Dia 29 de abril | Quarta-feira | 3ª Semana do Tempo Pascal
Evangelho segundo João (6,35-40)
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um jeito de
iluminar e fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita sozinho
ou em família, em grupo ou em comunidade, inclusive através das redes sociais.
Basta combinar a mídia, a forma e o horário.
Em tempos de
restrições à convivência social, por respeito e cuidado com nosso irmãos e
irmãs, a leitura orante pode ser um modo de não reduzir nossa fé à simples
assistência de celebrações virtuais.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela
Igreja para cada dia. Mas é possível escolher outros textos, desde que tenham
uma sequência e se evite ficar apenas com os textos que agradam mais.
Que
a Palavra de Deus encontre em cada um de nós um terreno fecundo, e, mesmo
nesses tempos inesperadamente difíceis – pela pandemia e pelos desmandos no
nosso país – produza muitos frutos.
(Missionários
da Sagrada Família – Passo Fundo/RS)
(1) Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha o momento mais
adequado e tranquilo
· Escolha o lugar no
qual você se sente bem e tranquilo
· Busque uma posição
corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda uma vela e
tome a bíblia delicadamente em suas mãos
· Tome consciência
de si mesmo e do momento que você vive
· Faça silêncio
interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Invoque o Espírito
Santo com um refrão, recite uma invocação, ou cante um mantra, como: Não
te perturbes, nada te espante. Quem com Deus anda nada lhe falta! Não te
perturbes, nada te espante, basta Deus, só Deus! (cf. https://www.youtube.com/watch?v=vdqDl-U9GVk)
(2)
Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia com toda a
sua atenção o texto de João 6,35-40
· Leia o texto em
voz alta (se possível)
· Releia o texto uma
ou mais vezes (se necessário)
· Feche a bíblia e
responda: O que este trecho da Palavra de Deus diz em si mesmo?
· Recomponha na memória este trecho da catequese pascal
que Jesus desenvolve para a multidão que o procura
· Recomponha na
memória cada palavra ou frase de Jesus: “Eu sou o pão da vida”. Todos os que o Pai me confiam
virão a mim, e quando vierem, não os afastarei”. “Esta é a vontade daquele que
me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, que toda pessoa que
vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna e eu o ressuscite no último dia”.
“Vós me viste mais não acreditais”.
(3) Medite a Palavra de
Deus
· Reconstrua o
cenário do texto, incluindo a si mesmo/a na cena
· Fique atento/a que
esta palavra, fato ou cena desperta em você
· Saboreie
interiormente aquilo que mais ressoa ou atrai você
· Procure perceber: O que
a Palavra de Deus diz a você hoje?
· Será que não estamos entre aqueles que
viram mas não acreditam, não permitem que Jesus e seu Evangelho guie suas
opções e organizem seus valores e prioridades?
· Será que não corremos o risco de evitar
a regeneração na cruz, o renascimento no amor incondicional e sem medidas, e
transformamos o “último dia” na última coisa que seríamos capazes de aceitar?
· Acolha serenamente
a mensagem que o texto transmite a você
(4) Reze com o texto
lido e meditado
· Tome consciência
de que este texto é Palavra de Deus
· Como Deus iniciou
o diálogo, e agora é sua vez de falar
· Não mude de
assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita que o
próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não se preocupe
com raciocínios e frases bem articuladas
· Também não corra
atrás de sentimentos fortes
· Procure perceber o que
a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus?
· Deixe que o Evangelho aqueça seu coração
e sua mente
· Permite que ele sussurre no seu ouvido:
“Eu te quero, eu te espero, eu te acolho, tua vida não se perderá, eu te abraço
e regenero do alto da cruz.”
(5) Contemple a vida à
luz da Palavra
· Procure contemplar
a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque meios para
colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba o que você
precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda: O que
Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Assuma um
compromisso pessoal de conversão e mudança
· O que fazer para que nossa família e
nossa Igreja aceite responsavelmente a vida e a liberdade que Jesus nos concede
“abraçando livremente a paixão”?
(6) Retorne à vida
cotidiana
· Se considerar
conveniente, leia, na página seguinte, o subsídio proposto para ajudar na
compreensão do texto lido
· Recite o Pai Nosso
e a Ave Maria, ou faça uma oração pessoal que resuma a experiência de oração
desse dia.
· Ou recite a
invocação: Jesus, Maria e José, acolhei-nos, esclarecei-nos e acompanhai-nos!
· Ou cante: A
Palavra está perto de ti; em tua boca, em teu coração!
(cf. https://www.youtube.com/watch?v=70ikIPVilyM)
· Apague a vela,
guarde a Bíblia e conclua seu tempo de oração
“Aqueles que se tinham
dispersado (por causa da perseguição) iam por toda a parte, pregando a Palavra.
Filipe desceu a uma idade da Samaria e anunciou-lhes Jesus cristo. A multidão
seguia com atenção as coisas que Filipe dizia. Era grande a alegria naquela
cidade” (At 8,4-8).
SUBSÍDIO
Na
terceira parte da catequese sobre o verdadeiro pão, Jesus convida enfaticamente
à fé, a reconhecer que ele – o galileu, o carpinteiro, o filho de José e Maria
– é o enviado de Deus, o pão que desceu do céu. E pede uma confiança
fundamental nele e no seu Evangelho, que lhe deem crédito, que aceitem sua
verdade.
Mas
essa adesão a ele não é um ato voluntarista e idílico. É uma decisão que tem
uma base, um fundamento: a vontade do Pai, que é que nenhum filho seu se perca,
ou perca o sentido da vida. A vontade do Pai é clara: que toda pessoa que vê o
Filho e nele crê tenha vida eterna. É para fazer isso possível que o Filho
“desceu”.
Jesus
é doador e fonte de vida, e não um limitador da vida (como é a Lei) ou um juiz
pronto a identificar e punir culpados. Ele é o pão da vida, e quem vai a ele
não terá outra fome. Mas é preciso ir ao encontro dele, aceitar seu caminho,
entender a convocação que se esconde em cada sinal que realiza. Porém, Jesus
constata meio desolado: “Vós me vistes, mas não acreditais...”
Jesus
afirma com clareza que não afasta nem trata com descaso ou dureza aqueles que o
Pai confia a ele e o procuram, aqueles que decidem percorrer seu caminho e
fazer parte do seu povo. Estes não perderão nada nem se perderão, e ganharão
tudo. Jesus promete que ressuscitará estes seguidores “no último dia”.
A
expressão “no último dia” é uma referência ao dia da doação total e radical de
Jesus na cruz, que ele “abraça livremente”. É do alto da cruz, em meio a duas
outras vítimas com as quais se solidariza, que Jesus revela até onde vai o amor
do Pai, perdoa os seus próprios assassinos e, por isso, pode declarar: “Tudo
está consumado!” Ele é a criação consumada, madura e libertada, o doador da
vida no qual todos renascemos.
(Itacir
Brassiani msf)
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