domingo, 20 de julho de 2025

Jonas e Jesus

Não esperemos de Jesus nenhum sinal espetacular | 781 | 21.07.2025 | Mateus 12,38-42

Na ação missionária de Jesus não faltavam sinais da misericórdia de Deus em favor do povo cansado e abatido. Ele havia acabado de curar uma pessoa cuja personalidade estava destruída por uma força diabólica, por um poder incontrolável. Mas, em vez de acreditar nele e se alegrar com os sinais do Reino de Deus tão esperado, os fariseus o acusaram de agir em nome do pai da maldade. E Jesus respondera que é pelos frutos que se conhece a árvore, pelas ações que conhecemos as pessoas.

Agora, os mestres da lei voltam a insistir, pedindo a Jesus um sinal que ateste que ele veio e age em nome de Deus. Eles já têm sinais e provas suficientes, mas se recusam a aceitar os sinais que beneficiam os sofredores e excluídos. Esperam e exigem sinais mais poderosos, capazes de impressionar, de assustar e provocar submissão. Mas Jesus só faz sinais para fazer o bem a quem está em situação de necessidade, e se recusa a fazer algo apenas para mostrar seu poder ou para satisfazer a curiosidade deles.

Na verdade, Jesus acena para um sinal futuro e inusitado: como o profeta Jonas ficara três dias no ventre de um peixe, como que sepultado no mar, o enviado do Pai e Filho do Homem compartilhará a condição dos humanos condenados e será morto e sepultado no ventre da terra. O sinal da sua divindade é sua plena humanidade. E como os pagãos de Nínive acreditaram na pregação de Jonas e se converteram, também os judeus devem aceitar seu anúncio e seu testemunho e mudar de vida.

Essa resposta de Jesus se torna denúncia, provocação e insulto às lideranças do judaísmo quando diz que povos pagãos que se converteram com a pregação dos profetas julgarão os piedosos e orgulhosos mestres da lei. Jesus diz que eles, autoridades religiosas, são maus (agem por força do demônio) e adúlteros (sem nenhuma honra).

Além de recordar o exemplo do povo ninivita, Jesus também propõe o exemplo da rainha de Sabá, que fez de tudo para visitar Salomão, e, mesmo sendo pagã, reconheceu sua sabedoria. E, de fato, Jesus é muito mais que Jonas e muito mais que Salomão. Ele é a encarnação da Sabedoria e da Profecia, e o sinal maior que ele nos dá é a compaixão e a misericordiosa acolhida, levada ao extremo na cruz.

 

Sugestões para a meditação

§ Que sinais você costuma pedir ou esperar para confirmar o amor e a presença de Deus?

§ Você leva em conta que é a fé que torna os sinais grandes e animadores, e não o contrário?

§ O que significa hoje o sinal de Jonas, o profeta que passou três dias desaparecido, no intestino de um grande peixe?

§ Como o exemplo do povo de Nínive e da rainha de Sabá podem estimular nossa adesão a Jesus Cristo e ao seu Evangelho?

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