Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 1054
Dia 11/03/2023
| 2ª Semana da Quaresma | Sábado
Evangelho
segundo Lucas (15,1-3.11-32)
(1) Coloque-se em atitude de oração
§ Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
§ Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
§ Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
§ Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
§ Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
§ Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
§ Reze, ouvindo ou cantando: “Quero
ouvir teu apelo, Senhor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZHACwFpiA4k)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
§ Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 15,1-3.11-32
§ Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
§ Diante da crítica
porque acolhida “gente sem dignidade” e se confraternizava com eles, Jesus
conta três parábolas
§ Se Jesus quisesse
enfatizar o caminho de “conversão” do filho mais novo, bastaria uma história
com ele e o pai como personagens...
§ Jesus chama a atenção para
a necessidade de conversão do irmão mais velho, pois ele se considera justo,
melhor, exemplar, cheio de direitos, incapaz de aceitar o outro como irmão
§ Diante de pessoas que
se isolam ou são descartadas e, por isso, vivem uma “vida de porco” ninguém
pode se mostrar indiferente
§ A fidelidade ao Pai e à
sua vontade, a retidão diante dele, passa pelo reconhecimento e acolhida aos
irmãos “diferentes”
§ O
que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
§ Leia atentamente essa
parábola, considerando os versículos iniciais e a atitude do pai e do irmão
mais velho
§ Qual é hoje a reação
dos cristãos diante do chamado da Igreja e do Papa a uma fraternidade sem
fronteiras?
§ Como você se sente
diante dessa parábola? Você concorda e aceita tranquilamente a atitude do pai?
§ Com qual dos três
personagens você se sente identificado? Com qual deles precisa se identificar
para seguir Jesus de verdade?
§ Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
§ Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
§ Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
§ Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
§ Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
§ Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
§ Imagine-se no lugar do
irmão mais novo e também do mais velho e, a partir desses lugares, apresente ao
Pai a oração que convém a um discípulo missionário do Reino de Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
§ Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
§ Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
§ Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
§ Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
§ Como viver em nossas
relações a provocação de uma relação de acolhida e reconhecimento que
desconhece qualquer fronteira?
(6) Retorne à vida cotidiana
§ Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
§ Recite
a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos
com eles, em teu nome!”
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Ouça e cante “Voz e luz” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fBHxrFcTRWA)
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Lucas 15,1-3.11-32
Avançando em nossa caminhada quaresmal, a Igreja
nos brinda hoje com uma das mais belas e conhecidas páginas dos evangelhos: a
conhecida parábola do filho pródigo, que seria mais justo designar como
parábola do pai misericordioso. Explico: partindo das tensões descritas nos
versos 1-3, fica claro que o personagem central não é o filho mais novo, e sim
o pai e o filho mais velho.
Enquanto os publicanos e demais categorias de gente
considerada “pecadora” se aproxima e confraterniza com Jesus, os fariseus o
acusam de misturar-se e aliar-se com gente suspeita. Evidentemente, quem
critica e acusa se sente melhor, superior, com mais méritos que aqueles que são
acolhidos por Jesus. E a parábola tem exatamente o objetivo de ilustrar como
Deus costuma tratar seus filhos e filhas.
Observemos que o pai tem dois filhos: o filho mais
novo acaba caindo na miséria mais extrema, vivendo como estrangeiro e forçado a
se alimentar da ração dada aos porcos (imagem dos publicanos e demais
pecadores); o filho mais velho, cumpridor minucioso das leis e costumes, tem
tudo e mais do que necessita (figura dos fariseus). O primeiro tem a sensação
de não ser filho de Deus; o segundo, se considera cheio de direitos e não
aceita a misericórdia.
O pai, que é figura e imagem do Deus do Reino, em
nome de quem Jesus vem e age, trata ambos como filhos necessitados de acolhida
e amparo, mesmo que não mereçam este tratamento. O pai não se interessa pela
contrição do filho em situação de miséria e nem deixa que ele a termine. Deus é
Pai, e não juiz ou delegado de polícia! Ele não trata ninguém como empregado,
pois todos/as são seus filhos/as, e jamais deixam de sê-lo. Neste mundo, que é
sua casa, ele não quer que uns fiquem com tudo e outros fiquem sem nada.
É claro que esta parábola é um chamado contundente
e urgente à conversão. Mas este pedido é dirigido ao filho mais velho! Pois é
ele que não reconhece o amor do pai, não dialoga com o irmão, não o reconhece,
nega a fraternidade que torna todos/as iguais, e defende a primazia do
merecimento, que nos separa.
(Itacir Brassiani msf)
“Dai-lhes vós mesmos de comer!”
“O direito à
alimentação adequada é um direito humano inerente a todas as pessoas de ter
acesso regular, permanente e irrestrito, quer diretamente ou por meio de
aquisições financeiras, a alimentos seguros e saudáveis, em quantia e qualidade
adequadas e suficientes, correspondentes às tradições culturais do seu povo e
que garantam uma vida livre do medo, digna e plena nas dimensões física e
mental, individual e coletiva” (Bispos do
Brasil, Texto-base da Campanha da
Fraternidade 2023, § 36).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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