domingo, 13 de dezembro de 2020

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 236

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho 236   

Dia 14/12/2020 | Segunda-feira | 3ª Semana do Advento

Evangelho segundo Mateus (21,23-27)

 

(1)    Coloque-se em atitude de oração

·      Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a oração

·      Escolha o lugar no qual você se sinta bem

·      Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·      Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·      Tome consciência de si mesmo/a e do momento que vivemos

·      Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·      Prepare-se ouvindo: Da cepa brotou a rama, da rama brotou a flor; e da flor nasceu Maria, de Maria o Salvador! (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ffv9Q8dwLWA)

 

(2)    Leia o texto da Palavra de Deus

·      Leia com toda a atenção o texto de Mateus 21,23-27

·      Leia o texto em voz alta (se possível)

·      A relação que Jesus estabelece entre a origem da sua autoridade e a de João Batista insere esta leitura no tempo do Advento

·      Jesus terminara sua longa peregrinação de subida a Jerusalém e provocara um rebuliço no templo, expulsando dele os vendedores

·      Voltando ao templo para curar e ensinar, Jesus é questionado pela elite política, social, econômica e religiosa que usufruía do templo

·      Eles querem “pegar Jesus no contrapé” e acabam sendo encurralados por ele

·      O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?

 

(3)    Medite a Palavra de Deus

·      Procure perceber: O que a Palavra de Deus diz a você hoje?

·      Releia atentamente estes versículos densos e tensos, que nos pedem abertura para reconhecer a ação libertadora de Jesus

·      Há quem hoje se comporte como os chefes dos sacerdotes e os saduceus, que “fazem olho grande” aos abusos contra os pobres?

·      Em que você baseia sua autoridade para anunciar o Evangelho e denunciar profeticamente os abusos contra os pobres e humildes?

·      O que precisamos “expulsar” de nossas preocupações e projetos para reconhecer Jesus e acolhê-lo de fato entre nós neste Natal?

·      Saboreie interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você

 

(4)    Reze com o texto lido e meditado

·      Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·      Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·      Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·      Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·      Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·      Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?

·      Diga a Deus quem é você no mistério do amor dele

 

(5)    Contemple a vida à luz da Palavra

·      Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·      Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·      Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·      Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·      O que fazer para evitar que as autoridades religiosas atuem guiadas apenas pelo medo e pela conveniência?

·      Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

 

(6)    Retorne à vida cotidiana

·      Se achar conveniente, leia a reflexão complementar que segue

·      Faça uma oração que resuma a experiência de oração de hoje

·      Recite ou cante a invocação: Jesus, Boa Notícia de Deus! Que tua Palavra e teu Espírito abram os olhos meus!

·      Reze com a nação que lembra São João Batista (Clique aqui: https://www.facebook.com/watch/?v=1647987662124241)  

·      Apague a vela, guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração

 

Reflexão complementar sobre Mateus 21,23-27

O que esta passagem do evangelho segundo Mateus tem a ver com o tempo do Advento, da preparação para o Natal? Ela está localizada no final da peregrinação missionária e libertadora de Jesus, no templo central, em Jerusalém. Jesus havia chegado no templo, com o chicote na mão, expulsando os vendedores que exploravam o povo.

Os sumos sacerdotes ficam incomodados com o gesto e o ensino de Jesus. Ele desafiava a sacralidade do templo e a autoridade dos seus controladores. Sacerdotes e anciãos constituíam uma elite social, econômica, política e religiosa, baseada na origem no saber, nas riquezas e nas alianças políticas. Eram legitimadas pelo império romano.

Os sumos sacerdotes não se importam se o templo deixou de ser casa de oração e de encontro e se transformou numa espelunca de rapinadores. Eles questionam a autoridade de Jesus para fazer o que ele faz, perguntam quem o legitima, com que licença ou autorização ele age. É claro que a autoridade e a liberdade de ação de Jesus incomoda eles.

Eles apresentam a Jesus uma pergunta, que, na verdade, é uma armadilha. Jesus não pode basear sua autoridade na origem social, nos bens, no estudo ou em alguma aliança política. E se disser que sua autoridade ou legitimidade vem de Deus, deslegitima frontalmente os sacerdotes e anciãos e pode ser acusado de blasfêmia.

Jesus sabia que sua vida e missão estavam intimamente ligadas a João Batista. Astutamente, escolhe responder à pergunta deles com outra pergunta. Os examinadores passam a ser analisados. Eles sabem a resposta, mas calam. Se reconhecem João como profeta, reconhecem também a Jesus; se negam a inspiração da sua profecia, perdem o apoio popular.

Nossa preparação para o Natal de Jesus, para o encontro com ele, passa pelo seu reconhecimento como enviado de Deus para transformar as pessoas, as sociedades e as religiões.

(Itacir Brassiani msf)

Uma frase para pensar...

É cada vez mais evidente que a incúria social e política faz de muitos lugares do mundo estradas desoladas, onde as disputas internas e internacionais e o saque de oportunidades deixam tantas pessoas marginalizadas, atiradas para a margem da estrada. Na sua parábola, Jesus não se detém na proposição de vias alternativas concretas, mas confia na parte melhor do espírito humano, e nos anima a aderir ao amor, a reintegrar o ferido e a construir uma sociedade digna de tal nome.” (Papa Francisco, Fratelli Tutti, 71)

 

Sobre a Leitura Orante do Evangelho...

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

“Ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a lectio divina, deixar-se surpreender pela novidade dela, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra” (Bento XVI, Verbum Domini, 46).

Em tempos de restrições à convivência e à movimentação social, a leitura orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Os grupos podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, preparem um roteiro e evitem escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos.

 Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

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