segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 615

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 615

Dia 28/12/2021 | Tempo do Natal | Memória dos S. Inocentes

Evangelho segundo Mateus (2,13-18)

(1)    Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do tempo do Advento

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Prepare-se ouvindo a canção Mataram mais um irmão, do Pe. Zezinho (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Ao7Ql7vl_Jk)

 

(2)  Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Mateus 2,13-18

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          Este texto, indicado para a memória do martírio das crianças inocentes, faz parte ciclo natalino

·          A Igreja acolheu este testemunho como memória da violência de Herodes e como chamado a testemunhar Jesus com a vida

·          Junto com a memória do martírio de Estêvão, o Evangelho nos adverte contra a tentação do romantismo diante de Jesus

·          José, atento aos riscos do menino, nos ensina a sermos solícitos quando se trata de defender a vida dos pequenos

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

(3)  Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·          Releia o texto lentamente, detendo-se nos personagens e nas diversas cenas que o compõem

·          Procure deter-se nas palavras do mensageiro de Deus e na obediência despojada e pronta de José

·          Que sentido têm as escrituras citadas para os milhares de brasileiros/as inconsoláveis com a morte de seus entes queridos/as pela Covid?

·          De que iniciativas somos capazes e onde buscamos inspiração para enfrentar as situações que urgem uma intervenção corajosa?

·          Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)  Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Procure rezar sintonizado/a com o clamor dos/as inocentes perseguidos/as hoje, e procure emprestar sua voz orante a eles/as

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)   Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Como você e sua família, ou então sua comunidade eclesial, podem tutelar a dignidade dos inocentes?

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)  Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade desperta e em pé!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça e, se possível, assista, o clip Cântico dos mártires da terra (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=O79nHBUI7c4)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Mateus 2,13-18

Na festa de hoje somos chamados/as a proclamar com a vida aquilo que professamos com os lábios. Nos sonhos, José reforça a consciência da própria vocação: tomar conta da vida do Menino e protegê-lo ante todos os riscos e ameaças. E nos convoca a fazer o mesmo, em nome do filho Jesus.

José, o carpinteiro de Nazaré e marido de Maria, se inspira noutro José, aquele que fora vendido pelos irmãos aos comerciantes do Egito. É dele do dia se transformam em sonhos à noite. Assim, o pai e protetor de Jesus toma consciência das urgências e mostra-se obediente à vontade de Deus.

Herodes não admite que alguém desobedeça às suas ordens. A fúria que dorme sob o disfarce da piedade é acordada por qualquer sinal de insubmissão. A raiva contra os magos se volta contra as crianças. Com medo de um concorrente ao trono, Herodes opta pelo extermínio dos inocentes.

O medo e a prepotência dos poderosos sempre fazem vítimas, e as crianças são atingidas em primeira linha. Como diz Mateus, citando o profeta Jeremias, a violência sofrida pelos inocentes é um grito que brada aos céus, provoca um lamento inconsolável e não deriva da vontade de Deus.

A Igreja acolheu o testemunho das crianças de Belém e as reconhece como mártires. Elas nem mesmo haviam conhecido Jesus nem aderido ao seu caminho. Tiveram a vida destruída por causa de Jesus Cristo. Mesmo sem dizer uma só palavra, confessaram com o sangue a chegada do Filho de Deus.

A liturgia de hoje não é um lamento, mas um convite à confiança. A comunidade, que canta seu salmo no templo, não cansa de repetir: “Bendito seja o Senhor”. A fé que herdamos das primeiras comunidades nos diz discretamente que aqueles que, como Herodes, semearam violentamente a morte dos inocentes não duraram muito (cf. Mt 2,20).

(Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

Todo o diálogo sincero exige confiança de base entre os interlocutores. Devemos recuperar esta confiança recíproca. Dialogar significa ouvir-se um ao outro, confrontar posições, pôr-se de acordo e caminhar juntos. Favorecer tudo isto entre as gerações significa trabalhar e fazer fértil o terreno duro e estéril do conflito e do descarte para nele se cultivar as sementes duma paz duradoura e compartilhada”. (Mensagem para o Ano Novo 2022, nº 2)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

Nenhum comentário: