Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 913
Dia 22/10/2022 | XXIX
Semana do tempo Comum | Sábado
Evangelho segundo
Lucas (13,1-9)
(1) Coloque-se em atitude de oração
·
Escolha um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
·
Escolha o lugar no qual você não seja interrompido/a
·
Busque uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
·
Acenda uma vela e tome a bíblia em suas mãos
·
Tome consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
·
Faça silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus • Prepare-se cantando “Alma missionária” (Acessível
aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 18,9-14
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· O tempo propício da salvação é agora, lugar é aqui, onde nos é dado
viver, no caminho tortuoso que percorremos
· Precisamos, todos/as e sempre, mudar vários conceitos arraigados e
deixar de tratar vítimas como se fossem culpadas
· Ninguém é maior ou melhor que ninguém, e precisamos adquirir a
sabedoria de saber o valor do tempo que nos é dado viver
· Com a parábola do agricultor que dá mais uma chance à figueira é
sublinhada a paciência de Deus, mas também sua seriedade
· O tempo para frutificar é agora, e é hoje o tempo fecundo para criar
relações de fraternidade e solidariedade
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Você percebe, em você, na sua família e na sua comunidade, a velha ideia
de que as tragédias são castigos de Deus?
· Quais são as consequências pessoais e eclesiais da afirmação de que
ninguém é mais pecador/a que ninguém?
· Será que, num certo sentido, alguns grupos religiosos atuais não estão
presos à mesma mentalidade que Jesus reprova neste texto?
· O que fazer para levar a sério a parábola dos adversários que precisam
fazer as pazes antes de chegar ao tribunal?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça
ao Senhor a sabedoria para não desperdiçar a oportunidade de se reconciliar
antes de chegar ao tribunal
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O
que fazer para superar a velha e anti-evangélica mentalidade que considera as
tragédias como merecidos castigos de Deus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção “Se
meu irmão me estende a mão”
(Aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=cqeardhjcrw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 18,9-14
No evangelho que
meditamos ontem Jesus nos dizia que desejava ardentemente que o fogo do
Espírito se espalhasse em toda a terra, mesmo que isso provocasse algumas
rupturas. Ele dá a entender que o tempo urge, e a última possibilidade para
refazer as relações de fraternidade é aqui e agora. A reconciliação dos
adversários ainda a caminho do tribunal é sinal de sabedoria, e não de
fraqueza.
No trecho que
meditamos hoje, o ensino de Jesus é motivado por duas violentas tragédias,
conhecidas dos seus contemporâneos. A primeira, comunicada a Jesus naquele
momento por algumas pessoas, é a violenta e consciente repressão desencadeada
por Pilatos sobre um grupo de galileus, no interior do próprio templo sagrado.
A segunda, que o próprio Jesus acrescenta, chamando a atenção dos seus
ouvintes, havia acontecido anteriormente: a queda acidental de uma torre de
guarda sobre algumas pessoas.
Jesus parte destes
acontecimentos para corrigir uma visão parcial e errônea dos seus discípulos e
demais contemporâneos, e para chamar todos à conversão ao Reino de Deus. Muita
gente via acontecimentos semelhantes como punição dos pecadores. Por isso, a
pergunta incisiva de Jesus: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores
do que todos os outros? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros
moradores de Jerusalém?”
Jesus quer desfazer
a ideia de que as vítimas são as culpadas, e lê estes acontecimentos numa
perspectiva profética: precisamos perceber neles um chamado à mudança de vida e
de mentalidade. “Se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo
modo”, repete Jesus, como um refrão. Trata-se de “fazer as pazes”, ou de viver
de modo fraterno e solidário com as pessoas que consideramos culpáveis e
condenáveis, enfim, com nossos inimigos.
Mas isso deve ser
feito sem nenhuma demora, com senso de urgência. Deus tem paciência com quem
não produz frutos, mas ele tem seu calendário! À figueira estéril, que
persistia sem frutos, ele dá só mais um ano! Ele cuida e trata com atenção e
delicadeza, mas não é bobo. Aprendamos a contar nossos dias!
(Itacir Brassiani msf)
“Sereis minhas
testemunhas” (At 1,
8)
“Vê-se claramente que a
atividade missionária decorre da própria natureza da Igreja. As circunstâncias
são às vezes de tal natureza que durante algum tempo tornam impossível anunciar
o Evangelho diretamente. Os missionários podem então e até devem perseverar no
testemunho de Cristo com paciência e prudência, grande confiança, caridade e
amor. Preparam assim o caminho do Senhor e de certa maneira o mantêm presente
nas circunstâncias adversas que a Igreja atravessa” (Vaticano II, Decreto Apostólico Ad Gentes, § 6).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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