Dia 07
de Novembro| Sábado| 31ª Semana do tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (16,9-15)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições
à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se ouvindo ou cantando: Cada
vez que eu venho para te falar, na verdade eu venho para te escutar! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2zdRFNQ7oRY)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 16,9-15
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Os/as discípulos/as de Jesus devem
decidir com rapidez e coerência, usando os bens para construir o Reino de Deus
· Aquilo que Jesus ensina com a parábola
do administrador esperto, é aplicado nas sentenças do evangelho de hoje
· Ninguém imagine que possa servir a
Deus e seu Reino pensando unicamente nos próprios interesses, vantagens e bens
· O/a discípulo/a de Jesus, os/as
filhos/as da luz são amigos/as de Deus e dos/as amigos/as dele, e não amigos/as
do dinheiro
· O Evangelho e a vida de Jesus não
deixam dúvidas: não há como servir a Deus e ao Dinheiro, ser amigo/a de deus e
Das riquezas
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Leia e releia estas frases e
comparações, deixe-se levar pelas comparações, deixe-se interpelar pelas
afirmações
· Releia o texto à luz do uso dos bens
que o pai misericordioso faz para acolher do filho e atender suas necessidades
(15,11-32)
· Como você e sua família estão usando
os bens que administram (propriedades, conhecimento, capacidades
profissionais): unicamente em vista de vocês mesmos?
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Peça a deus a lucidez, o desapego e a
coragem para colocar aquilo que você é, sabe e tem a serviço do bem da
humanidade
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como superar a falsa ideia de que a fé
não tem nada a ver com o ter, o saber e o poder?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: São muitos os convidados, quase ninguém tem
tempo... A decisão é tua! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ROv-VbHb_vs)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“A Palavra de Deus não é uma sequência de teses
abstratas, mas uma companheira de viagem. Mesmo
para as famílias que estão em crise ou imersas nalguma tribulação, ela mostra a
meta do caminho, quando Deus enxugará todas as lágrimas dos seus olhos” (Papa
Francisco, Amoris Laetitia, 22).
LEITURA COMPLEMENTAR
O texto evangélico de hoje é um
conjunto de sentenças unidas pelo tema do dinheiro. Jesus as busca na sabedoria
popular e usa para aplicar a parábola do administrador esperto. Ele precisa ser
lido à luz da parábola que meditamos ontem, pois exemplifica como ser filhos da
luz.
No centro, está a questão do uso dos
bens. Na perspectiva de Jesus e do reino de Deus, os bens só se justificam para
socorrer as necessidades e consolidar as relações de fraternidade e
solidariedade. Nosso patrão e senhor é Deus, ele é o dono de tudo, e nós somos
administradores.
Não há como ser amigo/a de Deus e
amigo/a das riquezas. A experiência da escravidão ensina que um escravo não
pode pertencer a dois proprietários. Não há como ser discípulo de Jesus sendo
meio egoísta e meio solidário, meio mentiroso e meio verdadeiro. Temos que
escolher!
O/a discípulo/a de Jesus precisa
servir a deus com inteireza, viver na lógica da partilha e da gratuidade, como
o pai misericordioso, que gastou um monte de dinheiro para refazer os laços com
o filho necessitado. O Reino de Deus não assegura direitos e méritos.
Segundo Jesus, os fariseus eram
amigos do dinheiro, e não amigos de Deus e dos amigos/as de Deus. Por isso,
os/as discípulos de Jesus devem tomar distância deles, comportar-se de modo
diverso. Quem é correto no uso dos bens é elevado, quem só pensa em si é
rebaixado.
“Quem dá aos pobres empresta a Deus”,
ensina a sabedoria popular. Quem usa os bens em benefício da humanidade presta
culto a Deus. Quem se submete à lógica do acúmulo de poder e de dinheiro e não
consegue pensar senão em si mesmo, se submete a um ídolo. Não é possível conciliar
estes dois caminhos. Não nos esqueçamos da parábola do camelo e do buraco da
agulha...
(Itacir
Brassiani msf)
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