Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 690
Dia 12/03/2022 | Primeira Semana da Quaresma | Sábado
Evangelho segundo Mateus (5,43-48)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
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Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Reze, ouvindo ou
cantando: Buscai primeiro o Reino de Deus (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=t_s9DNxkmK0)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
·
Leia com toda a atenção o texto de Mateus
5,43-48
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
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O
primeiro exemplo de uma justiça superior à dos fariseus dado por Jesus (não
matar) é apenas o começo, e o mínimo
·
No
exemplo de hoje (que não é o segundo, na ordem), Jesus argumenta que também não
basta o amor aos próximos e iguais
·
Estamos
diante de um dos mandamentos mais exigentes da vida cristã: amar inclusive
nossos adversários e perseguidores
·
Diante
de quem é diferente, o cristão não pode ser indiferente, e muito menos
intolerante e agressivo
·
A
medida do amor pedido a nós é o perfeito amor de Deus, que é pai que distribui
luz e água (vida!) tanto aos bons como aos maus
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
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Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Leia
atentamente, palavra por palavra, este ensino de Jesus sobre o “objeto” e a
medida do amor de quem se coloca no seu caminho
·
Que
impacto tem sobre você este ensino de Jesus: não é suficiente amar os próximos,
é preciso amar os inimigos?
·
Como
entender hoje a contraposição que Jesus faz entre o amor aos iguais
(reciprocidade) e o amor aos inimigos (gratuidade)?
·
Como
você, sua família e sua comunidade podem concretizar este ensinamento de Jesus
de amar e respeitar os “diferentes”?
·
Quem
são as pessoas que hoje você vê como ameaça ou inimigo?
·
Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
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Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
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Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
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Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
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Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
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Recorde
o nome de uma pessoa que lhe fez mal, e reze por ela
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
(6) Retorne à vida cotidiana
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Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Ouça e cante o hino
da Campanha da Fraternidade 2022 (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ZWX7Iad3fGA)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre Mateus 5,43-48
Na escuta do
evangelho de ontem, fomos provocados a viver uma justiça maior do que a justiça
dos fariseus. “Não matar” não é a medida máxima, mas a medida mínima do amor.
Porque nosso próximo, sendo diferente, e até mesmo divergente de nós, é um dom,
um presente, relacionar-se fraternalmente com ele jamais será um peso, mas é
sempre uma grande alegria. E o caminho para isso é a disposição permanente à
reconciliação.
No trecho do
evangelho que estamos meditando hoje, Jesus nos oferece um segundo exemplo de
uma justiça maior que a dos fariseus: não basta amar o próximo (aqueles que são
iguais, pertencem ao mesmo sangue, à mesma religião, à mesma ideologia, ao
mesmo grupo de interesses) e cultivar uma olímpica indiferença ou uma belicosa
agressividade com os inimigos (os outros, os diferentes, os adversários, os que
não pertencem aos nossos círculos de relacionamento).
A reciprocidade
entre amigos e próximos pode ser sinal de egoísmo de grupo, de boas maneiras,
sem nada de Evangelho ou de cristão. “Os pagãos e os cobradores de impostos não
fazem a mesma coisa?”, provoca Jesus. O amor não é espontaneidade, gentileza
acomodada que evita a realidade e os conflitos, é nem facultativo. Para os
cristãos, o amor é mandamento e decisão. E a experiência demonstra que é mais
fácil odiar os inimigos que amar o próximo.
Para Jesus, e
para quem segue seu caminho, a medida do amor é o próprio Deus, que envia o sol
e a chuva para maus e bons. Ele é pai que dá vida de forma indiscriminada e
incondicional, por mais que não gostemos disso. Deus é perfeito no seu amor, e
o amor perfeito deve ser pleno, inclusivo, e não dividido ou condicional. E os/as
filhos/as devem imitar o Pai, como os discípulos/as devem imitar o Mestre. O
amor aos inimigos, aos que se opõem a nós ou nos perseguem, é o mandamento mais
exigente de Jesus.
Amar concreto e
em bitola universal é um desafio que pede profecia e um estilo de vida
contracultural e alternativo, que não ignora nem protege relações iníquas e
distorcidas.
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com
sabedoria, ensina com amor”
“A pandemia inaugura
um tempo novo, mas é também resultado do tempo atual. A forma com que lidamos
com a natureza, uns com os outros, a forma como produzimos e consumimos e como
circulamos no planeta são, de alguma maneira, condições desta e de outras
pandemias. Vivemos um tempo de aceleração dos processos sociais, de
transformações tecnológicas e políticas. Essas transformações e seu ritmo
acelerado devem tornar o inesperado mais constante em nossas vidas”. (Texto-Base da Campanha da Fraternidade 2022, § 49)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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