quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Há vidas em perigo, mas faltam braços solidários!

Há vidas em perigo, mas faltam braços solidários! | 506 | 18.10.2024 | Lucas 10,1-9

Hoje celebramos a São Lucas, “médico da alma e do corpo”, discípulo, escritor e evangelista. Companheiro de Paulo em suas viagens missionárias, Lucas recolheu as informações e recordações que os primeiros discípulos conservaram de Jesus, organizou-as atentamente e escreveu uma narrativa bela e bem articulada, com uma sensibilidade especial pelos pobres e pelas mulheres, e com uma clara ênfase na misericórdia de Deus e na oração.

É graças a Lucas que temos algumas passagens e ensinamentos inesquecíveis de Jesus: a anunciação do Anjo a Maria; os cânticos de Maria e de Zacarias; a peregrinação e permanência de Jesus adolescente no templo durante uma festa da páscoa; as parábolas do bom samaritano, do rico e do pobre Lázaro, e do filho pródigo; o envio dos 72 discípulos; o episódio de Marta e Maria e o dos discípulos de Emaús; entre outros tantos.

A propósito, o texto de Lucas escolhido para iluminar sua própria festa fala do envio de “outros setenta e dois”, como um envio complementar a paralelo ao envio dos “Doze”. Jesus toma essa iniciativa porque percebe que há muita colheita madura esperando, quase se perdendo, e poucos braços para esta missão. Por isso, envia muitos à sua frente, de dois em dois, para fazer o que ele faria.

Desde sempre, Jesus deixa claras as condições e exigências da participação na sua missão: ser enviado como cordeiro no meio de lobos (uma missão conflituosa e perigosa, em meio a lideranças contraditórias); partir sem muitos equipamentos e prevenções (não levar bolsas, sacolas e sandálias); conjugar mobilidade com estabilidade (não parar no caminho, nem passar de casa em casa).

A ação missionária consiste em poucas atividades, mas essenciais e urgentes: anunciar que a espera chegou ao fim, e que o Reino de Deus está próximo; despertar, animar e formar colaboradores para essa missão; levar a paz (anunciar e testemunhar) às casas e cidades; confiar na hospitalidade dos interlocutores e criar laços com eles; fazer o bem a quem mais precisa (curar os doentes). Como e em benefício de quem desenvolvemos hoje a missão que nos é confiada?

 

Meditação:

·    Releia o texto com a imaginação, participando do envio com os 72, com Timóteo e Tito, e milhares de outros, ontem e hoje

·    Observe com atenção as (poucas e essenciais) orientações que Jesus dá aos que são enviados em seu nome

·    Complete com a leitura da 2ª. Carta a Timóteo (4,10-17), como se fossem palavras escritas a você e sua família ou comunidade

·    Como você, sua família e sua comunidade têm vivido o mandato missionário de Jesus nos últimos tempos?

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