Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 250
Dia 28/12/2020 | Segunda-feira | Santos Inocentes
Evangelho segundo Mateus (2,13-18)
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a oração
· Escolha
o lugar no qual você se sinta bem
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo a canção Mataram mais um irmão, do Pe. Zezinho (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Ao7Ql7vl_Jk)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Mateus 2,13-18
· Leia
o texto em voz alta (se possível)
· Este texto, indicado para a memória do
martírio das crianças inocentes, faz parte ciclo natalino
· A Igreja acolheu este testemunho como
memória da violência de Herodes e chamado a testemunhar Jesus com a vida
· Junto com a memória do martírio de
Estêvão, o Evangelho nos adverte contra a tentação do romantismo diante de
Jesus
· José, atento aos riscos do menino, nos
ensina a sermos solícitos quando se trata de defender a vida dos pequenos
· O
que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
(3)
Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Releia o texto lentamente, detendo-se
nos personagens e nas diversas cenas que o compõem
· Procure se deter nas palavras do
mensageiro de Deus e na obediência despojada e pronta de José
· De que iniciativas somos capazes e
onde buscamos inspiração para enfrentar as situações que urgem uma intervenção
corajosa?
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
(4)
Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Tente sintonizar com o clamor dos/as inocentes
perseguidos/as hoje, e procure emprestar sua voz orante a eles/as
(5) Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como você e sua família podem tutelar
a dignidade dos inocentes?
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se
considerar conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para
ajudar na compreensão do texto lido
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de
oração desse dia.
· Recite
ou cante a invocação: Jesus, Maria e José: acolhei-nos,
iluminai-nos e congregai-nos!
· Ouça
e, se possível, assista, a canção Cântico dos mártires da terra (Aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=O79nHBUI7c4)
· Apague
a vela e termina seu momento de oração
Elementos complementares sobre Mateus 2,13-18
Na
festa de hoje somos chamados/as a proclamar com a vida aquilo que professamos
com os lábios. Nos sonhos, José reforça a consciência da própria vocação: tomar
conta da vida do Menino e protegê-lo ante todos os riscos e ameaças. Ele nos
convoca a fazer o mesmo, em nome do filho Jesus.
José,
o carpinteiro de Nazaré e marido de Maria, se inspira noutro José, aquele que
fora vendido pelos irmãos aos mercadores do Egito. É dele do dia se transformam
em sonhos à noite. Assim, o pai e protetor de Jesus toma consciência das urgências
e mostra-se obediente à vontade de Deus.
Acostumado
a se impor pelo medo, Herodes não admite que alguém desobedeça às suas ordens.
A fúria que dorme sob o disfarce da piedade é acordada pelo mais simples sinal
de insubmissão. A raiva contra os magos que o enganam se volta contra as
crianças. Com medo de um concorrente ao trono, Herodes opta pelo extermínio dos
inocentes.
O medo e a prepotência dos poderosos sempre
fazem vítimas, e as crianças são atingidas em primeira linha. Como diz o
Mateus, citando o profeta Jeremias, a
violência sofrida pelos inocentes é um grito que brada aos céus, provoca
um lamento inconsolável e não deriva da vontade de Deus.
A
Igreja acolheu o testemunho das crianças de Belém e as reconhece como mártires.
Elas nem mesmo haviam conhecido Jesus nem aderido ao seu caminho. Mas tiveram a
vida destruída por causa de Jesus Cristo. Mesmo sem dizer uma só palavra, confessaram
com o sangue a chegada do Filho de Deus e testemunharam a violência mórbida de
Herodes.
Apesar
das aparências contrárias, a liturgia de hoje não é um lamento, mas um convite
à confiança. Depois de lembrar nossas fragilidades e limites, João afirma: “Temos
junto do Pai um defensor”. E a comunidade, que canta seu salmo no templo, não
cansa de repetir: “Bendito seja o Senhor”. A fé que herdamos das primeiras
comunidades nos diz discretamente que aqueles que semearam violentamente a
morte dos inocentes não duraram muito (cf. Mt 2,20).
(Itacir
Brassiani msf)
Uma frase
para pensar...
“Que relevância
tem a figura do “bom samaritano” num mundo onde aparecem e crescem grupos
sociais que se agarram a uma identidade que os separa dos outros? Como pode impressionar pessoas que tendem a organizar-se
de maneira a impedir qualquer presença estranha que possa perturbar tal
identidade e esta organização auto defensiva e autorreferencial? Para elas, fica excluída a possibilidade de fazer-se
próximo, pois é possível ser próximo apenas de quem me permite consolidar os
benefícios pessoais. A expressão
«próximo» perde seu significado, e ocupa seu lugar a palavra «sócio»,
aquele que se associa para alguns interesses.” (Papa
Francisco, Fratelli Tutti, 102)
Sobre a Leitura Orante do Evangelho...
A
Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa
vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em
família, em grupo ou em comunidade.
“Ouvir
juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio
divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez
àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho
para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum
Domini, 46).
Em
tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é
um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os
textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Os
grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem
um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.
Missionários da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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