Roteiro
de Leitura Orante do Evangelho 207
Dia
15/11/2020 | Domingo | 33ª Semana do Tempo Comum
Evangelho
segundo Mateus (25,14-30)
(1)
Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo
ou cantando: Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais vos será
acrescentado... (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ha0LjrEwrNU)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Mateus 25,14-30
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Como esperar e preparar-se para o retorno de Jesus:
eis uma pergunta que sucessivas gerações de cristãos se fazem
· As respostas sempre foram várias: separar-se do mundo,
purificar-se moralmente, cumprir as leis, perseverar na oração
· A parábola de hoje é a resposta de Jesus a esta
questão, e coloca a espera em perspectiva de missão
· A preocupação com o dia do seu retorno é secundária, e
o essencial é fazer todo o possível para seu Reino frutificar
· O que este trecho
da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Como você, sua família e sua comunidade tem feito com
o sonho de Jesus, que é salvar e libertar todas as criaturas?
· Sua vida e sua missão tem sido guiada pela fé, pela
confiança e pela responsabilidade ou pelo medo e pela ortodoxia?
· Você percebe na sua comunidade de fé sinais da
preocupação de conservar a “pureza” da fé em vez de torná-la libertadora?
· Como o evangelho de hoje se relaciona com a Jornada
Mundial dos Pobres, com seu imperativo de estender a mão a eles?
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Faça uma oração
que resuma a experiência de oração de hoje
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie os passos meus!
· Reze com o canto: Dai-me
a palavra certa, na hora certa, do jeito certo e pra pessoa certa... (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=JeGduLmY9H4)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Leitura complementar sobre Mateus 25,14-30
A parábola dos talentos é um relato aberto que se presta a leituras
diversas. O importante centrar a atenção na atuação do terceiro servo, pois
ocupa a maior atenção e espaço na parábola. A sua conduta é estranha. Enquanto
os outros servos se dedicam a fazer frutificar os bens que lhes confiou o seu
senhor, ao terceiro não lhe ocorre nada melhor do que «esconder debaixo de
terra» o talento recebido para o conservar seguro. Quando o senhor chega,
condena-o como servo «negligente e preguiçoso» que não entendeu nada. Como se
explica o seu comportamento?
Este servo não se identifica com o seu senhor nem com os interesses dele.
Não age movido pelo amor. Não ama o seu senhor, tem medo dele. E é esse medo
que o leva a agir buscando a própria segurança. Ele mesmo explica: «Tive medo e
fui esconder o meu talento debaixo de terra».
Este servo não compreende sua responsabilidade. Pensa que está
respondendo às expectativas de seu senhor conservando o seu talento seguro mas
improdutivo. Não sabe o que é uma fidelidade ativa e criativa. Não se envolve
nos projetos e interesses do seu senhor. Quando este chega, diz-lhe claramente:
«Aqui tens o teu».
Nestes momentos em que o cristianismo de muita gente chegou a um ponto
em que só se pensa em «conservar» e não tanto procurar com coragem caminhos
novos para acolher, viver e anunciar o seu projeto de reino de Deus, temos de
escutar atentamente esta parábola de Jesus.
Se nunca nos sentimos chamados a seguir as exigências de Cristo
além do que é ensinado e ordenado; se não arriscamos nada para fazer uma igreja
mais fiel a Jesus; se não assumimos a responsabilidade do reino, como o fez
Jesus; então precisamos aprender a fidelidade ativa, criativa e arriscada à
qual nos convida a sua parábola.
(José
Antônio Pagola)
Uma frase
para pensar...
“Estende
a mão ao pobre” é um convite à
responsabilidade por eles, sob forma de empenho direto, de quem se sente parte
do mesmo destino. É um encorajamento a assumir os pesos dos mais
vulneráveis, como recorda São Paulo: “Pelo amor, fazei-vos servos uns dos
outros. É que toda a Lei se cumpre plenamente nesta única palavra: ama o teu
próximo como a ti mesmo.” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia
Mundial dos Pobres, 2020)
Sobre a Leitura Orante do Evangelho...
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para
iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez
àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho
para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e
estéril.
Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a
liturgia diária. O grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma
sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam
mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos.
(Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
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