Roteiro
de Leitura Orante do Evangelho 206
Dia
14/11/2020 | Sábado | 32ª Semana do Tempo Comum
Evangelho
segundo Lucas (18,1-8)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha um momento
adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha o lugar no
qual você se sinta bem
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se ouvindo
ou cantando: A Palavra está perto de ti: em tua boca, em teu coração! (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=70ikIPVilyM)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
· Leia com toda a
atenção o texto de Lucas 18,1-8
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· A comunidade à qual se dirige o evangelista Lucas vive
um tempo difícil de perseguições violentas e implacáveis
· Diante do aparente silêncio ou ausência de Deus, como
da demora da volta de Cristo, há risco de desilusão e desistência
· A figura da viúva frágil e indefesa, que não se
resigna nem desiste diante da frieza e indiferença do Juiz é uma exortação
· A lição é clara: Deus não pode ser pior que esse juiz,
e seguramente ouve nossos clamores e fará justiça
· A oração dos/as discípulos expressa essa atitude de
querer conhecer a vontade de Deus e confiar em sua bondade
· O que este trecho
da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Solte as asas da sua imaginação e coloque-se dentro desta
história imaginaria, interagindo com os personagens
· Procure sintonizar com os diferentes grupos sociais e
cristãos que lutam desesperadamente por sua dignidade e seus direitos
· Procure acolher, compreender e tirar as consequências
da afirmação de que Deus leva a peito as dores dos seus filhos/as
· A fé vivida e celebrada por sua comunidade suscita
perseverança nas lutas e confiança na justiça de Deus?
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Depois de escutar
atentamente, agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Faça uma oração
que resuma a experiência de oração de hoje
· Recite ou cante a
invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie os passos meus!
· Reze com o canto: Amadurece
a cada instante uma esperança (Clique aqui: https://www.dailymotion.com/video/x7wvjqs)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Leitura complementar sobre Lucas 18,1-8
O episódio de hoje se relaciona com os que lemos e
meditamos nos últimos dias pelo tema da fé confiante e perseverante. A questão
central não é a oração, mas aquilo que ela busca e expressa: a fidelidade e a
confiança nos tempos de demora e tribulação.
A parábola do juiz e da viúva é, no mínimo,
inusitada: se a figura de uma viúva injustiçada e indefesa pode facilmente
representar os/as discípulos/as em tempos de perseguição, um juiz desumano,
agnóstico e pragmático não parece uma boa representação da ação de Deus.
Vivendo num tempo de perseguições violentas, de
aparente ausência ou silêncio de Deus, a comunidade dos discípulos/as de Jesus
se questiona quando isso terá fim, quando Jesus se manifestará em sua glória. O
risco da desilusão e da resignação é grande, e só lhes resta uma arma para combatê-lo:
a insistência.
É nisso que a figura da viúva reforça a exortação
de Jesus. A viúva não se resigna nem se intimida frente à absoluta indiferença
do juiz. A insistência é a única arma que lhe resta. Esta perseverança
insistente produz seus frutos, acaba dobrando o juiz insensível.
A lição de Jesus é evidente. Se um juiz desumano e
injusto se dobra e atende, por razões pessoais e pragmáticas, a demanda da
viúva, Deus Pai pode ser pior que ele? O Pai está sempre atento e pronto a
atender as necessidades dos seus filhos e filhas. Ele toma a peito a causa
deles.
Para Jesus, a oração não tem um caráter piedoso e
prático, mas programático. A oração cristã ajuda a discernir, acolher e
realizar a vontade do Pai. Se faltar essa atitude de busca confiante e
insistente, se grassar a dúvida na força e no socorro de Deus, não há mais fé.
(Itacir
Brassiani msf)
Uma frase para pensar...
“Estende a tua mão ao pobre!” (Ecl 7,
32) A sabedoria antiga dispôs estas palavras como um código sacro que se deve seguir na vida hoje ressoam com
toda a densidade do seu significado para nos ajudar, também a nós, a concentrar o olhar no essencial e superar
as barreiras da indiferença.” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial dos Pobres,
2020)
Sobre a Leitura Orante do Evangelho...
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para
iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez
àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho
para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de restrições à convivência e à movimentação
social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de
celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e
estéril.
Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a
liturgia diária. O grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma
sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam
mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos.
(Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
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