Como as árvores, os justos florescem, mesmo na velhice | 786 | 26.07.2025 |
Mateus 13,16-17
Estes dois versículos
fazem parte do diálogo catequético e formativo de Jesus com seus discípulos. O
objetivo dessa breve catequese de Jesus é explicar as razões que o levam a falar
em parábolas, especialmente quando se dirige às autoridades religiosas e ao
povo. Mas, na liturgia de hoje, este breve trecho do evangelho segundo Mateus
ilumina a festa de São Joaquim e Sant’Ana, pais de Maria e avós de Jesus.
As parábolas tratam, antes de tudo, do
mistério do Reino de Deus, por vontade de Deus acessíveis prioritariamente aos
“pequenos”, aos pobres e humildes do Senhor. Como as crianças e vulneráveis,
são eles os mais aptos a entender e acolher o Reino de Deus como graça e
tarefa. Com eles aprendemos que ver e ouvir o que Jesus faz e diz significa
discernir a presença de Deus nos acontecimentos e na ação de Jesus.
Pelos capítulos que antecedem estes
versículos, sabemos que as lideranças do judaísmo rejeitaram o ensino e a ação
libertadora de Jesus. Eles escutaram sem entender e viram sem aceitar. Tendo um
coração torpe, fecharam os ouvidos e os olhos para não se converterem. Por
outro lado, aqueles que acolhem o ensino de Jesus e o seguem são realmente
felizes, alcançaram uma vida cheia de brilho e de vigor.
Isso não é frustração nem acaso, mas
fruto do querer de Deus. A condição das pessoas que, entendendo e acolhendo a
mensagem do reino de Deus, a vivem e anunciam, é melhor que a dos justos e
profetas do Antigo Testamento: eles quiseram ver e ouvir, mas não conseguiram.
Assim são os discípulos missionários de todos os tempos.
A liturgia de hoje nos leva a entender
que Joaquim e Ana, pais de Maria e avós de Jesus, fazem parte daqueles justos e
profetas que, vivendo a esperança da vinda do Messias e fazendo o que estava ao
alcance para que isso acontecesse, desejaram ver e ouvir, mas não conseguiram.
E
nós celebramos a memória destes santos como Dia dos Avós e dos Idosos. A
propósito, vale a pena recordar o que diz salmista: “O justo florescerá como a
palmeira, crescerá como o cedro que há no Líbano. Mesmo no tempo da velhice
darão frutos, serão cheios de seiva e verdejantes”. Que o Bom Deus conceda essa
graça aos nossos idosos e idosas.
Sugestões para a
meditação
§ Leia atentamente, sem pressa, palavra por palavra, estes
dois breves versículos nos quais Jesus elogia os verdadeiros discípulos
§ Somos capazes de ver, reconhecer e alegrar-nos com os
sinais do reino de Deus nas pessoas e acontecimentos simples e frágeis?
§ Somos capazes de ver e reconhecer na sabedoria afetuosa e
no amor terno e vulnerável dos avós sinais da bondade de Deus?
§ Alegramo-nos de
verdade com esta dinâmica do reino de Deus, e como isso transparece naquilo que
fazemos e anunciamos?
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