Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 697
Dia 19/03/2022 | Segunda Semana da Quaresma | Sábado
Evangelho segundo Mateus (21,33-46)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Reze, ouvindo ou
cantando: “Quero ouvir teu apelo, Senhor” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZHACwFpiA4k)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
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Leia com toda a atenção o texto de Mateus
21,33-46
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Chegando
na capital e entrando no espaço do templo, Jesus acirra o seu confronto com as
lideranças religiosas e políticas de Israel
·
Com
a parábola de hoje, dirigida aos chefes dos sacerdotes e juízes (anciãos),
Jesus os deslegitima e desmascara sua violência
·
Na
compreensão de Jesus, aqueles que receberam uma missão (arrendatários), cedendo
à ambição, agem como proprietários
·
Rejeitando
Jesus e o Reino de Deus, descartando os diferentes e vulneráveis, eles acabam
descartando o que é mais precioso
·
Jesus
não prevê quando serão destituídos ou quando ocorrerá esta mudança, mas nega-lhes
qualquer sustentação e legitimidade
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Leia
atentamente essa parábola, com atenção aos vários enviados pelo dono e às ações
típicas e perversas dos vinhateiros
·
Observe
o julgamento que os próprios líderes religiosos fazem sobre os vinhateiros, sem
darem-se conta de que se autocondenam
·
Qual
é a sentença de Jesus sobre eles? Que sentido tem o que Jesus diz? Que sentença
você daria a eles?
·
Qual
é a base que sustenta e legitima sua fé em Jesus? Uma pertença apenas exterior
e por tradição? Que frutos você produz?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
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Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
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Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
·
Que
passos nossas comunidades precisam dar para superar a pretensão descabida de
sermos superiores às demais pessoas?
(6) Retorne à vida cotidiana
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Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Ouça e cante “Voz
e luz” (Clique aqui: https://www.youtube.com/watch?v=fBHxrFcTRWA)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre Mateus 21,33-46
Voltamos ao enfrentamento entre Jesus e a elite
religiosa, no templo. O trecho de hoje explicita a tensão inconciliável entre
esta elite e a pessoa e o ensino de Jesus. Também neste caso, a parábola é
clara, e dispensa uma nova narração. No final, com sua habilidade, Jesus leva seus
adversários a pronunciar a própria autocondenação.
Com esta parábola, Jesus sublinha as consequências
fatais da indiferença ou da rejeição do Reino de Deus e de sua pessoa e missão,
visceralmente ligadas ao Reino. A identidade e a missão de Jesus estão na linha
dos grandes profetas enviados por Deus para defender seus direitos
estabelecidos na aliança, que são os direitos dos mais pobres e vulneráveis
diante dos prepotentes. Com isso, acabam atraindo sobre si a ira e a violência.
Os chefes dos sacerdotes e outras lideranças
políticas e religiosas de Israel agem como se fossem senhores da vida e da
morte do povo, e como se fossem os únicos mediadores e intérpretes autorizados da
vontade de Deus. Eles receberam uma responsabilidade ou uma missão, mas agem em
causa própria, torcem a vontade de Deus, legitimam as violências perpetradas
contra os pobres e indefesos, e eliminam quem ousa criticá-los.
Jesus denuncia e deslegitima os “vinhateiros” e
“doutores” que se apossaram da vinha e se assentaram na cátedra de Moisés. Rejeitando
Jesus e interpondo dificuldades à vida dos pobres, eles descartam o próprio
Deus e sacralizam o que lhes assegura vantagens. E a advertência de Jesus é
clara: Deus não se deixa enganar por uma adesão simplesmente externa, e, menos
ainda, por uma pretensa “supremacia” étnica.
São os próprios líderes criticados que se
qualificam como “canalhas” e “perversos”, e afirmam não serem dignos de
confiança. A insistência de Jesus numa fé que produza frutos de misericórdia e
justiça enfatiza que a autenticidade da fé não consiste na estética (gestos e palavras bonitas e corretas) e não é étnica (pertencer a um povo específico
ou a uma “raça superior”), mas essencialmente ética: produzir frutos de diálogo, de misericórdia e de acolhida.
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com
sabedoria, ensina com amor”
“Durante a pandemia
da Covid-19, no Brasil e o mundo, houve um enorme crescimento da violência
doméstica. Com o fechamento das instituições de ensino, cerca de 1,5 bilhão de
estudantes e jovens de todo o planeta estão sofrendo ou já foram afetados pelo
impacto do fechamento de escolas e universidades devido à pandemia. Pessoas que
permaneceram fora da escola e fechadas em suas casas durante mais de um ano. No
Brasil isso ocorreu dos centros de educação infantil às universidades”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022, § 61)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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