Ano A Roteiro de Leitura Orante
do Evangelho Nº 1057
Dia 14/03/2023
| 3ª Semana da Quaresma | Terça-feira
Evangelho
segundo Mateus (18,21-35)
(1) Coloque-se em atitude de oração
§ Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
§ Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
§ Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
§ Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
§ Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
§ Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
§ Prepare-se
ouvindo a canção Cada vez que eu venho para te falar (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
§ Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 18,21-35
§ Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
§ Jesus havia apresentado
aos discípulos uma metodologia evangélica para corrigir os que se desviavam do
caminho
§ Intrigado com a
necessidade de perdoar, Pedro pergunta se isso não tem limites, quantas vezes
deve perdoar
§ Jesus prefere não
quantificar, mas pede para que ele considere a própria condição e a imensidade
do perdão que eles recebem
§ E insiste que a compaixão,
a acolhida e o perdão recebidos de forma incondicional tem consequências na
vida do discípulo/a
§ O perdão aos outros é
sempre menor que o perdão de Deus, mas exige obediência e imitação à ordem do
“soberano”
§ O
que a Palavra O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
§ Leia atentamente a
descrição desse episódio, especialmente a parábola com a qual Jesus ilustra seu
ensino aos discípulos/as
§ Em que exatamente a
atitude permanente e fundamental de Deus Pai se assemelha ao comportamento do
rei?
§ Por que nos custa tanto
perdoar os outros/as? Será que nos falta consciência da enormidade dos débitos
que nos são perdoados?
§ Quem são as pessoas a
quem você deve pedir perdão, e quem são aquelas a quem você deve perdoar hoje?
§ Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
§ Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
§ Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
§ Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
§ Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
§ Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
§ Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
§ Reze repetindo:
“Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido!”
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
§ Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
§ Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
§ Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
§ Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
§ Como ajudar nossas
famílias e comunidades a viver o dinamismo do perdão e da reconciliação de modo
confiante e permanente?
(6) Retorne à vida cotidiana
§ Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
§ Recite
a invocação: “Jesus, que mandas dar alimento a quem tem fome, fazei-nos compassivos
com eles, em teu nome!”
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Medite
e reze com a canção Paz na terra (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lAgmswgz0VU)
§ Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
§ Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Anotações sobre Mateus 18,21-35
Na meditação de
ontem aprendemos que Deus não está sujeito aos interesses e expectativas de
pequenos grupos, pois sua lógica é diferente: ele prioriza as pessoas e grupos
sociais mais necessitados, que não contam e não valem aos olhos de quem
controla o poder, aqueles/as que são “diferentes” e, por isso,
menosprezados/as. Cabe-nos fazer nossa essa compaixão sem fronteiras que Deus
nos revela em Jesus.
Hoje, este ensino
inserido na quarta “cartilha de formação dos/as discípulos/as”, Jesus sublinha
a necessidade do perdão recíproco. Depois de ter falado sobre a “pedagogia
evangélica” para corrigir quem vive fora dos parâmetros do Reino de Deus, Jesus
é interrogado por Pedro, em nome dos discípulos, e responde com uma parábola e
uma declaração muito incisiva.
A atitude do rei
é sempre problemática, e ele não representa propriamente a ação de Deus, a não
ser em um único aspecto, que veremos mais tarde. O rei da parábola é igualzinho
aos demais, que age oprimindo os mais fracos. A compaixão e o perdão concedidos
ao escravo endividado “até o pescoço” não é incondicional nem definitivo, tanto
que foi logo revogado, e o escravo foi torturado impiedosamente. Nossa atenção
deve focar a atitude do escravo.
Este, tendo sido
perdoado e reestabelecido em sua dignidade e liberdade, mostra-se incapaz de
fazer o mesmo com seu companheiro, cuja dívida é infinitamente menor, age com
crueldade inesperada e acaba provocando a violência do rei, que estava momentaneamente
esquecida. Esta atitude do escravo perdoado, que mostra mais autoridade e
crueldade que o próprio rei, acaba desvelando a “fraqueza” do rei, e é isso que
o irrita e faz voltar atrás.
É apenas nisso –
na intolerância com a falta de reconciliação com os iguais – que Deus se
assemelha ao rei. Deus é pai, sua compaixão é eterna e seu perdão é irrevogável,
mas “perde a estribeira” quando seus filhos e filhas se mostram incapazes de
compaixão e perdão. Seu amor incondicional por nós tem consequências! Numa
situação de relações frágeis, o perdão é absolutamente indispensável.
(Itacir Brassiani msf)
“Dai-lhes vós mesmos de comer!”
“A progressiva crise
econômica, a pandemia e o desmonte das políticas públicas, que poderia amenizar
o impacto das duas primeiras, explicam o recrudescimento da insegurança
alimentar e da fome entre o final do ano 2020 e o início de 2022. A piora da insegurança alimentar é a
repercussão das desigualdades sociais que resultam de processos econômicos e
políticos, com destruição de instituições e políticas públicas desde 2016” (Bispos do Brasil, Texto-base da Campanha da Fraternidade 2023, § 42.
Leitura Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar
a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
www.msfamericalatina.org | Passo Fundo/RS
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