje gira ao redor de um
centurião romano de Cafarnaum cujo empregado está à beira da morte. Tem certo
paralelo com a história da conversão do primeiro pagão, um centurião chamado
Cornélio, que aparece relatada nos Atos dos Apóstolos. Naquela cena, Cornélio
também é elogiado como homem que respeitava o povo judeu e dava esmolas (At 10,
1-2).
O texto de hoje fala de uma comitiva de
anciãos judeus que pedem que Jesus atenda o centurião porque ele tinha feito
boas obras em favor da comunidade do povo judeu. Assim, eles o consideram
digno de ser atendido, como se fosse judeu e não gentio impuro. Em
contraste, o próprio centurião manda dizer que ele não é digno nem merece que
Jesus fira a Lei de pureza entrando na sua casa.
O soldado reconhece o poder e a
autoridade de Jesus, mas Jesus afirma que ele é digno de ser atendido não
porque fez boas obras em favor da comunidade judaica local, mas porque ele
acredita que Deus vence a morte através de Jesus e da sua palavra. Ele, mesmo
estando fora da comunidade religiosa de Israel, tem essa fé enquanto os que podiam
e deviam ter não a tem.
Desse modo, Jesus desafia a mentalidade
muitas vezes embutida em pessoas religiosas, sem que elas notem. Mesmo
quando se dá a impressão de estarmos agindo movidos pela fé, na verdade subjaz
a mentalidade de “troca” ou de “merecimento”. No texto de hoje, embora os
anciãos judeus tomem atitude ousada em favor do centurião pagão, fazem-no só
porque “ele merece”.
A misericórdia de Deus, porém não
funciona por “merecimento”, mas por gratuidade. É um grande desafio para a
Igreja e para todos nós nos libertar dessa mentalidade no fundo quase que
“comercial” e entrar na lógica de misericórdia e da compaixão, como o Pai e
também Jesus, nas suas relações com a realidade de homens e mulheres em
diversas situações de fraqueza. Esta é a grande intuição do Papa Francisco,
pois é o fundamento da “Boa Nova”, e cria dificuldades para muitos cristãos que
não são conscientes de quanto faltamos com a gratuidade e a compaixão.
(Thomas
Hugues SVD)
Vocação: graça e missão
“Entrar na ‘escola de Jesus’, aceitar o
convite a permanecer com ele, é ser consciente de que a base do discipulado, da
vocação, não é o saber, nem o ter e nem mesmo a hierarquia, mas a comunhão.
Presbíteros, religiosos/as, consagrados, leigos, casados ou jovens, todos somos
chamados/as a formar a grande comunidade de seguidores/as de Jesus,
discípulos/as e aprendizes” (Texto-Base
do 3º Ano Vocacional [2022-2023], §
123).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar
a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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