Uma Igreja de portas abertas e em saída!
Nosso querido Papa Francisco confessa e propõe:
“Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas,
a uma Igreja enferma pelo fechamento e a
comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Por isso ela sabe ir à
frente, tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e
chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos” (Evangelii Gaudium n° 49). Falando do
encontro pessoal e da intimidade com Jesus Cristo como origem da missão, diz
que, “fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para
anunciar o Evangelho a todos, em todos os lugares, em todas
as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo.
A alegria do Evangelho é para todo o povo, e não se pode excluir ninguém...” (Idem, n° 23).
Todos sabemos que o Papa vem nos desafiando e estimulando com uma série
de metáforas que ilustram bem o rosto e o coração de uma paroquia e uma
comunidade missionária. Ele fala de uma ‘Igreja em saída’, que se assemelha
mais a um hospital de campanha que a um posto de alfândega, mais samaritana que
judicial, que não teme sujar as mãos para exercer a compaixão, que não se deixe
limitar pelos muros e fronteiras territoriais, que sai alegre e decididamente
às periferias existenciais e sociais para compartilhar a vida e a esperança.
O discípulo
missionário sabe que exerce sua missão na Igreja, “em saída”, e sabe que esta
saída exige prudência, coragem e ousadia. O Papa Francisco diz que, para viver
e anunciar o Evangelho de Jesus Cristo no mundo globalizado, os cristãos, suas
comunidades e paróquias, precisam dizer e viver uma série de nãos:
· Não à economia da exclusão e à cultura do descartável; (EG 53);
· Não à globalização da indiferença (EG 54);
· Não ao feitiço do dinheiro e à especulação financeira (EG 55-56);
· Não à desigualdade social que gera violência (EG 59);
· Não à fuga dos compromissos (EG 81);
· Não ao pessimismo estéril! (EG 84)
Mas o Papa também nos implora:
·
Não deixemos que nos roubem a esperança! (EG 86)
·
Não deixemos que nos roubem o entusiasmo missionário!
(EG 80)
·
Não deixemos que nos roubem o Evangelho e a alegria de
evangelizar! (EG 97)
·
Não deixemos que nos roubem a alegria da
evangelização! (EG 150)
·
Não deixemos que nos roubem a comunidade! (EG 92)
· Não deixemos que nos roubem o ideal do amor fraterno! (EG 101)
Para terminar, mais um dos pensamentos
programáticos e provocativos do Papa Francisco: “Cada cristão e cada comunidade
há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta
chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as
periferias que precisam da luz do Evangelho” (Evangelii Gaudium n° 20).
Itacir Brassiani msf
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