Dia 05
de Novembro| Quinta-feira | 31ª Semana do Tempo Comum
Evangelho segundo Lucas (15,1-10)
A Leitura Orante da
Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana
com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo
ou em comunidade.
“Ouvir juntos a Palavra
de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se
surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo
com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da
fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).
Em tempos de
restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de
ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que
este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. O grupos podem
escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e
evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de
Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos.
(Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se
em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo ou cantando: Cada vez que eu venho para te falar, na
verdade eu venho para te escutar! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2zdRFNQ7oRY)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 15,1-10
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Pelo que fazia e ensinava, Jesus
escandalizava as pessoas piedosas e os líderes e chefes religiosos do seu tempo
· Ao mesmo tempo, seu anúncio e sua
acolhida generosa atraía as pessoas que não cabiam no sistema (pecadoras)
· Enquanto os pecadores se aproximavam
de Jesus para escutá-lo e se confraternizar, os fariseus se afastavam e
criticavam
· Jesus conta estas duas parábolas para
justificar sua prática missionária e mostrar quem alegra e quem desgosta o Pai
· O caminho de Jesus é o caminho da
Igreja, a pratica de Jesus deve ser a prática dos seus discípulos/as
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Reconstrua
o cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Não é verdade que a liberdade e a
generosidade humana de Jesus e seu Evangelho às vezes escandalizam também a
nós?
· Será que entendemos realmente que
Jesus se aproxima, busca e acolhe, e não se afasta, não julga e não se separa?
· Perceba-se como a ovelha amada e
procurada, como a moeda buscada e encontrada, motivo da alegria de Deus
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Alegre-se com as diversas iniciativas
pastorais que levam nossas comunidades ao encontro das pessoas discriminadas
· Participe da alegria de Deus, e louve
a Deus por esses gestos
(5) Contemple
a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como evitar que os cristãos de hoje, e
nossa Igreja como um todo, recaia na tentação do farisaísmo?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne
à vida cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar
na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Tua Palavra guie
os passos meus!
· Ouça
e reze com a canção: São muitos os convidados, quase ninguém tem
tempo... A decisão é tua! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ROv-VbHb_vs)
· Apague
a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“O
Evangelho lembra-nos que os filhos não
são uma propriedade da família, tem seu caminho pessoal de vida. A escolha
de vida do filho e a sua própria vocação cristã podem exigir uma separação para
realizar a entrega de si mesmo ao Reino de Deus” (Papa Francisco, Amoris Laetitia, 18).
LEITURA COMPLEMENTAR
Não esqueçamos a porta de entrada
dessas duas lindas e exigentes parábolas! Enquanto os pecadores e excluídos se
aproximam e escutam Jesus, os fariseus e mestres da lei se afastam e criticam.
Jesus se aproxima e se mistura e os líderes religiosos se afastam e separam das
pessoas que estão fora de um sistema religioso baseado na Lei.
Enquanto Jesus se abaixa, os fariseus
se elevam! Eles tem experiências de Deus diametralmente opostas. Fariseus e
mestres da lei se comportam como quem presume ser justos que não precisam de
conversão. Julgam-se os únicos que realmente dão alegria a Deus, porque cumprem
sua vontade cumprindo os detalhes das leis.
Precisamos evitar a tentação de
“torcer” estas parábolas pensando que elas falam da conversão dos pecadores. O
foco não é a conversão de quem está em situação de risco, mas o cuidado
primoroso de Deus por eles. Se a ovelha pode ser considerada “culpada” por
perder-se, o mesmo não pode ser dito da moeda. É Deus cuida e resgata!
Com estas duas parábolas Jesus
justifica e defende sua missão e sua prática acolhedora e solidária. Ela
corresponde ao querer e ao agir do próprio Deus. Quem se escandaliza com ele,
mesmo que ensine e cumpra as leis, na verdade não o conhece. É ignorante ou
traidor da vontade de Deus. Quer “ensinar o pai-nosso ao vigário”.
Os discípulos/as de Jesus somos
convidados/as a compartilhar a alegria do Pai, que, como o pastor e a dona de
casa, chamam os amigos e as vizinhas para fazer parte do êxito da missão. Para
ele, ninguém é justo a ponto de dispensar uma mudança. E, além de compartilhar
a alegria de Deus, somos chamados/as participar da sua “saída” ao encontro dos
“últimos” e excluídos dos bens e alegrias da vida. Com ele, vamos procurar e
cuidar!
(Itacir Brassiani msf)
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