Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 1053
Dia 10/03/2023
| 2ª Semana da Quaresma | Sexta-feira
Evangelho
segundo Mateus (21,33-46)
(1) Coloque-se em atitude de oração
§ Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
§ Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
§ Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
§ Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
§ Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
§ Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
§ Reze, ouvindo ou cantando: “Quero
ouvir teu apelo, Senhor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZHACwFpiA4k)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
§ Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 21,33-46
§ Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
§ Chegando na capital e
entrando no espaço do templo, Jesus acirra o seu confronto com as lideranças
religiosas e políticas de Israel
§ Com a parábola de hoje,
dirigida aos chefes dos sacerdotes e juízes (anciãos), Jesus os deslegitima e
desmascara sua violência
§ Na compreensão de
Jesus, aqueles que receberam uma missão (arrendatários), cedendo à ambição,
agem como proprietários
§ Rejeitando Jesus e o
Reino de Deus, descartando os diferentes e vulneráveis, eles acabam descartando
o que é mais precioso
§ Jesus não prevê quando
serão destituídos ou quando ocorrerá esta mudança, mas nega-lhes qualquer
sustentação e legitimidade
§ O
que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
§ Leia atentamente essa
parábola, com atenção aos vários enviados pelo dono e às ações típicas e
perversas dos vinhateiros
§ Observe o julgamento
que os próprios líderes religiosos fazem sobre os vinhateiros, sem darem-se
conta de que se autocondenam
§ Qual é a sentença de
Jesus sobre eles? Que sentido tem o que Jesus diz? Que sentença você daria a
eles?
§ Qual é a base que
sustenta e legitima sua fé em Jesus? Uma pertença apenas exterior e por
tradição? Que frutos você produz?
§ Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
§ Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
§ Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
§ Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
§ Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
§ Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
§ Peça a Jesus em favor
da Igreja e da Comunidade concreta à qual você pertence, para que ela não se
aposse da graça de Deus e dê frutos de fraternidade, solidariedade e sinodalidade
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
§ Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
§ Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
§ Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
§ Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
§ Que passos nossas
comunidades precisam dar para superar a pretensão descabida de sermos superiores
às demais pessoas?
(6) Retorne à vida cotidiana
§ Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
§ Recite
a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos
com eles, em teu nome!”
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Ouça e cante “Voz e luz” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fBHxrFcTRWA)
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Mateus 21,33-46
Voltamos ao enfrentamento entre Jesus e a elite
religiosa, no templo. O trecho de hoje explicita a tensão inconciliável entre
esta elite e a pessoa e o ensino de Jesus. Também neste caso, a parábola é
clara, e dispensa uma nova narração. No final, com sua habilidade, Jesus leva seus
adversários a pronunciar a própria autocondenação.
Com esta parábola, Jesus sublinha as consequências
fatais da indiferença ou da rejeição do Reino de Deus e de sua pessoa e missão,
visceralmente ligadas ao Reino. A identidade e a missão de Jesus estão na linha
dos grandes profetas enviados por Deus para defender seus direitos
estabelecidos na aliança, que são os direitos dos mais pobres e vulneráveis
diante dos prepotentes. Com isso, acabam atraindo sobre si a ira e a violência.
Os chefes dos sacerdotes e outras lideranças
políticas e religiosas de Israel agem como se fossem senhores da vida e da
morte do povo, e como se fossem os únicos mediadores e intérpretes autorizados da
vontade de Deus. Eles receberam uma responsabilidade ou uma missão, mas agem em
causa própria, torcem a vontade de Deus, legitimam as violências perpetradas
contra os pobres e indefesos, e eliminam quem ousa criticá-los.
Jesus denuncia e deslegitima os “vinhateiros” e
“doutores” que se apossaram da vinha e se assentaram na cátedra de Moisés. Rejeitando
Jesus e interpondo dificuldades à vida dos pobres, eles descartam o próprio
Deus e sacralizam o que lhes assegura vantagens. E a advertência de Jesus é
clara: Deus não se deixa enganar por uma adesão simplesmente externa, e, menos
ainda, por uma pretensa “supremacia” étnica.
São os próprios líderes criticados que se
qualificam como “canalhas” e “perversos”, e afirmam não serem dignos de
confiança. A insistência de Jesus numa fé que produza frutos de misericórdia e
justiça enfatiza que a autenticidade da fé não consiste na estética (gestos e palavras bonitas e corretas) e não é étnica (pertencer a um povo específico
ou a uma “raça superior”), mas essencialmente ética: produzir frutos de diálogo, de misericórdia e de acolhida.
(Itacir Brassiani msf)
“Dai-lhes vós mesmos de comer!”
“É preciso que se tornem acessíveis aos homens e mulheres todas as
coisas de que necessitam para levar uma vida verdadeiramente humana, como o
alimento, o vestuário, a habitação; o direito a escolher livremente o estado de
vida e de constituir uma família e o direito à educação, ao trabalho, à boa
fama, ao respeito, à conveniente informação; o direito a agir segundo a reta
norma da sua consciência; o direito à proteção da vida particular e à justa
liberdade, também em matéria religiosa” (Bispos
do Brasil, Texto-base da Campanha da
Fraternidade 2023, § 35).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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