Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 911
Dia 20/10/2022 | XXIX
Semana do tempo Comum | Quinta-feira
Evangelho segundo
Lucas (12,49-53)
(1)Coloque-se em
atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando “Alma missionária” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)
(2)Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 12,49-53
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· A urgência do reino de Deus, valor absoluto na vida
dos/as discípulos/as de Jesus, deve estar no coração da vida cristã
· Diante dele, não há acomodação possível, nem
tergiversação aceitável, nem mesmo diante dos vínculos familiares
· Jesus deseja que o Espírito, que experimentou no
batismo derramou no alto do Calvário, incendeie a terra
· É ele que vai relevar o que disfarçamos em muitos
dos nossos projetos, vai desfazer vínculos e criar outros
· Que dá adesão a ele precisa rever seus vínculos e
suas lealdades, sem temer os afastamentos e rupturas que pode exigir
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3)Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Retome e reconstrua o
fato, a parábola e a conclusão de Jesus, deixando que as imagens e palavras
ressoem em você
·
Acolha as palavras
incisivas de Jesus, sem deixar-se assustar por elas, mas também sem esvaziá-las
de sua natural urgência
·
Como você vem
tentando proporcionar o encontro entre a justiça e a paz, entre o amor e a
fidelidade ao Evangelho?
·
Recorde situações em
que, por fidelidade a Jesus e seu Evangelho, você provocou tensões nos círculos
mais próximos
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4)Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Permita que sua vida seja um fogo que acenda outros
fogos, um testemunho que desperte e confirme a dignidade de muitos/as
(5)Contemple a vida
à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· Como evitar armadilha
de, por causa de uma unidade vazia e forçada, relativizemos a força profética
do Evangelho?
(6)Retorne à vida
cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção “Se meu irmão
me estende a mão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=cqeardhjcrw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 12,49-53
No trecho do evangelho de ontem,
fomos advertidos por Jesus para que não aconteça que, mesmo conhecendo a
vontade de Deus, vivamos “na sombra e água fresca”, não preparemos nada e nos
comportemos como chefes violentos e sem compromisso, prontos a beber, dominando
com violência e discriminando. O foco do trecho de hoje é outro, mas a tensão
para a construção do Reino de Deus e o tom de urgência continuam.
A imagem à qual Jesus recorre, assim
como sua primeira afirmação, assustam, especialmente as pessoas que querem reduzir
a proposta de Jesus a um inocente “paz e amor”. Ele diz claramente que não vem
trazer paz, e sim divisão; que não vem apagar os incêndios da ira, mas espalhar
o fogo. E mais ainda: ele espera que seus discípulos e discípulas façam o
mesmo! Como entender corretamente estas palavras de Jesus? Elas fazem sentido?
Na perspectiva de Jesus, a paz que
todos desejamos é fruto do abraço com a justiça, resultado de uma escolha
difícil e exigente que precisamos refazer todos os dias. Não há paz que mereça
este nome fora do âmbito da justiça do reino de Deus. E essa justiça se mostra
na compaixão solidária e ativa com as vítimas e com todas as categorias de pessoas
excluídas e marginalizadas. A paz não pode ser fruto da contemporização com o
mal e a injustiça.
Jesus diz que veio lançar fogo na
terra, porque o fogo do Espírito, experimentado por ele no batismo e
manifestado na fidelidade até à cruz, revela, distingue e purifica nossas
intenções e projetos. Este Espírito é o dom de si mesmo, feito de uma vez por
todas no alto do Calvário, dom esse que inunda o mundo qual enxurrada, que
espalha um fogo que acende mil outros focos de incêndio.
As várias manifestações da divisão
das quais fala Jesus no evangelho de hoje, não são frutos de um desejo doentio
ou violento, mas consequências de um posicionamento lúcido e firme contra a
ordem e os hábitos dominantes. Nossa lealdade com a novidade e a justiça do
Reino de Deus está acima dos laços familiares e pode até provocar cisão e
distanciamento.
(Itacir
Brassiani msf)
“Sereis minhas
testemunhas” (At 1,
8)
“A
missão da Igreja dá continuidade histórica à missão de Cristo. Cristo foi
enviado para evangelizar os pobres. Instigada pelo Espírito de Cristo, a Igreja
deve seguir o mesmo caminho de pobreza, obediência, serviço e de imolação de si
mesma de que Jesus saiu vencedor na ressurreição. Por isso os apóstolos
caminharam na esperança, cumprindo nas suas tribulações e sofrimentos o que
faltava à paixão de Cristo relativamente a seu corpo, a Igreja. Por isso também
o sangue dos cristãos serve muitas vezes de semente” (Decreto
Apostólico Ad Gentes, Vaticano II, §
5).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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