Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 740
Dia 01/05/2022 | Terceira
Semana da Páscoa | Domingo
Evangelho segundo
João (21,1-19)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela, e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando: “Novo sol brilhou” (Clique
aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0GwJdVESYDo)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de João 21,1-19
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· A ressurreição de
Jesus não é uma evidência que se impõe; isso não acontece nem com os
discípulos!
· Os vários registros
bíblicos deixam muito claro que trata-se de uma convicção que se desenvolve
lentamente, e contra as evidências
· Depois de se
manifestar a Maria Madalena, e duas vezes aos discípulos reunidos, os apóstolos
têm dificuldades de reconhece-lo
· A tentativa de voltar a
pescar termina em frustração, e a realidade só muda quando os discípulos
obedecem à Palavra de Jesus
· Mais uma vez, Jesus
trata seus discípulos desertores com ternura de amigo, e os acolhe com peixe
assado e pão
· O
que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Leia atentamente,
palavra por palavra, gesto por gesto, esta cena depois da manifestação de Jesus
a Tomé e aos demais apóstolos
· Preste atenção nos
gestos de Jesus e naquilo que ele diz: pergunta se eles têm pão; manda lançar
as redes de novo; oferece peixe e pão
· O que significa a
decisão de voltar à pesca, o insucesso que experimentam e uma nova tentativa à
ordem de Jesus?
· O que esse terceiro
encontro de Jesus crucificado e ressuscitado com seus discípulos significa para
nós hoje?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Procure verbalizar em
sua oração o que a experiência destes discípulos suscita em você
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· À luz da obediência dos
discípulos à Palavra do estranho à beira do lago (Jesus) pede que mude em
nossas comunidades e Igrejas?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus ressuscitado, vencendo a opressão e a morte, tu fazes a nossa
esperança a cada dia mais forte!”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com canção “Eu creio num mundo novo” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=RSDN9fNq_yI)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Apague
a vela e conclua seu momento de oração
Pistas sobre João 21,1-19
Pedro e outros seis discípulos estão em plena
missão. A frustração enche o barco, e faz pesar o coração. Não estaria faltando-lhes
um vínculo mais profundo com o próprio Jesus Cristo? Ou será que não faltava colocar
em prática a lição do despojamento radical? “Se o grão de trigo que cai na
terra não morre, fica só...” (Jo 12,24).
Cegos pela catarata do fracasso, não conseguiam ver
o essencial. Mesmo que aqueles olhos cansados não conseguissem ver, Jesus
Cristo continuava sendo uma presença discreta e fecunda nas idas e vindas dos
discípulos. E continuava tratando-os com amizade e afeto: “Filhinhos, tendes
alguma coisa para comer?” Jesus os convida a mergulhar na dura realidade das
próprias carências.
Acolhendo a palavra de Jesus, os discípulos
recomeçam o trabalho, e são surpreendidos pelos resultados. Será que não era
exatamente ali, no lado direito do barco, que estava a ‘multidão’ de doentes,
cegos, coxos e paralíticos que não conseguiam caminhar por si mesmos? Não
deveriam ser eles os primeiros interlocutores e beneficiários da missão? O
segredo do êxito da missão da Igreja não estaria exatamente no voltar-se para
os oprimidos?
Na obediência a Jesus está embutida uma
relativização dos próprios conceitos e, frequentemente, uma desobediência às
ordens vindas dos sistemas de coerção. E os frutos do trabalho abrem os olhos
deles à presença de Jesus, embora só o discípulo amigo seja capaz de
reconhecê-lo e passar a notícia adiante. Então Pedro, fazendo as vezes de
líder, ‘amarra a túnica na cintura’ e se lança, no mar, no serviço.
Para arrematar a ceia que lhes havia preparado à
beira do mar, Jesus se dirige a Pedro. Interroga o líder do grupo, e questiona
a expectativa de um Messias poderoso que eles alimentam. No fundo, Jesus quer
fazer Pedro revelar se a sua liderança tem motivação e horizonte evangélicos ou
se é permeada de ambições inconfessáveis.
Pedro responde afirmando sua amizade por Jesus, e
escuta que amar Jesus significa dedicar-se ao seu rebanho, e que não há missão
ou autoridade eclesial sem amor a Jesus. A cada resposta afirmativa de Pedro,
Jesus acrescenta uma ordem. Sem a disposição de dar a vida pelo próximo, não há
autoridade evangelicamente legítima.
(Itacir Brassiani msf)
Alegria e esperança
“Por sua natureza e missão, a Igreja não está vinculada a
nenhuma forma de cultura nem a nenhum sistema político, econômico ou social.
Graças à sua universalidade, estabelece um laço de união entre as diversas
comunidades e nações humanas, desde que nela confiem e lhe reconheçam a plena
liberdade de ação. Por isso a Igreja aconselha a todos os seres humanos, que
superem as dissensões entre nações e raças, passando a viver num espírito
familiar de filhos de Deus” (Vaticano II,
Gaudium et Spes, § 42).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de
Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do
Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões
ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à
escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a
saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da
simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um
tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja
para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros
textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite
escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um
terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons
e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS