domingo, 26 de dezembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 614

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 614

Dia 27/12/2021 | Tempo do Natal | São João, Evangelista

Evangelho segundo João (20,2-8)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo do Advento

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se ouvindo a canção Quando chegar o Natal e um sonho bom iluminar toda cidade feliz, do Pe. Zezinho (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=A7Bhr2LHeww)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de João 20,2-8

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        Maria Madalena, discípula de Jesus, inconformada com o cruel destino de Jesus, vai à sua sepultura para prantear o Amigo e Mestre

·        O sepulcro aberto é um sinal de alerta, sinal de algo inesperado, e ela busca Pedro e João para testemunhar e interpretar o fato

·        Eles comprovam que o sepulcro está aberto e vazio, e se parece com um leito nupcial, no qual uma aliança foi ratificada

·        O discípulo Amigo (João) vê e dá crédito (acredita) à vida, à missão e à ressurreição de Jesus, e confirma sua decisão de seguir Jesus

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Observe a teimosa inconformidade de Maria Madalena, suas buscas, suas intuições, mas também sua dependência do passado

·        Esta cena deixa o desfecho suspenso, em aberto, como que convidando-nos a assumir o protagonismo e dar-lhe um final adequado

·        Acreditaremos num fato ocorrido apenas no passado, ou daremos crédito à vida e à proposta de Jesus, fazendo-a nossa?

·        O que o testemunho de João sobre a ressurreição de Jesus significa para as famílias enlutadas pelas 620 mil mortes pelo Covid-19?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Prossiga sua contemplação de Deus no presépio, acolhendo o abraço daquele que tanto nos amou que deu sua vida por nós

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        O que devemos mudar a partir da convicção de que a vida de Jesus não termina em fracasso ou tragédia, mas que caminha à nossa frente?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade desperta e em pé!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Ouça e, se possível, assista, a canção Noite Feliz, com André Rieu e orquestra (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RDpWkBi-cr4)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre João 20,2-8

A primeira manifestação da ressurreição de Jesus se dá na visita de Madalena à sepultura. Vendo a pedra afastada, Maria vai avisar os discípulos. O amigo de Jesus, que identificamos com o apóstolo e evangelista João, é o primeiro a chegar. Vê a sepultura vazia e as vestes, mas não entra. Pedro chega depois, entra na sepultura e vê o sudário dobrado, em separado, “à parte”.

A tumba vazia não é o único fundamento da fé na ressurreição, mas é seu sinal. Parece que João conhecia a liturgia do templo, por isso resiste a entrar na sepultura. Para ele, os panos “enrolados” e colocados no “lugar” à parte são a Lei, e a Palavra que se fez carne em Jesus de Nazaré substitui o Templo.

A tumba vazia é um indicativo insuficiente para sustentar a fé na ressurreição de Jesus. Sua base é a experiência pessoal que o/a discípulo/a faz do encontro com Jesus ressuscitado. Mais tarde, Madalena chora diante da sepultura e “se inclina” para olhar. Vê anjos que a interrogam sobre sua dor, e só reconhece Jesus quando ele a chama pelo nome.

Depois de tê-lo desejado, buscado, conhecido e amado em vida, Maria precisa se inclinar para dentro de si mesma, na profundidade do seu desejo, para reconhecê-lo e amá-lo sem retê-lo. É ao voltarmo-nos para nossa interioridade que encontraremos o ressuscitado que nos ama, chama e envia.

O texto termina com reticências, como que convocando-nos a entrar na cena como protagonistas, e a darmos um final adequado àquela manhã misteriosa. João, discípulo, apóstolo e escritor, cuja festa hoje celebramos, viu e acreditou. E deixou seu testemunho inscrito na vida e registrado no quarto evangelho.

Acreditaremos e viveremos em seu nome? Estaremos dispostos a ser semente que, caindo na terra e morrendo, não fica só, e se multiplica incrivelmente? É isso que queremos e decidimos Daremos essa boa notícia a toda a humanidade?

(Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

Num mundo ainda fustigado pela pandemia, que tem causado tantos problemas, alguns tentam fugir da realidade, refugiando-se em mundos privados, enquanto outros a enfrentam com violência destrutiva, mas, entre a indiferença egoísta e o protesto violento há uma opção sempre possível: o diálogo, concretamente, o diálogo entre as gerações”. (Mensagem para o Ano Novo 2022, nº 2)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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