domingo, 30 de outubro de 2022

Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 922

Ano C Roteiro de Leitura Orante do Evangelho Nº 922

Dia 31/10/2022 | XXXI Semana do tempo Comum | Segunda-feira

Evangelho segundo Lucas (14,12-14)

(1) Coloque-se em atitude de oração  

·    Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação

·    Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a

·    Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se

·    Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos

·    Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos

·    Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus

·    Prepare-se cantando Fala, Senhor, palavra de fraternidade!” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)

 

(2) Leia o texto da Palavra de Deus

·    Leia com toda a atenção o texto de Lucas 14,12-14

·    Leia o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)

·    No texto que meditamos no último sábado, na casa de um fariseu, Jesus nos ensinara que não devemos brigar pelos primeiros lugares

·    No texto de hoje, ainda na casa do fariseu, observando a classe social da maioria dos convidados, Jesus se dirige diretamente a ele

·    Em tom imperativo, ordena a ele – e a todos nós! – que não nos guiemos pela simples lógica da retribuição, de dar para receber

·    Como não basta amar aqueles que nos amam, também não é suficiente dar esperando a devolução de uma gentileza semelhante

·    A verdadeira felicidade consiste em dar gratuitamente, em ser uma pessoa generosa, como o é o Pai do Céu

·    O que a Palavra de Deus diz em si mesma, o que está escrito?

 

(3) Medite a Palavra de Deus

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu sentido nesse momento da vida?

·    Situe-se no interior da cena, diante de Jesus e dos convidados para a confraternização na casa do fariseu

·    Podemos dizer que nossa verdadeira alegria consiste em ajudar as pessoas necessitadas, sem esperar nada em troca?

·    Que ensinamentos esta palavra de Jesus traz para nossas famílias, comunidades religiosas e para a Igreja como um todo?

·    Se achar oportuno e for possível, leia as “pistas” (página 3)

 

(4) Reze com o texto lido e meditado

·    Tome consciência de que este texto é Palavra de Deus

·    Depois de escutar atentamente, agora é sua vez de falar

·    Não mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus

·    Permita que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta

·    Não se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas

·    Procure perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus

·    Procure recordar o testemunho de doação generosa e gratuita pelas pessoas e grupos mais vulneráveis dado por pessoas conhecidas suas

 

(5) Contemple a vida à luz da Palavra

·    Procure contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus

·    Busque meios para colocar em prática o que Deus lhe fala

·    Perceba o que você precisa mudar a partir dessa meditação

·    Responda: O que Deus está pedindo que eu mude ou faça?

·    Por onde começar para que o amor fraterno das nossas comunidades não se limite àqueles que pertencem aos nossos?

 

(6) Retorne à vida cotidiana

·    Recite o Pai Nosso e a Ave Maria

·    Recite a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas belas lições”

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Ouça e medite com a canção “Não dá pra fazer de conta” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=KUk_EU7SIOk)

·    Assuma um compromisso pessoal de conversão e mudança

·    Feche a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração

 

Breves notas sobre Lucas 14,12-14

Sabemos que Jesus nos pede que não busquemos lugares de honra, e não entremos no jogo da competição. Isso revelaria nosso desejo de ser mais, de ter privilégio sobre outras pessoas. A competição gera divisões, ciúmes, invejas. Ao contrário, faz parte do seu projeto do Reino de Deus quem vive como irmã e como irmão, quem estabelece relações de parceria. 

Depois da orientação dada ao pessoal que esteva com ele na casa do fariseu, Jesus se dirige diretamente a quem o convidara, ordenando: “Ao dares um almoço, não convides teus amigos... Antes, convida os pobres que não têm como te recompensar...” A expectativa de ser recompensado é o contrário do amor, pois o amor é gratuito.

O amor gratuito é o verdadeiro e duradouro caminho que nos traz a felicidade. Na verdade, só é capaz de amar quem tem uma experiência referencial de ser amado e acolhido de modo incondicional e eterno. Essa experiência o faz livre dos medos e das ambições, capaz de bondade e generosidade, sem precisar comprar afeto e reconhecimento de ninguém.

Mas este princípio não pode ficar restrito à espiritualidade pessoal e às relações interpessoais ou domésticas. O Evangelho de Jesus Cristo pretende fecundar também as relações sociais, políticas e econômicas. Nele não há lugar para o “toma lá, dá cá” que costuma guiar boa parte das alianças políticas e das práticas da administração pública e contamina até nossas práticas de piedade.

E, mais ainda: o Evangelho pede políticas públicas e sociais que beneficiem exatamente os grupos sociais mais vulneráveis, e não apenas linhas de crédito aos “setores produtivos”, a quem já tem demais. O atual ministro da economia queria um INSS no qual o pobre cidadão recebesse somente aquilo que pagou...

Mas não esqueçamos que isso deve valer mais ainda para nossas comunidades eclesiais e para toda a Igreja! Não é uma contradição evangélica tratar os fiéis segundo o critério do merecimento, de estar em dia com o dízimo, etc.?

 (Itacir Brassiani msf)

Sereis minhas testemunhas (At 1, 8)

Os filhos da Igreja tenham consciência clara de sua responsabilidade para com o mundo, alimentem um espírito verdadeiramente católico e se empenhem generosamente no trabalho de evangelização. O primeiro e mais importante dever para com a difusão da fé é viver intensamente a vida cristã. O fervor com que se aplicam ao serviço de Deus e sua caridade para com o próximo fará com que se mostre qual sinal levantado entre os povos, luz do mundo e sal da terra. O testemunho da vida produzirá tantos maiores frutos quanto for dado no seio da comunidade cristã” (Decreto Apostólico Ad Gentes, Vaticano II, § 36).

Leitura Orante do Evangelho

A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.

O Papa Bento XVI diz que “ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina, deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.

Em tempos nos quais o amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à movimentação social, a Leitura Orante é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma evitar que este seja um tempo pesado e estéril.

Os textos propostos aqui são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.

Que a Palavra de Deus encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.

Missionários da Sagrada Família

https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS

(http://itacir-brassiani.blogspot.com/)

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