Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 1074
Dia 31/03/2023
| 5ª Semana da Quaresma | Sexta-feira
Evangelho
segundo João (10,31-42)
(1)Coloque-se em atitude
de oração
§ Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
§ Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
§ Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
§ Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
§ Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
§ Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
§ Prepare-se
ouvindo a canção “A palavra de Deus ouvida...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=jg_geU66pxE)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
§ Leia
com toda a atenção o texto de João 10,31-42
§ Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
§ Passamos do capítulo 8
ao capítulo 10 de João, marcado pela crítica de Jesus às lideranças oficiais,
chamadas de mercenárias
§ Dizendo que ele é a
única liderança capaz de dar a vida pela vida do seu rebanho, Jesus desperta a
ira dos controladores do templo
§ Jesus reivindica um
julgamento a partir daquilo que ele faz, e não a partir daquilo que ele diz ou
que os outros pensam dele
§ Na verdade, as obras
dessa elite denunciam que seus membros são perseguidores violentos e
assassinos, e não defensores da lei
§ Por isso, Jesus deixa o
templo e o monte Sião, a terra prometida de outrora e que agora estava
transformada num novo Egito
§ É fora do templo e da
cidade que ele atrai discípulos, e é fora dos seus muros que ele será
crucificado, excluído da cidadania
§ O
que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
§ Observe o diálogo difícil e tenso entre Jesus, que se
mostra em suas ações de compaixão, e a elite religiosa, que o acusa de
blasfêmia
§ Releia e perceba o sentido das acusações levantadas
contra Jesus e dos argumentos que apresenta para se defender
§ Será que não somos tentados pelo mesmo pecado das
elites do templo: dissociar aquilo que proclamamos daquilo que fazemos?
§ Sendo verdade que são nossas ações e relações que
revelam nosso valor, o que nossas ações estão revelando de nós e nossa Igreja?
§ Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
§ Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
§ Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
§ Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
§ Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
§ Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
§ Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
§ Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
§ Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
§ Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
§ Como superar o hábito
de avaliar as pessoas pelos discursos que fazem ou pelos bens que possuem, e
não por suas ações?
(6)Retorne à vida
cotidiana
§ Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
§ Recite
a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos
com eles, em teu nome!”
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Medite
e reze com a canção “A verdade vos libertará” (Acessível
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=udLw5npxd74)
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre João 10,31-42
Estamos no
contexto literário do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus aplica
a si mesmo as sugestivas metáforas da porta e do pastor. Um dos momentos mais provocativos
é quando Jesus declara que todos os que vieram antes dele são ladrões,
assaltantes ou mercenários, e apenas ele é um pastor bom, o único disposto a
dar a vida pelo rebanho. A reação das lideranças religiosas foi acusa-lo de
estar completamente louco.
Para Jesus, uma
pessoa mostra seu valor nas ações que realiza e nas relações que estabelece.
Deus mostra que é justo e bondoso emancipando e libertando as pessoas mais
vulneráveis. Por isso, Jesus não defende sua missão com palavras, mas com o testemunho
de suas ações. São elas que mostram que ele é o enviado do Pai, não por
presumido poder, mas por a intensidade da compaixão.
E quando as
lideranças religiosas do templo ameaçam apedrejá-lo, Jesus pergunta pelo motivo
da rejeição e do ódio. Se ele é o que mostram suas obras, são elas que devem
ser louvadas ou reprovadas, e não suas palavras. Por quais das ações realizadas
ele merece ser condenado? Mas as elites religiosas fazem questão de divorciar
as palavras de Jesus da compaixão que ele demonstra, e querem condená-lo por
suas declarações.
Como defensores
de uma palavra morta e de uma lei desligada da vida, eles não se interessam
pela exploração praticada dentro do templo, desde que os exploradores tenham o
nome de Deus em seus lábios. E acabam traindo o conhecimento e a fidelidade às
escrituras, pois silenciam quando elas dizem que todos os que agem de modo
semelhante à ação de Deus são deuses (cf. Sl 82). E esquecem que a lei existe
para defender a dignidade e a liberdade das vítimas.
Como a pessoa é revelada
pelas suas obras, apelando à violência e planejando assassinar Jesus, as elites
controladores do templo demonstram que são assassinas e perseguidoras, e não
representam a vontade e a ação de Deus, o Pai de Jesus. É por isso que Jesus
sai do templo e do território que se tornara lugar de opressão. Fora do templo,
ele continua atraindo discípulos/as.
(Itacir Brassiani msf)
“Dai-lhes vós mesmos de comer!”
“O rápido crescimento
demográfico constitui uma causa ou uma consequência do subdesenvolvimento?
Excluindo-se os casos extremos, a
densidade demográfica não justifica a fome. Os motivos da fome dizem
respeito aos desequilíbrios impostos pelos Estados, à política perversa, à má
gestão econômica e aos interesses financeiros de explorar de explorar a
natureza para mais enriquecimento” (Bispos do Brasil, Texto-base da Campanha da Fraternidade 2023, § 61).
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar
a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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