Ano C Roteiro de
Leitura Orante do Evangelho Nº 907
Dia 16/10/2022 | XXIX
Semana do tempo Comum | Domingo
Evangelho segundo
Lucas (18,1-8)
(1) Coloque-se em atitude de oração
· Escolha
um momento adequado e tranquilo/a para a meditação
· Escolha
o lugar no qual você não seja interrompido/a
· Busque
uma posição corporal que lhe ajude a concentrar-se
· Acenda
uma vela e tome a bíblia em suas mãos
· Tome
consciência de si mesmo/a e do tempo que vivemos
· Faça
silêncio interior e ative o desejo de ouvir a Palavra de Deus
· Prepare-se
cantando “Alma missionária” (Acessível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=ojebAa9yR6I)
(2) Leia o texto da Palavra de Deus
· Leia
com toda a atenção o texto de Lucas 18,1-8
· Leia
o texto em voz alta (se achar necessário e for possível)
· A comunidade à qual se
dirige o evangelista Lucas vive um tempo difícil de perseguições violentas e
implacáveis
· Diante do aparente
silêncio ou ausência de Deus, como da demora da volta de Cristo, há risco de
desilusão e desistência
· A figura da viúva frágil
e indefesa, que não se resigna nem desiste diante da frieza e indiferença do
Juiz é uma exortação
· A lição é clara: Deus
não pode ser pior que esse juiz, e seguramente ouve nossos clamores e fará
justiça
· A oração dos/as
discípulos expressa essa atitude de querer conhecer a vontade de Deus e confiar
em sua bondade
·
O que a Palavra de Deus
diz em si mesma, o que está escrito?
(3) Medite a Palavra de Deus
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lida e meditada diz a você hoje, qual é seu
sentido nesse momento da vida?
· Solte as asas da sua
imaginação e coloque-se dentro desta história imaginaria, interagindo com os
personagens
· Procure sintonizar com
os diferentes grupos sociais e cristãos que lutam desesperadamente por sua
dignidade e seus direitos
· Procure acolher,
compreender e tirar as consequências da afirmação de que Deus leva a peito as
dores dos seus filhos/as
· A fé vivida e celebrada
por sua comunidade suscita perseverança nas lutas e confiança na justiça de
Deus?
· Se achar oportuno e for possível, leia as
“pistas” (página 3)
(4) Reze com o texto lido e meditado
· Tome
consciência de que este texto é Palavra de Deus
· Depois
de escutar atentamente, agora é sua vez de falar
· Não
mude de assunto, pois sua palavra é sua resposta a Deus
· Permita
que o próprio Deus dirija a sua oração, a sua resposta
· Não
se preocupe com raciocínios e frases bem articuladas
· Procure
perceber o que a Palavra de Deus lhe faz dizer a Deus
· Peça
a deus a lucidez, o desapego e a coragem para colocar aquilo que você é, sabe e
tem a serviço do bem da humanidade
(5) Contemple a vida à luz da Palavra
· Procure
contemplar a realidade do mundo com o olhar de Deus
· Busque
meios para colocar em prática o que Deus lhe fala
· Perceba
o que você precisa mudar a partir dessa meditação
· Responda:
O
que Deus está pedindo que eu mude ou faça?
· O que precisamos mudar concretamente a fim de que nossa oração seja mais
focada na justiça aos pobres que nos nossos interesses?
(6) Retorne à vida cotidiana
· Recite
o Pai Nosso e a Ave Maria
· Recite
a invocação: “Jesus, Mestre da compaixão, ajuda-nos a encarnar na vida todas as tuas
belas lições”
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Medite e reze com a canção “Se meu irmão
me estende a mão” (Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=cqeardhjcrw)
· Assuma
um compromisso pessoal de conversão e mudança
· Feche
a bíblia, apague a vela e encerre seu momento de oração
Breves notas sobre Lucas 18,1-8
O episódio do evangelho de hoje se relaciona com
aqueles que lemos e meditamos nos últimos dias pelo tema da fé confiante e
perseverante. A questão central não é propriamente a oração, mas aquilo que ela
busca e expressa: a fidelidade a Deus e a confiança nele, especialmente nos
tempos de demora e tribulação.
