Dia 02
de Novembro| Segunda-feira | Dia dos Finados
Evangelho segundo Lucas (12,35-40)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições
à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Busque algo que recorde pessoas
queridas já falecidas
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando o mantra: Tu és minha vida, outro Deus não há... Em
tua Palavra eu caminharei! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AOy0kWK67Nw)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 12,35-40
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Como bem constata a tradição
judaico-cristã, a morte sempre nos parece uma derrota, uma fraude, uma perda
· Para não perder este “jogo”,
precisamos viver vigilantes, reconhecendo o valor infinito de cada momento
· No fim da caminhada da vida não está
uma noite escura e vazia, mas um encontro e um abraço ativamente esperados
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Acolha deste texto as luzes e
estímulos que você necessita para viver responsavelmente e esperar
realisticamente
· Recorde agradecido/a o nome, o rosto,
a história e a melhor herança deixada pelas pessoas queridas que partiram
· Tendo presente esta herança, o
testemunho de tantos cristãos e a Boa Notícia de Jesus, como você honrar a vida
e não apenas sobreviver, honrar seus falecidos e não apenas lamentar?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Louve a Deus pela bondade e liberdade
que ele manifestou na vida das pessoas queridas que nos deixaram
· Perdoe as pessoas que partiram, e
peça-lhes perdão
· Peça ao Senhor a graça de viver
vigilante e generosamente
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: Quem nos separará, quem vai nos separar do
amor de Cristo? Quem nos separará? (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=AOy0kWK67Nw)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Se aceitarmos a morte, podemos
preparar-nos para ela. O caminho é crescer no amor para com aqueles que
caminham conosco. Quanto melhor vivermos nesta terra, tanto maior
felicidade poderemos partilhar com os nossos entes queridos no céu. Quanto mais conseguirmos amadurecer e
crescer, tanto mais poderemos levar-lhes coisas belas para o banquete celeste” (Papa Francisco, Amoris Laetitia,
258).
REFLEXÃO
COMPLEMENTAR
O
texto do Evangelho escolhido para iluminar a comemoração dos fiéis defuntos
hoje enfatiza a espera vigilante. Jesus se dirige aos discípulos, e sua fala
está marcada pela crise da espera e da confiança que os discípulos enfrentavam
com a demora do “retorno” de Jesus. A esperança é essencial para quem segue Jesus.
Ninguém pode “baixar a guarda” ou perder o rumo e o gosto de viver, mesmo
quando a partida das pessoas queridas deixa um vazio imenso.
Jesus
ilustra esta expectativa confiante com duas imagens (o cinto amarado na cintura
e as lâmpadas acesas durante a noite) e com três parábolas. Para esperar
adequadamente o retorno do patrão da festa de casamento, o pessoal da casa deve
estar devidamente preparado: acordados, com as lâmpadas da casa acesas e com o
cinto apertado. E isso mesmo se o chefe da casa demorar. Assim, podem abrir a
porta, sem demora nem obstáculos.
Se Jesus partiu, ele
voltará, pois não foi embora. Disso os discípulos/as não podemos duvidar, nem
esperar “jogando-se nas cordas”. Precisamos ser como o pessoal da casa. Jesus
foi celebrar a aliança, e crer nele significa mover-se numa fé vigilante a
ativa no serviço. É ela que acende luzes na escuridão e aperta nossos cintos para
que possamos caminhar com segurança.
Também com nossos
entes queridos há um encontro desejado e previsto, mesmo que não saibamos
quando, como e onde. Mas a saudade que acende em nós o ardente desejo desse
encontro não pode nos induzir a viver despreocupadamente ou apenas resignados,
esperando o tempo passar. Assim, viveremos vigilantes na medida em que damos em
tudo o melhor de nós mesmos/as, e não abandonamos o que de melhor nos deixaram
as pessoas que partiram.
(Itacir Brassiani msf)
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