Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 311
27/02/2021 | Sábado da1ª Semana da Quaresma
Evangelho segundo Mateus (5,43-48)
(1)
Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
·
Escolha
o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido
·
Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·
Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
·
Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·
Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Recorde
o tema e o apelo da Campanha da
Fraternidade Ecumênica
·
Prepare-se
cantando “Fala, Senhor! Fala, Senhor, palavras de fraternidade! Fala, Senhor!
Fala, Senhor, és luz da humanidade” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=7xayq9VE4vQ)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 5,43-48
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· O primeiro exemplo de uma justiça superior à dos
fariseus Jesus a deu no trecho de ontem: não matar é apenas o começo, e o
mínimo
· No exemplo de hoje (que não é o segundo, na ordem),
Jesus argumenta que também não basta o amor aos próximos e iguais
· Estamos diante de um dos mandamentos mais exigentes da
vida cristã: amar inclusive nossos adversários e perseguidores
· Diante de quem é diferente, o cristão não pode ser
indiferente, e muito menos intolerante e agressivo
· A medida do amor pedido a nós é o perfeito amor de
Deus, que é pai que distribui luz e água (vida!) tanto aos bons como aos maus
· O que este trecho
da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Leia atentamente, palavra por palavra, este ensino de
Jesus sobre o “objeto” e a medida do amor de quem se coloca no seu caminho
· Que impacto tem sobre você e seu pensamento este
ensino de Jesus: não é suficiente amar os próximos, é preciso amar os inimigos?
· Como entender hoje a contraposição que Jesus faz entre
o amor aos iguais (reciprocidade) e o amor aos inimigos (gratuidade)?
· Como você, sua família e sua comunidade podem concretizar
este ensinamento de Jesus de amar e respeitar os “diferentes”?
· Se puder, leia as
notas sobre o texto (na página seguinte)
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Conclua rezando a Oração da Campanha da Fraternidade
2021
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Quem são as pessoas que hoje você vê como ameaça ou
inimigo?
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração do dia
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!
· Medite e reze com
o Hino
da Campanha da Fraternidade 2021 (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=I2xfIWNSQb8)
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague a vela e
termina seu momento de oração
Algumas
pistas sobre Mateus 5,43-48
Na reflexão de ontem, fomos provocados a viver
uma justiça maior que a dos fariseus. “Não matar” não a medida máxima, mas a
medida mínima do amor. Por nosso próximo, sendo diferente, e até mesmo
divergente de nós, é um dom, um presente. Relacionar-se fraternalmente com ele
jamais será um peso, mas é sempre uma grande alegria. E o caminho para isso é a
disposição permanente à reconciliação.
No trecho do evangelho que estamos meditando
hoje, Jesus nos oferece um segundo exemplo de uma justiça maior que a dos
fariseus: não basta amar o próximo (aqueles que são iguais, pertencem ao mesmo
sangue, à mesma religião, à mesma ideologia, ao mesmo grupo de interesses) e
cultivar uma olímpica indiferença ou belicosa agressividade com os inimigos (os
outros, os diferentes, os adversários, os que não pertencem aos nossos círculos
de relacionamento.
A reciprocidade entre os amigos e próximos
pode ser sinal de egoísmo de grupo, de boas maneiras, sem nada de Evangelho ou
de cristão. “Os pagãos e os cobradores de impostos (que vocês odeiam) não fazem
a mesma coisa?”, provoca Jesus. O amor não é espontaneidade, gentileza
acomodada que evita a realidade e os conflitos, nem é facultativo. Para os
cristãos, o amor é mandamento. E a experiência demonstra que é mais fácil odiar
os inimigos que amar o próximo.
Para Jesus, e para quem segue seu caminho, a
medida do amor é o próprio Deus, que envia o sol e a chuva para maus e bons.
Ele é pai que dá vida de forma indiscriminada e incondicional, por mais que não
gostemos disso. Deus é perfeito no seu amor, e o amor perfeito deve ser pleno,
inclusivo, e não dividido ou condicional. E os/as filhos/as devem imitar o pai,
como os discípulos/as devem imitar o mestre. O amor aos inimigos, aos que se
opõem a nós ou nos perseguem é o mandamento mais exigente de Jesus.
Amar concreto e em bitola universal é um
desafio que pede profecia e um estilo de vida contracultural e alternativo, que
não ignora nem protege relações iníquas e distorcidas.
(Itacir Brassiani msf)
Pensamento da Fraternidade 2021
“Para
justificar as desigualdades, foram
criados falsos inimigos, entre eles, os direitos humanos, os povos indígenas,
as religiões de matriz africana, os muçulmanos. As pessoas reagem à
situação de pobreza e insegurança e a reação, muitas vezes, se torna luta de
fragilizados contra outros fragilizados por emprego, por lugar, por posição. A insatisfação se transforma em ódio, cuja
força é direcionada contra inimigos criados pelo próprio sistema, que
culpabiliza o pobre por ser pobre porque assim deseja, dizendo que é pobre
porque não se esforça mais”. (Texto-Base, §§ 49-50)
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura
Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar
nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou
em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em
tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições
à convivência e à movimentação social, a Leitura
Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais
e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os
textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária.
Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham
uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos
que agradam mais.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a
vida do mundo.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ |
Passo Fundo/RS
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