sexta-feira, 11 de março de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 690

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 690

Dia 12/03/2022 | Primeira Semana da Quaresma | Sábado

Evangelho segundo Mateus (5,43-48)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·          Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·          Escolha o lugar no qual você se sinta bem e não seja interrompido/a

·          Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·          Acenda uma vela, e tome a bíblia em suas mãos

·          Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·          Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·          Reze, ouvindo ou cantando: Buscai primeiro o Reino de Deus (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=t_s9DNxkmK0)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·          Leia com toda a atenção o texto de Mateus 5,43-48

·          Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·          O primeiro exemplo de uma justiça superior à dos fariseus dado por Jesus (não matar) é apenas o começo, e o mínimo

·          No exemplo de hoje (que não é o segundo, na ordem), Jesus argumenta que também não basta o amor aos próximos e iguais

·          Estamos diante de um dos mandamentos mais exigentes da vida cristã: amar inclusive nossos adversários e perseguidores

·          Diante de quem é diferente, o cristão não pode ser indiferente, e muito menos intolerante e agressivo

·          A medida do amor pedido a nós é o perfeito amor de Deus, que é pai que distribui luz e água (vida!) tanto aos bons como aos maus

·          O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·          Leia atentamente, palavra por palavra, este ensino de Jesus sobre o “objeto” e a medida do amor de quem se coloca no seu caminho

·          Que impacto tem sobre você este ensino de Jesus: não é suficiente amar os próximos, é preciso amar os inimigos?

·          Como entender hoje a contraposição que Jesus faz entre o amor aos iguais (reciprocidade) e o amor aos inimigos (gratuidade)?

·          Como você, sua família e sua comunidade podem concretizar este ensinamento de Jesus de amar e respeitar os “diferentes”?

·          Quem são as pessoas que hoje você vê como ameaça ou inimigo?

·          Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·          Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·          Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·          Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·          Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·          Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·          Recorde o nome de uma pessoa que lhe fez mal, e reze por ela

·          Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·          Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·          Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·          Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·          Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·          Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·          Recite a invocação: “Jesus, que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como és!”

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Ouça e cante o hino da Campanha da Fraternidade 2022 (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZWX7Iad3fGA)

·          Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·          Apague a vela e conclua seu momento de oração

 

Pistas sobre Mateus 5,43-48

Na escuta do evangelho de ontem, fomos provocados a viver uma justiça maior do que a justiça dos fariseus. “Não matar” não é a medida máxima, mas a medida mínima do amor. Porque nosso próximo, sendo diferente, e até mesmo divergente de nós, é um dom, um presente, relacionar-se fraternalmente com ele jamais será um peso, mas é sempre uma grande alegria. E o caminho para isso é a disposição permanente à reconciliação.

No trecho do evangelho que estamos meditando hoje, Jesus nos oferece um segundo exemplo de uma justiça maior que a dos fariseus: não basta amar o próximo (aqueles que são iguais, pertencem ao mesmo sangue, à mesma religião, à mesma ideologia, ao mesmo grupo de interesses) e cultivar uma olímpica indiferença ou uma belicosa agressividade com os inimigos (os outros, os diferentes, os adversários, os que não pertencem aos nossos círculos de relacionamento).

A reciprocidade entre amigos e próximos pode ser sinal de egoísmo de grupo, de boas maneiras, sem nada de Evangelho ou de cristão. “Os pagãos e os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa?”, provoca Jesus. O amor não é espontaneidade, gentileza acomodada que evita a realidade e os conflitos, é nem facultativo. Para os cristãos, o amor é mandamento e decisão. E a experiência demonstra que é mais fácil odiar os inimigos que amar o próximo.

Para Jesus, e para quem segue seu caminho, a medida do amor é o próprio Deus, que envia o sol e a chuva para maus e bons. Ele é pai que dá vida de forma indiscriminada e incondicional, por mais que não gostemos disso. Deus é perfeito no seu amor, e o amor perfeito deve ser pleno, inclusivo, e não dividido ou condicional. E os/as filhos/as devem imitar o Pai, como os discípulos/as devem imitar o Mestre. O amor aos inimigos, aos que se opõem a nós ou nos perseguem, é o mandamento mais exigente de Jesus.

Amar concreto e em bitola universal é um desafio que pede profecia e um estilo de vida contracultural e alternativo, que não ignora nem protege relações iníquas e distorcidas.

 (Itacir Brassiani msf)

“Fala com sabedoria, ensina com amor”

“A pandemia inaugura um tempo novo, mas é também resultado do tempo atual. A forma com que lidamos com a natureza, uns com os outros, a forma como produzimos e consumimos e como circulamos no planeta são, de alguma maneira, condições desta e de outras pandemias. Vivemos um tempo de aceleração dos processos sociais, de transformações tecnológicas e políticas. Essas transformações e seu ritmo acelerado devem tornar o inesperado mais constante em nossas vidas”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022, § 49)

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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