Mártires da primeira Cruzada
Em 1096, as armadas da primeira
Cruzada, a caminho da Terra Santa, chegaram à cidade alemã de Worms. Os hebreus
mais ricos pagaram e receberam proteção do bispo local, que os acolheu no
próprio castelo. Os hebreus pobres – que eram mais de 500 – não encontram
nenhuma saída: acabaram todos assassinados pelos soldados. A cidade foi totalmente
saqueada e os rolos da Torah foram
queimados.
Este era apenas o início de uma
série de perseguições que culminaram no dia 16 de julho de 1099, quando, depois
de se apossarem de Jerusalém, as tropas da primeira Cruzada massacraram a
população muçulmana. Os hebreus que habitavam em Jerusalém, se refugiaram na
sinagoga, tentando fugir do mesmo destino. Mas as tropas deram fogo à sinagoga
e os hebreus morreram todos queimados.
Assim chegava-se ao trágico
epílogo de uma expedição organizada, segundo a intenção de Pedro Eremita, para
libertar os cristãos dos sofrimentos e lhes abrir um acesso livre à Cidade
Santa. Na verdade, desde o início, esta Cruzada foi marcada por um contínuo e
bárbaro derramamento de sangue, cujas vítimas foram principalmente a população
civil, as mulheres e as crianças.
(Comunità de Bose, Il libro dei testimoni, San Paolo, Milano,
2002, p. 240)
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