Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 695
Dia 17/03/2022 | Segunda Semana da Quaresma | Quinta-feira
Evangelho segundo Lucas (16,19-31)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Reze, ouvindo ou
cantando: “Quero ouvir teu apelo, Senhor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZHACwFpiA4k)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
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Leia com toda a atenção o texto de Lucas
16,19-31
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Os
fariseus e escribas criticavam Jesus por ele festejar com os pecadores e por
ter elogiado um administrador “desonesto”
·
Como
hoje, muita gente do seu tempo defendia a “meritocracia”, que a vida reconhece
e premia os melhores e mais competentes
·
Jesus
ensina que, além de gerar uma competição violenta, essa mentalidade cava abismos
e ergue muros que separam e opõem
·
Usar
e administrar os bens significa “desperdiçá-los” na superação da indiferença e
na criação de vínculos de fraternidade
·
A
Palavra de Deus, especialmente a vida de Jesus, não deixam dúvidas, e não
precisamos esperar um sinal do céu para acordar
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Leia
atentamente as duas cenas dessa parábola, percebendo as características de cada
um dos dois personagens
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Evite
resvalar para a tentação de interpretar essa parábola como uma ilustração de
como será a vida depois da morte
·
Por
que os cristãos de hoje, mesmo tendo as escrituras e o testemunho de Jesus, não
levamos a sério a solidariedade?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
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Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Converte
meu coração aos pobres a quem tanto amas; a ser solidário me chamas... Converte
o meu coração!
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
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Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
·
Que
passos nossas comunidades precisam dar para levar a sério o tempo que vivemos
como tempo de mudança e conversão?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
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Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Ouça e cante “Voz
e luz” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fBHxrFcTRWA)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre Lucas 16,19-31
No capítulo 15 do seu evangelho, Lucas nos
apresenta Jesus elogiando uma mulher que “desperdiça” tempo procurando uma
moeda, um pastor que “esbanja” cuidado com uma ovelha e deixa as outras noventa
e nove de lado, e um pai que “gasta” seus bens para festejar o retorno do filho
que o renegara. O próprio Jesus é uma espécie de “filho pródigo” que abre a
festa do Reino a todos/as.
No início do capítulo 16, no qual se encontra a parábola
de hoje, Jesus elogia um administrador que usa o dinheiro do seu patrão para
criar vínculos de amizade e fraternidade, e, ao mesmo tempo, critica os
fariseus, porque preferiam ser “amigos do dinheiro”. A parábola do rico e do
pobre Lázaro está neste contexto de busca e acolhida solidária dos
marginalizados e do uso correto dos bens materiais.
A parábola é bem conhecida, o que torna
desnecessário descrevê-la. Sublinho apenas que ela apresenta dois personagens
que não estabelecem nenhuma relação um com o outro: estão próximos, Lázaro está
à porta do rico, mas não têm nada que os liga. Na verdade, a indiferença do
rico cavou um abismo – ou levantou um muro – que os separa, apesar da
proximidade física. Apenas a experiência da morte os atinge por igual.
O foco da parábola é a urgência da conversão, e a
atenção ao tempo presente. A polêmica de Jesus não se dirige unicamente aos
ricos, mas ressoa como alerta àqueles que o seguem. Chama a atenção para o
lugar que a posse e o uso bens ocupam no Reino de Deus. Não é sinal de
sabedoria desfrutar dos bens de forma egoísta. Não é prudente esperar um
milagre estrondoso para dar uma reviravolta na vida. Não é cristão viver de
qualquer jeito, “de olho” na vida eterna.
E não há como ignorar o papel relevante que a
Palavra de Deus ocupa na orientação da nossa vida e do processo de conversão.
Quando muitos deliram com milagres ostentados como espetáculo ao vivo e a
cores, ou “esperam desesperadamente” um grande sinal, Jesus diz que nos basta a
Escritura. Mas não há milagre capaz de mudar a vida de quem não se abre à
Palavra de Deus, não exercita o diálogo e se recusa a acolher o/a outro/a como
irmã/o.
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com
sabedoria, ensina com amor”
“No contexto de crise
no qual vivemos, os pais enfrentaram o estresse das múltiplas tarefas, as
crianças ficaram mais irritadiças pela restrição da mobilidade e ausência de
colegas, aumentou abruptamente o tempo de convivência familiar, e às mulheres
restou a sobrecarga de trabalho e a falta de um suporte social, particularmente
o escolar. A tudo isso se somaram o clima de instabilidade social, a carência
de redes de proteção social, a instabilidade econômica e a insegurança o risco
de contágio, doença e morte, a insuficiência de estruturas de serviço à saúde
pública”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022,
§ 62)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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