Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 1047
Dia 04/03/2023
| 1ª Semana da Quaresma | Sábado
Evangelho
segundo Mateus (5,43-48)
(1) Coloque-se em atitude de oração
§ Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
§ Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
§ Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
§ Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
§ Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
§ Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
§ Prepare-se
cantando: “Louvor e glória a ti, Senhor!” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zWobJxhD_iI)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
§ Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 5,43-48
§ Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
§ O primeiro exemplo de
uma justiça superior à dos fariseus dado por Jesus (não matar) é apenas o
começo, e o mínimo
§ No exemplo de hoje (que
não é o segundo, na ordem), Jesus argumenta que também não basta o amor aos
próximos e iguais
§ Estamos diante de um
dos mandamentos mais exigentes da vida cristã: amar inclusive nossos
adversários e perseguidores
§ Diante de quem é
diferente, o cristão não pode ser indiferente, e muito menos intolerante e
agressivo
§ A medida do amor pedido
a nós é o perfeito amor de Deus, que é pai que distribui luz e água (vida!)
tanto aos bons como aos maus
§ O
que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
§ Leia atentamente,
palavra por palavra, este ensino de Jesus sobre o “objeto” e a medida do amor
de quem se coloca no seu caminho
§ Que impacto tem sobre
você este ensino de Jesus: não é suficiente amar os próximos, é preciso amar os
inimigos?
§ Como entender hoje a
contraposição que Jesus faz entre o amor aos iguais (reciprocidade) e o amor
aos inimigos (gratuidade)?
§ Como você, sua família
e sua comunidade podem concretizar este ensinamento de Jesus de amar e
respeitar os “diferentes”?
§ Quem são as pessoas que
hoje você vê como ameaça ou inimigo?
§ Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
§ Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
§ Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
§ Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
§ Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
§ Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
§ Recorde o nome de uma
pessoa que lhe fez mal, ou que trata você como inimigo/a, e reze por ela
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
§ Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
§ Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
§ Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
§ Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
§ O que precisamos mudar
ou melhorar para viver a radicalidade do amor cristão num ambiente tão
polarizado e intolerante?
(6) Retorne à vida cotidiana
§ Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
§ Recite
a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos
com eles, em teu nome!”
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Ouça e cante “Dai-nos hoje o nosso pão de cada
dia” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=BPfS61CdaHY)
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Mateus 5,43-48
Na escuta do
evangelho de ontem, fomos provocados a viver uma justiça maior do que a justiça
dos fariseus. “Não matar” não é a medida máxima, mas a medida mínima do amor.
Porque nosso próximo, sendo diferente, e até mesmo divergente de nós, é um dom,
um presente, relacionar-se fraternalmente com ele jamais será um peso, mas é
sempre uma grande alegria. E o caminho para isso é a disposição permanente à
reconciliação.
No trecho do
evangelho que estamos meditando hoje, Jesus nos oferece um segundo exemplo de
uma justiça maior que a dos fariseus: não basta amar o próximo (aqueles que são
iguais, pertencem ao mesmo sangue, à mesma religião, à mesma ideologia, ao
mesmo grupo de interesses) e cultivar uma olímpica indiferença ou uma belicosa
agressividade com os inimigos (os outros, os diferentes, os adversários, os que
não pertencem aos nossos círculos de relacionamento).
A reciprocidade
entre amigos e próximos pode ser sinal de egoísmo de grupo, de boas maneiras,
sem nada de Evangelho ou de cristão. “Os pagãos e os cobradores de impostos não
fazem a mesma coisa?”, provoca Jesus. O amor não é espontaneidade, gentileza
acomodada que evita a realidade e os conflitos, é nem facultativo. Para os
cristãos, o amor é mandamento e decisão. E a experiência demonstra que é mais
fácil odiar os inimigos que amar o próximo.
Para Jesus, e
para quem segue seu caminho, a medida do amor é o próprio Deus, que envia o sol
e a chuva para maus e bons. Ele é pai que dá vida de forma indiscriminada e incondicional,
por mais que não gostemos disso. Deus é perfeito no seu amor, e o amor perfeito
deve ser pleno e inclusivo, e não dividido ou condicional. E os/as filhos/as
devem imitar o Pai, como os discípulos/as devem imitar o Mestre. O amor aos
inimigos, aos que se opõem a nós ou nos perseguem, é o mandamento mais exigente
de Jesus.
Amar concreto e
em bitola universal é um desafio que pede profecia e um estilo de vida
contracultural e alternativo, que não ignora nem protege relações iníquas e
distorcidas.
(Itacir Brassiani msf)
“Dai-lhes vós mesmos de comer!”
“Viver a comunhão com
Cristo é totalmente oposto ao permanecer passivo e alheio à vida de todos os
dias. Enquanto nos alimenta de Cristo, a Eucaristia que celebramos também nos
transforma gradualmente em corpo de Cristo e alimento espiritual para os irmãos.
Os gestos de Jesus vão muito além de um rito: olhar para o céu, abençoar, repartir e distribuir são os passos que a
comunidade cristã não pode parar de dar, não apenas como rito semanal, mas como
vivência cotidiana, sobretudo onde e quando há multidões famintas” (Bispos do Brasil, Texto-base da Campanha da Fraternidade 2023, § 24).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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