Dia 28 de abril | Terça-feira | 3ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (6,30-35)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um jeito de
iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita sozinho
ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de
restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e
irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples
assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela
Igreja para cada dia. Mas é possível escolher outros textos, desde que tenham
uma sequência e se evite ficar apenas com os textos que agradam mais.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pelos desmandos no
nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários
da Sagrada Família – Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha o momento mais
adequado e tranquilo
· Escolha o lugar no
qual você se sente bem e tranquilo
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia delicadamente em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo e do momento que você vive
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: Não
te perturbes, nada te espante. Quem com Deus anda nada lhe falta! Não te
perturbes, nada te espante, basta Deus, só Deus! (cf. https://www.youtube.com/watch?v=vdqDl-U9GVk)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 6,30-35
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
· Recomponha na memória este diálogo tenso entre Jesus e
a multidão, as perguntas do povo e a resposta de Jesus
· Recomponha na
memória cada palavra ou frase de Jesus: Não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu; é meu
Pai quem vos dá o verdadeiro pão do céu; o pão de Deus é aquele que desce do
céu e dá vida ao mundo; eu sou o pão da vida; quem vem a mim não terá mais
fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Fique atento/a que
esta palavra, fato ou cena desperta em você
· Saboreie interiormente
aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· O que motiva você a procurar Jesus
Cristo?
· Qual é o sinal que você espera para
poder crer nele?
· Sua fé se baseia mais nos sinais que
Deus realizou no passado ou naquilo que ele manifesta no presente?
· Em que medida Jesus cristo e seu
Evangelho alimentam suas utopias e iluminam suas buscas?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Também não corra
atrás de sentimentos fortes
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Deixe que o Evangelho aqueça seu coração
e sua mente
· Repita pausadamente, várias vezes: Jesus,
eu tenho fome de ti, da tua liberdade e do teu amor generoso! Abre meus olhos
para que veja teus sinais!
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
· O que fazer para que Jesus e seu
Evangelho saciem de fato a fome e a sede de vida plena que move secretamente o
mundo?
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
· Ou cante: A
Palavra está perto de ti; em tua boca, em teu coração!
(cf. https://www.youtube.com/watch?v=70ikIPVilyM)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Sede uma rocha protetora
para mim, um abrigo bem seguro que me salve. Sim, sois vós a minha rocha e
fortaleza; por vossa honra, orientai-me e conduzi-me! Mostrai serena a vossa
face ao vosso servo, e salvai-me pela vossa compaixão!” (Sl 30/31).
SUBSÍDIO
Na
segunda parte da catequese sobre o pão, que tem as marcas do debate e da
controvérsia, a multidão exige de Jesus um sinal, como o foi o maná na
travessia do deserto. Jesus diz que ele mesmo é este sinal, e que maná seria apenas
um símbolo que remete a ele, dom superior e definitivo. Nele o Deus altíssimo e
poderoso se apresenta vulnerável e frágil, e, por isso, acessível e próximo.
Mas ensino de Jesus resolve pouco, e a multidão murmura.
“Que
sinal fazes para que possamos crer em ti? Que obra fazes?”, questiona a
multidão. Eles não haviam entendido o sinal do pão. E acrescentam, quase como
uma acusação: “Nossos pais comeram o maná no deserto...” Eles esperam de Jesus
obras mais espetaculares, que impressionem e resolvam suas necessidades sem
exigir compromisso.
Jesus
responde dando a entender que a crença deles é baseada numa falsa compreensão
do passado. É preciso olhar para o presente e reconhecer os sinais que Deus
está realizando agora, e em favor deles mesmos. “Não foi Moisés quem vos deu
o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu”! Jesus
põe a ênfase no presente, e nos interlocutores que o questionam.
Então
Jesus passa a falar claramente de si mesmo como o pão verdadeiro. “Pois o pão
de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.”
Descendo sempre, fazendo-se carne, colocando-se no lugar do ser humano mais
humilhado, superando a indiferença agindo com compaixão às suas necessidades,
Jesus abre o caminho da abundância.
Diante
dessa afirmação de Jesus, a multidão parece finalmente entender, mas sua compreensão
é superficial. O pedido “Senhor, dá-nos sempre desse pão” denota, de novo, uma
solução sem compromisso. E Jesus avança, de modo mais claro ainda: “Eu
sou o pão da vida! Quem vem a mim não terá mais fome.” Ele não poderia
ser mais claro.
(Itacir
Brassiani msf)
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