Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 708
Dia 30/03/2022 | Advento | Quarta Semana | Quarta-feira
Evangelho segundo João (5,17-30)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do tempo
que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
·
Prepare-se ouvindo a canção Fala,
Senhor! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de João
5,17-30
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Ontem,
à revelia da Lei e do Templo, Jesus devolveu a um paralítico a autonomia e a
dignidade
·
Mais
interessados na lei que na vida e saúde das pessoas, as autoridades do templo
aumentam a perseguição a Jesus
·
Jesus
se defende, argumentando que é ele, e mais ninguém, que sabe e faz aquilo que
Deus quer e faz: ele é o filho que conhece o pai, vê o que ele faz, aprende
dele, e continua soa obra
·
As
autoridades entendem isso como a gota que faz o copo derramar, e decidem
assassinar Jesus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Situe-se
no interior da cena, observe a atitude de Jesus e a raiva que ele suscita nas
autoridades religiosas
·
Deixe-se
levar, envolver e iluminar pela metáfora da relação entre pai/mãe e
filho/filha, que Jesus usa para justificar suas ações
·
Você
percebe na Igreja e na sociedade de hoje pessoas que estão mais interessadas na
defesa das leis que na defesa das pessoas?
·
Como
podemos pôr hoje em prática a empatia, a compaixão e o compromisso de Jesus com
a defesa das pessoas vulneráveis?
·
Porque
muitos de nós ainda acham que agrada mais a Deus a defesa das leis e dos
costumes que a defesa dos direitos humanos?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
·
Peça
a Deus a graça de fazer a experiência de filho/a, de conhecer sua vontade, de
fazer o que ele faz, de continuar sua obra criadora
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite e reze com a canção O
viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre João 5,17-30
A cena do evangelho
de ontem terminava com um paralítico curado e caminhando livre, carregando sua
cama, inclusive em dia de sábado, e com as autoridades decidindo prender e
condenar Jesus à morte. Eles estavam interessados apenas em defender o aparato
legal, sem a mínima empatia com o povo cansado e abatido.
No texto de hoje,
sequência da cena de ontem, Jesus enfrenta as acusações levantadas pelas
autoridades religiosas do templo. Para Jesus, o sexto dia da criação ainda não
terminou, e Deus não descansa enquanto suas criaturas não cheguem à vida plena.
Jesus ousa chamar Deus de pai, sublinhando que ele é sua origem e o fundamento
da sua ação, que tem com ele uma relação que os escribas nem imaginam. O que
ele faz, aprende do Pai.
A reação do
templo e das lideranças que o sustentam e dele vivem se torna cada vez mais violenta.
Jesus não deixa por menos, e repete, de diversas formas, que o Pai é a base, o
fundamento e a origem do seu ser e das suas ações. Apelando à experiência
comum, Jesus diz que o filho só faz o que aprende do pai; que quem honra o
filho honra, na verdade, seu pai; que ele dá realismo à profecia de Ezequiel,
que vê os ossos secos recobrando a vida.
De diversos
modos, Jesus se apresenta como o único conhecedor e mediador da vontade e da
ação de Deus, desmascarando assim a pretensão dos doutores da lei e dos
sacerdotes, e solapando a autoridade deles junto ao povo. O que eles fazem e
impõem ao povo não tem nada a ver com a vontade de Deus. O que Jesus faz, na
emancipação do mendigo à beira da piscina e em diversas outras ações
libertadoras, pode ser comparada à ressurreição dos mortos.
Por fim, Jesus acusa
as autoridades do templo de julgar os outros a partir dos interesses deles
mesmos e do templo. Enquanto isso, o julgamento de Jesus (intervenção
libertadora em favor das pessoas vulneráveis) não é expressão da sua vontade e
dos seus interesses, mas da vontade de Deus. Amanhã, voltaremos à lição que
Jesus passa às autoridades do templo. Por hoje, fique o alerta de que a
conversão ao Evangelho é mais difícil que a mudança dos costumes.
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com
sabedoria, ensina com amor”
“A pandemia da
Covid-19 trouxe consigo a possibilidade de priorizar os conteúdos mais
relevantes, sem os quais uma boa educação seria deficiente. Muitas soluções
digitais foram construídas para os momentos de isolamento social, mas é
necessário avançar, especialmente no acesso e na qualidade do acesso a essas
mesmas soluções. Uma ação de inclusão digital, quando não acontece de forma
equitativa, possui em seu bojo uma nova forma de exclusão social”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022, § 117)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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