Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 705
Dia 27/03/2022 | Advento | Quarta Semana | Domingo
Evangelho segundo Lucas (15,1-3.11-32)
(1) Coloque-se em atitude de oração
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Escolha um momento adequado e
tranquilo/a para a meditação
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Escolha o lugar no qual você se sinta
bem e não seja interrompido/a
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Busque uma posição corporal que lhe
ajude a concentrar-se
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Acenda uma vela, e tome a bíblia em
suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do
tempo que vivemos
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Faça silêncio interior e ative o
desejo de ouvir a Palavra de Deus
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Prepare-se ouvindo a canção Fala,
Senhor! (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
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Leia com toda a atenção o texto de Lucas
15,1-3.11-32
·
Leia o texto em voz alta (se achar
necessário e for possível)
·
Diante
da crítica porque acolhida “gente sem dignidade” e se confraternizava com eles,
Jesus conta três parábolas
·
Se
Jesus quisesse enfatizar o caminho de “conversão” do filho mais novo, bastaria
uma história com ele e o pai como personagens...
·
Jesus
chama a atenção para a necessidade de conversão do irmão mais velho, pois ele
se considera justo, melhor, exemplar, cheio de direitos, incapaz de aceitar o
outro como irmão
·
Diante
de pessoas que se isolam ou são descartadas e, por isso, vivem uma “vida de
porco” ninguém pode se mostrar indiferente
·
A
fidelidade ao Pai e à sua vontade, a retidão diante dele, passa pelo
reconhecimento e acolhida aos irmãos “diferentes”
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e
meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?
·
Leia
atentamente essa parábola, considerando os versículos iniciais e a atitude do
pai e do irmão mais velho
·
Qual
é hoje a reação dos cristãos diante do chamado da Igreja e do Papa a uma
fraternidade sem fronteiras?
·
Como
você se sente diante dessa parábola? Você concorda e aceita tranquilamente a
atitude do pai?
·
Com
qual dos três personagens você se sente identificado? Com qual deles precisa se
identificar para seguir Jesus de verdade?
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Se achar oportuno
e for possível, leia as “pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
·
Tome consciência de que este texto é
Palavra de Deus
·
Depois de escutar atentamente, agora é
sua vez de falar
·
Não mude de assunto, pois sua palavra é
sua resposta a Deus
·
Permita que o próprio Deus dirija a sua
oração, a sua resposta
·
Não se preocupe com raciocínios e
frases bem articuladas
·
Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz
dizer a Deus
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
·
Procure contemplar a realidade do mundo
com o olhar de Deus
·
Busque meios para colocar em prática o
que Deus lhe fala
·
Perceba o que você precisa mudar a
partir dessa meditação
·
Responda: O que Deus está pedindo que eu
mude ou faça?
·
Como
viver em nossas relações a provocação de uma relação de acolhida e
reconhecimento que desconhece qualquer fronteira?
(6) Retorne à vida cotidiana
·
Recite o Pai Nosso e a Ave Maria
·
Recite a invocação: “Jesus,
que nos falas com sabedoria e nos ensinas com amor, ajuda-nos a ser tal como
és!”
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Medite e reze com a canção O
viajante (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Cff2DMBGqOc)
·
Assuma um compromisso pessoal de
conversão e mudança
·
Apague a vela e conclua seu momento de
oração
Pistas sobre Lucas 15,1-3.11-32
Avançando em nossa caminhada quaresmal, a Igreja
nos brinda hoje com uma das mais belas e conhecidas páginas dos evangelhos: a
conhecida parábola do filho pródigo, que seria mais justo designar como
parábola do pai misericordioso. Explico: partindo das tensões descritas nos
versos 1-3, fica claro que o personagem central não é o filho mais novo, e sim
o pai e o filho mais velho.
Enquanto os publicanos e demais categorias de gente
considerada “pecadora” se aproxima e confraterniza com Jesus, os fariseus o
acusam de misturar-se e aliar-se com gente suspeita. Evidentemente, quem
critica e acusa se sente melhor, superior, com mais méritos que aqueles que são
acolhidos por Jesus. E a parábola tem exatamente o objetivo de ilustrar como
Deus costuma tratar seus filhos e filhas.
Observemos que o pai tem dois filhos: o filho mais
novo acaba caindo na miséria mais extrema, vivendo como estrangeiro e forçado a
se alimentar da ração dada aos porcos (imagem dos publicanos e demais
pecadores); o filho mais velho, cumpridor minucioso das leis e costumes, tem
tudo e mais do que necessita (figura dos fariseus). O primeiro tem a sensação
de não ser filho de Deus; o segundo, se considera cheio de direitos e não
aceita a misericórdia.
O pai, que é figura e imagem do Deus do Reino, em
nome de quem Jesus vem e age, trata ambos como filhos necessitados de acolhida
e amparo, mesmo que não mereçam este tratamento. O pai não se interessa pela contrição
do filho em situação de miséria e nem deixa que ele a termine. Deus é Pai, e
não juiz ou delegado de polícia! Ele não trata ninguém como empregado, pois
todos/as são seus filhos/as, e jamais deixam de sê-lo. Neste mundo, que é sua
casa, ele não quer que uns fiquem com tudo e outros fiquem sem nada.
É claro que esta parábola é um chamado contundente
e urgente à conversão. Mas este pedido é dirigido ao filho mais velho! Pois é ele
que não reconhece o amor do pai, não dialoga com o irmão, não o reconhece, nega
a fraternidade que torna todos/as iguais, e defende a primazia do merecimento,
que nos separa.
(Itacir Brassiani msf)
“Fala com
sabedoria, ensina com amor”
“A educação superior
é decisiva para a formação de pessoas para o mercado de trabalho e para o
desenvolvimento das sociedades. É uma grande conquista das civilizações e um
dos lugares mais importantes para o desenvolvimento humano, cultural,
científico e tecnológico. No ano de 2019 havia 8.604.526 estudantes
matriculados nos cursos de graduação no Brasil. Isso significa apenas 21,4% dos
jovens brasileiros com idade de 18 a 24 anos ”. (Texto-Base
da Campanha da Fraternidade 2022, § 96, 98)
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho,
superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou
preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para
a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno
fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e
abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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