Os hebreus celebram hoje a
festa de Shavuot, que corresponde ao
nosso pentecostes e ocorre sete semanas depois da páscoa judaica. É uma festa
ligada ao mundo agrícola que coincide com a colheita e, assim, é caracterizada
pela alegria. Para os fiéis mais devotos, esta festa era uma boa oportunidade para
peregrinar a Jerusalém e agradecer a Deus pelos dons da terra, comendo e
bebendo na companhia de pessoas queridas. Mas a festa tem também sua conotação
religiosa: na vigília da festa se faz a leitura contínua de boa parte das
escrituras, percorrendo e recordando as principais etapas do caminho da
salvação.
Para os cristãos católicos,
hoje é a festa que recorda o apóstolo São Matias. Doze foram os discípulos chamados
a fazer uma experiência especial com Jesus; doze como as tribos de Israel, os
filhos de Jacó que se tornou Israel; doze, como a totalidade da humanidade. Mas
o número havia mudado por causa da loucura de Judas, discípulo que quis mudar a
escolha de Deus. Por isso, os que restaram, decidiram voltar a ser doze, não
por eles mesmos, mas conscientes de pertencerem a um projeto maior, ao sonho de
Deus, à Igreja ícone da nova humanidade, ao penhor da harmonia original e
originante.
Assim, os onze reuniram
aqueles que haviam estado com Jesus desde o início, do batismo à cruz. Entre
eles estava Matias, o apóstolo-reserva,
até aquele momento sentado no banco dos reservas. Um daqueles que, como eles,
havia conhecido e seguido Jesus e que havia permanecido fiel mesmo não tendo
entrado no número dos eleitos. Não era uma espécie de primeira-dama, mas um verdadeiro discípulo, uma pessoa que sabia
ficar na sombra, que não fazia tudo para aparecer, para entrar na lista dos
santos apóstolos dignos de altar e de incenso. São Matias, apóstolo-reserva, roga por nós e por todos/as aqueles/as que
permanecem por trás das cortinas e, amando o Senhor, servem sua Igreja e
constroem o reino de Deus com grande paixão. (Parola & Preghiera,
14.05.2013)
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