A parábola do juiz e da viúva é, no mínimo,
inusitada. Se a figura de uma viúva injustiçada e indefesa pode facilmente
representar os/as discípulos/as em tempos de perseguição, um juiz desumano, religiosamente
indiferente e pragmático não parece uma boa representação da ação de Deus, ao
menos da imagem de Deus que Jesus Cristo nos apresenta em sua ação e em seu
ensino.
Vivendo num tempo de perseguições violentas, de
aparente ausência ou de silêncio de Deus, a comunidade dos discípulos/as de
Jesus se questiona quando isso terá fim, quando Jesus se manifestará em sua
glória. O risco da desilusão e da resignação é grande, e só lhes resta um
recurso para combatê-lo: a insistência, a perseverança.
É nisso que a figura da viúva suplicante reforça a
exortação de Jesus. A viúva não se resigna nem se intimida frente à absoluta
indiferença do juiz. A insistência é a única alternativa que lhe resta, em sua
vulnerabilidade. Esta perseverança insistente de uma pessoa indefesa produz
seus frutos, pois acaba dobrando o juiz insensível.
A lição de Jesus é evidente. Se um juiz desumano,
injusto e indiferente se dobra e atende, por razões pessoais e pragmáticas, a
demanda da viúva indefesa, Deus Pai poderia ser pior que ele? O Pai está sempre
atento aos clamores e dores do seu povo, e pronto a atender as necessidades dos
seus filhos e filhas. Ele toma a peito a causa dos pobres, sem privatizar ou
terceirizar o atendimento.
Para Jesus, a oração confiante testemunhada pela
viúva injustiçada não tem um caráter piedoso e pragmático, mas engajado e
programático. A oração cristã ajuda a discernir, acolher e realizar a vontade
do Pai. Se faltar essa atitude de busca confiante, se grassarem a dúvida na
força e no socorro de Deus, não há mais fé.
(Itacir
Brassiani msf)
“Sereis minhas
testemunhas” (At 1,
8)
“O mesmo
Espírito, que guia a Igreja universal, inspira também homens e mulheres simples
para missões extraordinárias.
E foi assim que uma jovem francesa, Pauline Jaricot, há exatamente 200 anos
fundou a Associação para a Propagação da Fé. Ela acolheu a inspiração de Deus para pôr em movimento uma rede de
oração e coleta para os missionários, de modo que os fiéis pudessem participar ativamente
na missão «até aos confins do mundo». Desta ideia genial, nasceu o Dia
Mundial das Missões, que celebramos todos os anos” (Papa Francisco, Mensagem para o Dia Mundial
das Missões, 2022).
Leitura
Orante do Evangelho
A Leitura Orante da Palavra de Deus é um exercício para iluminar e para
fecundar nossa vida cotidiana com a Palavra de Deus. Pode ser feita
individualmente ou em família, em grupo ou em comunidade.
O Papa Bento XVI diz que
“ouvir juntos a Palavra de Deus, praticar a Lectio Divina,
deixar-se surpreender pela novidade do Evangelho, superar a surdez àquilo que
não está de acordo com nossas opiniões ou preconceitos, é um caminho para
alcançar a unidade da fé, como resposta à escuta da Palavra”.
Em tempos nos quais o
amor ao próximo e a precaução com a saúde impõem restrições à convivência e à
movimentação social, a Leitura Orante
é um modo de ir além da simples assistência de celebrações virtuais e uma forma
evitar que este seja um tempo pesado e estéril.
Os textos propostos aqui
são aqueles indicados pela Igreja para a liturgia diária. Pessoas e grupos que
desejarem, podem escolher outros textos, desde que tenham uma sequência, seja
preparado um roteiro e se evite escolher apenas os textos que agradam mais.
Que a Palavra de Deus
encontre em cada um/a de nós um terreno fecundo, e, mesmo nesses tempos
inesperadamente difíceis, produza bons e abundantes frutos para a vida do mundo.
Missionários
da Sagrada Família
https://misafala.org/ | Passo Fundo/RS
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