Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 917
Dia 26/10/2022 | XXX
Semana do tempo Comum | Quarta-feira
Evangelho segundo
Lucas (13,22-30)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
ouvindo “Cada vez que eu venho para te falar” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Sc5eyp-raOM)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 13,22-30
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
·
Depois de comparar o
dinamismo misterioso do Reino de Deus com a semente de mostarda e com o
fermento, alguém questiona Jesus
·
É uma pessoa anônima,
que se mostra mais interessada no número das pessoas que se salvam que no
caminho que conduz a ela
·
Jesus desvia da
questão do número de pessoas, e enfatiza a importância de aproveitar o tempo
presente, pois ele se esgota
· E arremata dizendo claramente que, pela porta
estreita da ética, entrarão muitos que pertencem a outros povos e outras
religiões
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
·
Retome o episódio, não perca as nuances da pergunta
e das respostas de Jesus; saboreie aquilo que mais ressoa ou atrai você
·
Em que medida também
nós, Igreja de hoje, estamos mais preocupados com o número de fiéis que
“entram” na Igreja que com o testemunho?
·
Será que ainda conservamos
uma mentalidade segundo a qual pessoa boa é a que frequenta as missas e paga o
dízimo?
·
Como entender hoje a
imagem da “porta estreita”, evitando que signifique exclusão daqueles que creem
diversamente de nós?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
·
Louve a Deus pelas
pessoas e grupos que, pertencendo a outras ou a nenhuma Igreja, são humanas e
solidárias
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que nossas comunidades precisam mudar ou melhorar para não viver como
se fossem as únicas que servem e agradam a Deus?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite
e reze com a canção “Paz na terra” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=lAgmswgz0VU)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 13,22-30
O evangelho de hoje nos apresenta uma
cena na qual alguém questiona Jesus sobre o número de pessoas que se salvam. Esta
pessoa não se interessa pelo caminho que leva à salvação, mas pelo número dos
que seriam beneficiados por ela. Na sua resposta, Jesus sublinha que a salvação
não dispensa o esforço pessoal contínuo. O caminho da salvação passa pela
exigente conversão.
Jesus sublinha também que este
engajamento é tarefa para o tempo presente, e não pode ser adiado
indefinidamente. Comparando o processo de salvação com uma porta estreita, Jesus
ressalta que chegará o tempo em que o dono da casa fechará a porta e não será
mais possível entrar. Portanto, é preciso desfrutar com responsabilidade das
possibilidades de crescimento que cada momento nos oferece. O tempo propício da
salvação é agora, e aqui é o lugar para semear Reino de Deus e ajudá-lo a
florescer.
Há gente que pensa que somente a
religião pode salvar, que as pessoas realizadas e plenamente humanas ou santas
seriam aquelas que rezam bastante, que observam as prescrições religiosas, que
regem a vida por uma moralidade estrita, que vivem neste mundo suspirando pelo céu.
Mas a religião não pode se divorciar da ética, nem do mundo, inclusive das
coisas materiais. A religião propõe uma forma específica de viver no mundo e de
se relacionar com as pessoas e coisas. Àqueles que reduzem a religião a um
conjunto de prescrições Jesus adverte: “Não sei de onde sois...”
Respondendo à pergunta sobre o número
dos que se salvam, Jesus diz que “virão muitos do oriente e do ocidente, do
norte e do sul, e tomarão lugar à mesa do Reino de Deus”. Em outras palavras:
alguns daqueles que as religiões e instituições descartam ou colocam em último
lugar, aos olhos de Deus são os mais importantes e ocupam os primeiros lugares.
Todos os homens e mulheres são chamados à salvação e, de um modo que só o
Espírito de Deus sabe, participam do mistério pascal de Jesus Cristo. E, mais
ainda: “Há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”! Esta é
uma verdade que coloca em cheque nossos pretensos méritos e certezas.
(Itacir
Brassiani msf)
“Sereis minhas
testemunhas” (At 1,
8)
“Vivendo
e agindo em íntima união com todos, os discípulos de Cristo procuram render-lhe
um testemunho verdadeiro e atuar em vista de salvação, mesmo quando não o podem
anunciar plenamente. Não visam ao progresso nem à prosperidade puramente
materiais. São promotores da dignidade humana e do convívio fraterno entre os
seres humanos, transmitindo-lhes as verdades religiosas e morais ensinadas por
Cristo, a fim de se irem abrindo à plenitude de Deus. Dessa forma, caminha-se
para a salvação trilhando o caminho do amor para com Deus e para com o próximo” (Decreto
Apostólico Ad Gentes, Vaticano II, §
12).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus encontre
em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos inesperadamente
difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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