sexta-feira, 14 de outubro de 2022

ANO C | TEMPO COMUM | 29º DOMINGO

PERMANÊNCIA

“Permanece naquilo que você aprendeu e acreditou”. Este é um convite a não esquecer o precioso que a mensagem da Escritura oferece à nossa vida: a sabedoria adequada para encontrar a felicidade e o sentido da vida. A Palavra nos anuncia, nos ensina, nos ensina e nos corrige. Permanecer não é uma atitude passiva ou de defesa, mas expressa um dinamismo que nos ajuda a tomar iniciativas para atualizar sua mensagem no hoje de nossa vida. Que influência tem a leitura e meditação da Palavra de Deus? Ela me convida a permanecer em que? Em que me vejo interpelado a insistir oportuna e inoportunamente?

INSISTÊNCIA

O exemplo da viúva é claro e contundente: não desistir diante dos obstáculos, mesmo dos maiores; não deixar-se vencer pelo cansaço e pelo desânimo. Ela tinha uma meta clara e concreta, e não parou até consegui-la. Tinha confiança. Pensemos naquilo que podemos aprender de tantas pessoas que sabem que sabem que suas metas custarão muito (tempo, esforço, sacrifícios, dinheiro...) e, mesmo assim, empenham todas as suas forças em alcança-las. Podemos trazer à memória experiências complicadas que nos custaram muito, que pedimos forças para superá-las a Deus, e encontramos apoio e companhia. Para insistir conscientemente é preciso estarmos muito convictos/as da nossa necessidade e da possibilidade que o outro tem de ajudar-nos. É isso que acontece com Deus. Para insistir intrepidamente precisamos ter muita confiança, acreditar naquele a quem nos dirigimos.

CONFIANÇA

A dúvida se a nossa oração serve para algo está sempre nos ameaçando; a dúvida se Deus nos escuta, se nos concederá o que pedimos. Sempre queremos soluções rápidas que se ajustam aos nossos interesses. Queremos adaptar os tempos de Deus ao nosso ritmo, submeter sua vontade à nossa vontade, acomodar seus caminhos aos nossos caminhos. Mas a lógica da oração não é a eficácia e sim a confiança de esperar com fé e descobrir a vontade amorosa de Deus. A oração de petição serve para que tomemos consciência da nossa fragilidade, finitude, fracassos, buscas, desejos e limitações; para colocar-nos em sintonia com Ele e experimentar o cuidado de suas mãos. Como é minha oração? Quanto tempo dedico a ela? É mais um monólogo ou um diálogo? Como me preparo para a oração? Que tipo de oração (vocal, meditação, louvor, pedido, ação de graças) costumo fazer?

PRECE

Senhor Jesus, como a viúva do Evangelho nos dirigimos a ti. Estamos necessitados de teu amor e tua graça, de teu alento e teu auxílio, de tua presença em nossa vida. Obrigado por estares conosco! Sabemos que tu sempre nos escutas, que conheces nossas necessidades e sofrimentos e escutas nossa oração. Entretanto, em algumas situações sentimos solidão, como se tu não te lembrasses de nós ou estivesses ocupado com outras coisas. Mas teu amor infinito e absoluto e tua presença é certa e próxima. Te apresentamos os problemas da humanidade e os sofrimentos do mundo. Também depositamos em tuas mãos nossas coisas e nossa gente, ainda que pareçam pequenas. Mas é nossa vida, Senhor. Sabemos que nosso auxílio está em ti, que fizeste os céus e a terra, que nos convidas a colaborar contigo na construção de um mundo novo. Tu nos sempre escutas. Ajuda-nos a escutar as pessoas que sofrem e a estar próximos delas. 

Pe. Fernando López Fernández msf

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