Não esperemos de Jesus nenhum sinal espetacular | 781 | 21.07.2025 |
Mateus 12,38-42
Na ação missionária de Jesus não faltavam sinais da
misericórdia de Deus em favor do povo cansado e abatido. Ele havia acabado de
curar uma pessoa cuja personalidade estava destruída por uma força diabólica,
por um poder incontrolável. Mas, em vez de acreditar nele e se alegrar com os
sinais do Reino de Deus tão esperado, os fariseus o acusaram de agir em nome do
pai da maldade. E Jesus respondera que é pelos frutos que se conhece a árvore,
pelas ações que conhecemos as pessoas.
Agora, os mestres da lei voltam a insistir, pedindo
a Jesus um sinal que ateste que ele veio e age em nome de Deus. Eles já têm
sinais e provas suficientes, mas se recusam a aceitar os sinais que beneficiam
os sofredores e excluídos. Esperam e exigem sinais mais poderosos, capazes de
impressionar, de assustar e provocar submissão. Mas Jesus só faz sinais para
fazer o bem a quem está em situação de necessidade, e se recusa a fazer algo
apenas para mostrar seu poder ou para satisfazer a curiosidade deles.
Na verdade, Jesus acena para um sinal futuro e
inusitado: como o profeta Jonas ficara três dias no ventre de um peixe, como
que sepultado no mar, o enviado do Pai e Filho do Homem compartilhará a
condição dos humanos condenados e será morto e sepultado no ventre da terra. O
sinal da sua divindade é sua plena humanidade. E como os pagãos de Nínive
acreditaram na pregação de Jonas e se converteram, também os judeus devem
aceitar seu anúncio e seu testemunho e mudar de vida.
Essa resposta de Jesus se torna denúncia,
provocação e insulto às lideranças do judaísmo quando diz que povos pagãos que
se converteram com a pregação dos profetas julgarão os piedosos e orgulhosos
mestres da lei. Jesus diz que eles, autoridades religiosas, são maus (agem por
força do demônio) e adúlteros (sem nenhuma honra).
Além de recordar o exemplo do povo ninivita, Jesus também propõe o
exemplo da rainha de Sabá, que fez de tudo para visitar Salomão, e, mesmo sendo
pagã, reconheceu sua sabedoria. E, de fato, Jesus é muito mais que Jonas e
muito mais que Salomão. Ele é a encarnação da Sabedoria e da Profecia, e o
sinal maior que ele nos dá é a compaixão e a misericordiosa acolhida, levada ao
extremo na cruz.
Sugestões para a
meditação
§ Que sinais você costuma pedir ou esperar para confirmar o
amor e a presença de Deus?
§ Você leva em conta que é a fé que torna os sinais grandes e
animadores, e não o contrário?
§ O que significa hoje o sinal de Jonas, o profeta que passou
três dias desaparecido, no intestino de um grande peixe?
§ Como o exemplo do povo de Nínive e da rainha de Sabá podem
estimular nossa adesão a Jesus Cristo e ao seu Evangelho?
Nenhum comentário:
Postar um comentário