sexta-feira, 17 de maio de 2013

Fatos & Personagens: a violencia da Primeira Cruzada


Mártires da primeira Cruzada

Em 1096, as armadas da primeira Cruzada, a caminho da Terra Santa, chegaram à cidade alemã de Worms. Os hebreus mais ricos pagaram e receberam proteção do bispo local, que os acolheu no próprio castelo. Os hebreus pobres – que eram mais de 500 – não encontram nenhuma saída: acabaram todos assassinados pelos soldados. A cidade foi totalmente saqueada e os rolos da Torah foram queimados.

Este era apenas o início de uma série de perseguições que culminaram no dia 16 de julho de 1099, quando, depois de se apossarem de Jerusalém, as tropas da primeira Cruzada massacraram a população muçulmana. Os hebreus que habitavam em Jerusalém, se refugiaram na sinagoga, tentando fugir do mesmo destino. Mas as tropas deram fogo à sinagoga e os hebreus morreram todos queimados.

Assim chegava-se ao trágico epílogo de uma expedição organizada, segundo a intenção de Pedro Eremita, para libertar os cristãos dos sofrimentos e lhes abrir um acesso livre à Cidade Santa. Na verdade, desde o início, esta Cruzada foi marcada por um contínuo e bárbaro derramamento de sangue, cujas vítimas foram principalmente a população civil, as mulheres e as crianças.

(Comunità de Bose, Il libro dei testimoni, San Paolo, Milano, 2002, p. 240)

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