Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 681
Dia 03/03/2022 | Tempo de Quaresma | Quinta depois das Cinzas
Evangelho segundo Lucas (9,22-25)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Reze, ouvindo ou
cantando: Eis o tempo de conversão! (Clique aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=OUI1TJQHZyg)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Lucas
9,22-25
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Jesus
enfrenta o risco da deserção de parte dos discípulos, pois consideram o ensino
de Jesus muito exigente
·
Jesus
não aceita “dourar a pílula” do Evangelho do Reino, e fala claramente do
caminho do amor solidário que o Pai definiu
·
Seu
caminho passa longe das trilhas convencionais, inclusive da religião, e derruba
os muros da separação com o dom da sua vida
·
E
ensina que, para quem o segue, a cruz não é apenas um “Plano B” ou emergencial,
mas a própria lógica do Reino de Deus
·
Existem
apenas dois caminhos, e os discípulos/as precisamos escolher: salvar a própria
pele; arriscar a vida pelo próximo
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Leia
atentamente, palavra por palavra, frase por frase, este ensino no qual Jesus
apresenta o “miolo” do seu Evangelho
·
Se
possível, leia também o episódio que antecede estas palavras (9,18-21), onde
Jesus pergunta: “Quem vocês dizem que eu sou?”
·
O
que significa propriamente salvar ou perder a própria vida? Como Jesus nos
mostra isso no seu próprio estilo de vida?
·
Por
que continuamos vivendo preocupados/as apenas conosco mesmos/as, como se não
tivéssemos nada a ver com os outros?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Senhor,
que queres que eu faça? Ajuda-me a viver uma vida nova, com sabedoria, e a testemunhar e
ensinar com amor!
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a partir
dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Ouça e cante o hino
da Campanha da Fraternidade 2022 (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZWX7Iad3fGA)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre Lucas 9,22-25
As cinzas que recebemos
ontem reforçaram o chamado contundente à conversão e à adesão ao Evangelho do
Reino de Deus, juntamente com a lembrança de que, como todas as criaturas, os
seres humanos somos vulneráveis, e a vida escapa ao nosso controle. Hoje, no
segundo dia da quaresma, Jesus fala do seu caminho de encarnação radical na
condição e na humilhação humana, e o propõe como regra de vida para aqueles
que, crendo nele, seguem seu caminho.
Esta breve lição
de Jesus no processo de formação dos seus discípulos/as dá-se num momento
importante. Os discípulos começam a querer voltar atrás, e resistem à proposta
de Jesus, têm dificuldades de mudar o modo de pensar e de agir. É nesse
contexto que Jesus diz claramente quem ele é e a que veio, e, com a mesma
clareza, fala que sua proposta e sua pessoa serão rejeitadas, perseguidas e
eliminadas em nome da religião e dos bons costumes.
Aqui estamos
diante do “miolo” da fé cristã: a realização do Reino de Deus, a construção da
unidade num mundo polarizado e em guerra, passa pela doação da própria vida. É
claro que Jesus não está falando de uma espécie de suicídio premeditado, nem de
uma morte acidental. Ele diz que esse é o caminho necessário de quem é enviado
por Deus para ser um sinal inequívoco do seu amor por todas as pessoas, sem
olhar para sua condição moral ou religiosa.
Mas Jesus não é
uma espécie de herói solitário, como nos filmes americanos, ou alguém a ser
admirado e imitado. Seu caminho é o caminho de toda pessoa que nele crê e se
dispõe a segui-lo: o boicote, a perseguição e a exclusão por parte das elites
que dominam. Para Jesus, a cruz, ou o dom radical de si mesmo, não representa
um martírio espetacular e admirável, nem uma solução de emergência, mas a
lógica predominante e permanente da fé.
Jesus coloca seus
discípulos/as de ontem e de hoje diante de uma encruzilhada, e pede que
escolhamos entre dois caminhos: focar antes de tudo em nossos interesses,
salvar nossa vida a qualquer custo e viver mediocramente; ou doar nossa vida
sem reservas pelos outros, acessando, assim, a uma vida plena e fecunda.
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com
sabedoria, ensina com amor”
“Da Pandemia do
Covid-19 nos cabe tirar as lições para o presente e o futuro. Aprender lições
com a vida é imperativo para todos os/as educadores/as. Educar significa
aprender com as lições cotidianas e com as crises. Precisamos aprender para
passar por elas e para enfrentar suas futuras versões. A tribulação, a
incerteza, o medo e a consciência dos próprios limites que a pandemia despertou
fazem ressoar o apelo e repensar os nossos estilos de vida, as nossas relações,
a organização das nossas sociedades e, sobretudo, o sentido da nossa existência”.
(Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022,
§ 34)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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