São Paulo: de perseguidor a evangelizador sem fronteiras | 603 | 25.01.2025
| Marcos 16,15-18
Ontem meditamos sobre a cena na qual Jesus se retira e,
depois de um momento de recolhimento e oração, escolhe entre os muitos
discípulos um grupo de 12. Eles deveriam
estar próximos de Jesus, assimilar seu estilo de vida e, mais tarde, sair em
missão. O grupo dos Dose seria símbolo do novo povo de Israel. Hoje, celebrando
a festa da conversão de São Paulo, acolhemos o envio pós-pascal dos discípulos.
Sabemos que, ao menos inicialmente, Paulo teve enormes
dificuldades de acreditar na Boa Notícia vivida e anunciada por Jesus e pelos
cristãos, e se opôs violentamente àqueles que a acolhiam e orientavam sua vida
por ela. Para Paulo, um Evangelho da Graça e da Liberdade era algo
absolutamente inverossímil. Para ele, o único caminho de encontro com Deus era
o cumprimento da lei.
Paulo precisou de uma profunda mudança no modo de pensar e de agir
para entender Jesus e seu Evangelho. Ele não estava entre os discípulos que
Jesus enviara pelo mundo inteiro a anunciar a Boa Notícia de Deus para toda a
humanidade. Ele precisou ser evangelizado, abrir a mente e os olhos, ser
preparado adequadamente, e nisso ele foi ajudado pelo testemunho dos discípulos
e pelo ministério de Ananias.
Não somos perseguidores de Jesus nem dos seus discípulos, e hoje
são poucos os que o fazem. Também são raros os missionários que multiplicam
sinais espetaculares. Mas, com certeza, nossa vida nos caminhos do Evangelho
deve recomeçar cada dia com uma decisão de conversão de valores, de costumes, de
relações, de práticas. Mas muitos cristãos ainda hoje querem conjugar a fé com
a indiferença e a intolerância.
Nesta perspectiva, precisamos perguntar-nos a cada manhã, como
Paulo: “O que devo fazer, Senhor?” E, talvez, ouvir a pergunta sussurrada de
muitos modos à nossa consciência: “Por que me persegues? Por que não me
acolhes? Por que não me toleras? Por que te mostras indiferente comigo e com
meus sofrimentos?”
É daqui que partem os verdadeiros
discípulos de Jesus e os autênticos missionários. Somente depois de assimilar o
evangelho da dignidade e igualdade das pessoas é que podemos falar de Jesus e
em nome dele. O Evangelho a ser anunciado a toda criatura é, antes de tudo,
testemunho de amor e defesa da vida, de serviço e dedicação à promoção humana.
Meditação:
§ Releia o texto com a imaginação, fazendo-se presente nesse
envio exortativo, e incluindo nele também Paulo
§ Leia o texto dos Atos dos Apóstolos (22,3-16), e saboreie a
virada radical que Paulo experimentou no caminho de Damasco
§ Em que medida a escuta e a meditação do Evangelho de Jesus
Cristo vem nos ajudando no caminho de uma conversão profunda?
§ Como podemos exercitar hoje a necessária conversão a Jesus e
seu Evangelho, sem contar com acontecimentos espetaculares
§ Releia o texto com a imaginação,
fazendo-se presente nesse envio exortativo, e incluindo nele também Paulo
§ Leia o texto dos Atos dos Apóstolos
(22,3-16), e saboreie a virada radical que Paulo experimentou no caminho de
Damasco
§ Em que medida a escuta e a meditação
do Evangelho de Jesus Cristo vem nos ajudando no caminho de uma conversão
profunda?
§ Como podemos exercitar hoje a
necessária conversão a Jesus e seu Evangelho, sem contar com acontecimentos
espetaculares
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