domingo, 21 de fevereiro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 306

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 306

Dia 22/02/2021 | Festa da Cátedra de São Pedro

Evangelho segundo Mateus (16,13-19)

 

(1)   Coloque-se em atitude de oração

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Recorde o tema e o apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica

·        Prepare-se cantando “Fala, Senhor! Fala, Senhor, palavras de fraternidade! Fala, Senhor! Fala, Senhor, és luz da humanidade” (Clique aqui: (https://www.youtube.com/watch?v=7xayq9VE4vQ)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 16,13-19

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      Depois de uma boa aceitação da sua pregação e dos seus gestos, Jesus começa a enfrentar oposição, e até os discípulos resistem

·      Neste contexto de crise dos próprios seguidores, Jesus os confronta com as imagens e expectativas deles em relação a Jesus

·      Pedro responde em nome de todos, e é essa resposta que festejamos no dia dedicado à cátedra de São Pedro Apóstolo

·      Por isso, Jesus completará a resposta de Pedro com a indicação da cruz como seu caminho e caminho dos seus seguidores/as

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)   Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Leia atentamente, palavra por palavra, a pergunta de Jesus, a resposta de Pedro e a réplica de Jesus

·      Como podemos responder hoje à pergunta de Jesus, usando palavras que expressem o lugar que ele ocupa em nossa vida?

·      O que significa dizer que Jesus é o Messias num contexto em que o se nome é usado para defender o ódio, o preconceito e a opressão?

·      Se Jesus veio abrir portas em vez de construir muros, como justificar com a fé as intolerâncias e discriminações?

·      Se puder, leia as notas sobre o texto (na página seguinte)

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·    Reze espontaneamente dizendo a Jesus, com suas próprias palavras, o que ele é e que lugar ele ocupa na sua vida

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    O que fazer para evitar o uso e o abuso da fé em Jesus e o Evangelho para justificar tudo, inclusive a violência e os privilégios de alguns?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração do dia

·    Recite ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos, iluminai-nos e congregai-nos!

·    Medite e reze com o Hino da Campanha da Fraternidade 2021 (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=I2xfIWNSQb8)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Apague a vela e termina seu momento de oração

 

Algumas pistas sobre Mateus 16,13-19

“Quem dizem vocês que eu sou?” Para os primeiros cristãos era muito importante lembrar sempre de novo essa pergunta de Jesus para não esquecer quem eles estavam seguindo, com cujo projeto eles estavam colaborando e por quem estavam arriscando a vida. Esta pergunta é dirigida a nós, neste tempo de quaresma e de conversão a Jesus e seu Evangelho.

Somos tentados a responder a essa pergunta com fórmulas cunhadas pelo cristianismo ao longo dos séculos: Jesus é o Filho de Deus feito homem, o Salvador do mundo, o Redentor da humanidade. Mas não basta dizer estas palavras para ser discípulo/a de Jesus, pois são mais fórmulas aprendidas na infância, aceitas mecanicamente, repetidas às vezes com superficialidade e afirmadas verbalmente, do que experiências vividas e refletidas.

Confessamos a Cristo por costume, por piedade ou por disciplina, mas podemos estar vivendo sem captar a originalidade de sua vida, sem escutar a novidade de seu apelo, sem deixar-nos atrair por seu amor apaixonado, sem contagiar-nos por sua liberdade e sem esforçar-nos em seguir seu caminho. Nós o adoramos como “Deus”, mas Ele não é o centro de nossa vida. Nós o confessamos como “Senhor’, mas vivemos de costas para seu projeto. Nós o chamamos de “Mestre”, mas não assimilamos sua lição maior. Vivemos como membros de uma religião, mas não somos discípulos de Jesus. A clareza das fórmulas doutrinais pode dar-nos segurança e dispensar-nos de um encontro vivo com Jesus.

Há cristãos que vivem uma religiosidade instintiva, mas não sabem o que é alimentar-se de Jesus e deixar-se orientar por ele. Todos precisamos colocar-nos diante de Jesus, deixar-nos olhar por Ele e escutar sua pergunta: “Quem sou eu realmente para você?” Respondemos a esta pergunta muito mais com a vida do que com palavras claras, sublimes e difíceis, que mais impressionam que comunicam. E respondemos com uma atitude de adesão àquele que é nossa paz, que fez unidade daquilo que era dividido.

 (José Antônio Pagola)

 

Fragmentos da Campanha da Fraternidade

“A afirmação “Cristo é nossa Paz” afirma que em Cristo não há lugar para a violência e o racismo, para o ódio e a discriminação. Paz significa tanto a superação das violências e descriminações quanto a plenitude da vida. Isso significa que Cristo é aquele que garante as relações de equidade e acolhida entre todos os povos. A paz será fruto da vida em plenitude garantida para todos os povos”. (Texto-Base, § 117)

 

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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