Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho 214
Dia 22/11/2020 |Domingo
| Solenidade de Cristo Rei
Evangelho segundo
Mateus (25,31-46)
(1)
Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
·
Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
·
Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·
Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·
Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
·
Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se
ouvindo ou cantando: Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre! Ontem,
hoje, e sempre, pelos séculos, amém! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=K6g_bLwLDkw)
(2) Leia o texto da
Palavra de Deus
·
Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 25,31-46
·
Leia
o texto em voz alta (se possível)
·
No domingo passado
celebramos a 4ª Jornada Mundial dos Pobres, recordando Jesus Servo da
humanidade
·
Hoje celebramos a
solenidade de Cristo Rei e Juiz, que nos separa e “julga” por nossa relação com
ele nos pobres
·
Nesta parábola
(para muitos, indigesta!), Jesus diz que as pessoas e povos não são separados
por critérios de nacionalidade, de religião, de gênero ou de status religioso
·
Para Deus e seu
reino, o que separa e distingue é a atitude e a resposta prática diante da
pessoa necessitada: indiferença ou atenção e acolhida solidária
·
Para os cristãos,
nada vem antes ou está acima disso!
·
O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3) Medite a Palavra
de Deus
·
Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
·
Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
·
Retome esta parábola
dramática, insira-se entre os personagens, interaja com eles
·
Escute atentamente
as perguntas dos dois grupos de personagens e as palavras do juiz
·
Em qual dos dois
grupos você pode se situar, honestamente? Quais suas atitudes e ações que
justificam essa identificação?
(4) Reze com o texto
lido e meditado
·
Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
·
Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
·
Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
·
Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
·
Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
·
Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
·
Repita calma e
repetidamente a declaração final de Jesus a cada um dos dois grupos,
deixando-as ressoar em você
(5)
Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
·
Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
·
Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
·
Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
·
Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6)
Retorne à vida cotidiana
·
Se
achar conveniente, leia a reflexão complementar que segue
·
Faça
uma oração que resuma a experiência de oração de hoje
·
Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
·
Reze
com o canto: Entre nós está, e não o conhecemos. Entre nós está, e nós o
desprezamos... (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=OwvYtpCqySU)
·
Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
Reflexão complementar sobre Mateus 25,31-46
Chegou a hora do julgamento. O Filho do Homem aparece e reúne ao seu
redor todas as nações do mundo. O pastor sabe discernir. Ele não erra: ovelhas
à direita, cabritos à esquerda. Jesus não julga, nem condena. Ele apenas
separa. É a pessoa que se julga e se condena pelo seu relacionamento com os
pequenos.
Os que estão à sua direita são chamados “Benditos de meu Pai!” Eles são
convidados a tomar posse do Reino, preparado para eles desde a fundação do
mundo. Até agora não se disse quem são as ovelhas que ficam à direita do Juiz.
Sabemos apenas que elas acolheram o Juiz quando estava faminto, sedento,
estrangeiro, nu, doente e preso.
Os que acolheram os excluídos são chamados “justos”. Isto significa que
a justiça do Reino não se alcança observando normas e prescrições, mas sim
acolhendo os necessitados. Mas os próprios justos não sabem quando foi que
acolheram Jesus necessitado.
Quem são estes “meus irmãos mais pequeninos”? São os membros mais
abandonados da comunidade, os desprezados que não recebem lugar e não são bem
recebidos. Inclui todos aqueles que na sociedade não têm lugar. Indica todos os
pobres. Jesus se identifica com eles. E os justos e “benditos de meu Pai” são
todas as pessoas que acolhem o outro, quem quer que seja.
Os que estão do outro lado do Juiz são chamados de “malditos” e são
destinados ao fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. E aqui também o
motivo é um só: não acolhem Jesus necessitado. Se trata de gente comportada,
pessoas que têm a consciência em paz. Estão certas de terem praticado sempre o
que Deus pedia delas. Não fizeram coisas más! “Apenas” deixaram de praticar o
bem aos pequeninos e de acolher os excluídos.
(Frei
Carlos Mesters ocd)
Uma frase para pensar...
“A presença do Senhor habita na família real e concreta, com todos os
seus sofrimentos, lutas, alegrias e propósitos diários. Quando se vive em família,
é difícil fingir e mentir. A espiritualidade do amor familiar é feita de
milhares de gestos reais e concretos. Deus tem a sua própria habitação nesta
variedade de dons e encontros que fazem maturar a comunhão. Esta dedicação une
o humano e o divino, porque está cheia do amor de Deus” (Papa Francisco, Amoris
Laetitia, 315).
Sobre a Leitura Orante do Evangelho...
A
Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa
vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em
família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir
juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez
àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho
para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum
Domini, 46).
Em
tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é
um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os
textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Os
grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem
um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
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