segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 601

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 601

Dia 14/12/2021 | 3ª Semana do Advento | Terça-feira

Evangelho segundo Mateus (21,28-32)

(1)     Coloque-se em atitude de oração  

·        Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·        Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·        Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·        Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·        Tome consciência de si mesmo/a e do tempo do Advento

·        Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·        Prepare-se cantando: Ó vem, Senhor, não tardes mais!” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=GV-waMJLivY)

 

(2)   Leia o texto da Palavra de Deus

·        Leia com toda a atenção o texto de Mateus 21,28-32

·        Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·        No templo, onde voltou para curar e ensinar, Jesus é questionado pelos chefes dos sacerdotes e anciãos (judiciário leigo)

·        Jesus os provoca com uma parábola, e diz que eles são piores que os cobradores dos impostos e as prostitutas

·        Escutando a pregação de João Batista, estes endireitaram seus caminhos em direção à justiça e a retidão

·        A preparação para o Natal implica em ações concretas e coerentes com Jesus e seu Evangelho

·        O que a Palavra de Deus diz em si mesma?

(3)   Medite a Palavra de Deus

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, nesse momento?

·        Releia atentamente a parábola e a interpretação que o próprio Jesus dá a ela, chamando-nos a um caminho de justiça

·        Será que às vezes também nós estaríamos reduzindo a fé a puras intenções, palavras e promessas?

·        Será que também hoje, nós, que animamos nossas Igrejas, não estaríamos sentindo-nos melhores e superiores que os outros/as?

·        Será que a adesão ao Evangelho e a mudança de vida de muitas pessoas pobres e incultas não nos chamam a uma mudança?

·        Se achar oportuno e possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4)   Reze com o texto lido e meditado

·        Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·        Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·        Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·        Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·        Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·        Cante ou reze: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor! Eis-me aqui, Senhor! (https://www.youtube.com/watch?v=6bFx0GZZE3Y)

·        Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·        Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·        Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·        Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·        Como superar a tentação de aprisionar a força da fé a meras declarações formais e teóricas, essa tentação que ronda muitos/as de nós?

·        Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6)   Retorne à vida cotidiana

·        Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·        Recite ou cante a invocação: “Jesus, que vens ao nosso encontro com Maria e José, mantém nossa comunidade desperta e em pé!”

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Medite e reze com a canção “Vem, Senhor, vem salvar teu povo...” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=w_m8tqzljkA)

·        Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·        Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Mateus 21,28-32

Os versículos do evangelho de hoje prosseguem o trecho que meditamos ontem. Jesus continua no mesmo lugar (o templo) e a discussão prossegue com os mesmos interlocutores: a elite religiosa e social (chefes dos sacerdotes e anciãos). A menção a João Batista e o tempo litúrgico de Advento que vivemos dão conotações especiais a esta passagem.

Esta é a primeira de três parábolas que Jesus dirige à elite religiosa que o persegue, nas imediações do templo. Ele começa com uma pergunta, convocando os interlocutores a tomarem posição, e é Jesus mesmo quem propõe uma interpretação da parábola. A ênfase está colocada claramente sobre a figura do pai e a prática concreta da sua vontade.

Os dois filhos mencionados na parábola são personagens que correspondem, por um lado, aos pecadores/as, que aceitam a pregação de João Batista e de Jesus e se tornam discípulos/as, e, por outro lado, à elite religiosa, que se fecha tanto a João como a Jesus. A própria interpretação de Jesus não deixa dúvidas. Convocados a emitir um juízo sobre a atitude contrastante dos personagens, os sacerdotes e anciãos se autocondenam.

A sentença de Jesus é clara e provocadora: os cobradores de impostos e as prostitutas (ambos catalogados entre os piores pecadores) precedem (no presente!) a elite religiosa no Reino de Deus, porque aceitaram o caminho da justiça e da conversão pregado por João. A elite, em vez disso, não acreditou em João, e, nem mesmo vendo o testemunho deles, mudaram de atitude.

Nossa adesão à vontade do Pai deve ser firme e duradoura, e ser demonstrada em ações concretas. Trata-se de um “caminho de justiça”, ou seja, de ação coerente com a pauta de justiça, solidariedade e transformação do Reino de Deus. Nossa adesão ao espírito natalino é coerência com o Evangelho de Jesus, e não pode se resumir a belos cânticos e palavras bonitas.

 (Itacir Brassiani msf)

Reflexão do Papa Francisco

A realidade, na sua misteriosa persistência e complexidade, é portadora dum sentido da existência com as suas luzes e sombras. Longe de nós pensar que crer signifique encontrar fáceis soluções consoladoras. Antes, pelo contrário, a fé que Cristo nos ensinou é a que vemos em São José, que não procura atalhos, mas enfrenta de olhos abertos aquilo que lhe acontece, assumindo pessoalmente a responsabilidade por isso” (Gl 4, 19)”. (Patris Corde, 4)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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